domingo, 2 de dezembro de 2007

AS VIAGENS DE LETÍCIA SPILLER AO ACRE

Atriz ajuda a preservar o meio ambiente


Com um cordão feito de miçangas verdes pelas "mãe da comunidade" da aldeia dos índios ashaninka, no Acre, Letícia Spiller recebe o GLOBO em sua casa, no Itanhangá, cheia de histórias para contar de suas quatro viagens aquele estado. E de suas ações para ajudar a preservar o meio ambiente, como desde usar, como ela diz, sua imagem de atriz conhecida para conscientizar populações ribeirinhas contra o desmatamento até o plantio de mudas, organizado por amigos, no município de Piquete, em São Paulo.

A intérprete de Maria Eva, de "Duas caras", conta que ir ao Acre também foi obra de "amigos engajados" que a convidaram para conhecer o trabalho indígena daquela região, oportunidade que ela não quis deixar passar. Para chegar até lá, a atriz enfrentou uma via-crúcis. Depois de voar para Rio Branco, de lá ela pegou outro avião até Cruzeiro do Sul e, depois, um bimotor até Marechal Taumaturgo, município que fica na fronteira do Brasil com o Peru, e próximo à aldeia dos índios ashaninka. Letícia, que na época tinha acabado de fazer "Senhora do destino" (2004, novela também de Aguinaldo Silva), conta que saiu de canoa de Marechal Taumaturgo até as comunidades ribeirinhas. O trajeto leva quatro horas e meia, descendo pelo Rio Juruá. Com um pajé e o prefeito de Marechal Taumaturgo, ela passou três dias parando nas comunidades ribeirinhas convidando a população a participar da Escola da Floresta, idealizada pelos índios, e com trabalho de engenheiros agro-florestais, para ensinar a população a proteger o verde.

- Quando cheguei lá pela primeira vez, num lugarzinho daquele tamanho, achei que ninguém me conheceria, mas não me deixavam nem andar. Tive que dar muito autógrafo. Então, eu vi mesmo o quanto eu posso ajudar. Fui lá pedir ajuda aos ribeirinhos, porque, infelizmente, ainda há muita rixa e preconceito deles com os índios. Mas eles fazem tudo errado: poluem o rio, desmatam na beira do rio... Isso a longo prazo vai ser muito destruidor.

Letícia também foi ajudar a divulgar a construção da Escola da Floresta, que hoje já funciona em Marechal Taumaturgo.

Leia o texto completo da reportagem de Elizabete Antunes na Revista da TV, do jornal O Globo.

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