quarta-feira, 14 de novembro de 2007

ATENÇÃO, ACREANOS

Sibá Machado não tem compromisso
com nossos sítios arqueológicos


Vejam o papel a que está se prestando desta vez o nobre senador e geógrafo petista Sibá Machado, na tentativa de evitar que o Grupo Farias peça o pinico e desista do Acre com o investimento na usina Álcool Verde, destinada a produção de etanol.


O senador começou a reagir à recente decisão do Ministério Público Federal no Acre, que enviou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a recomendação para que dê início, em 30 dias, ao processo de tombamento dos sítios arqueológicos conhecidos como geoglifos, existentes nos municípios de Rio Branco, Senador Guiomard, Plácido de Castro, Bujari, Capixaba, Xapuri e Porto Acre.

A usina Álcool Verde está instalada sobre parte significativa de nossos sítios arqueológicos e Sibá Machado já mobilizou a assessoria dele para convidar o paleontólogo Alceu Ranzi para uma reunião em Brasília.

O senador quer o aval de Ranzi para tentar livrar a área dos geoglifos que coincide com a da Álcool Verde. Vai haver, ainda, pressão sobre o Iphan. Tudo isso para defender um investimento criminoso perante as leis ambientais, conforme já denunciado pelo Ministério Público Estadual.

Sibá Machado tem o direito de agir como advogado dos investidores do empreendimento e até de defender uma solução criminosa contra o nosso patrimônio arqueológico, mas precisa compreender que esse assunto já não é mais da alçada de um ou outro pesquisador.

Terá que se entender agora com o jovem e interessado procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, que não esconde a surpresa com o fato de licenciamentos ambientais concedidos no Acre até hoje não atentarem para a existência dos geoglifos, o que, de certa forma, os colocava em risco costante de desaparecimento.

Em tempo: diálogo havido entre o deputado estadual Walter Prado e o secretário de Planejamento Gilberto Siqueira:

- Secretário, numa escala de zero a 10, qual é a chance de a usina Álcool Verde chegar a produzir no Acre?

- Cinco - respondeu Siqueira.

O secretário é um homem muito otimista.

6 comentários:

Anônimo disse...

Parece que o suplente de senador Sibá, teve sua primeira atitude sensata no senado da republica, Altino lance a ideia de uma grande pesquisa polular, atraves do voto, abaixo assinado ... qualquer coisa, mas questoes como estas devem ter a consulta previa do povo

Anônimo disse...

Sítios Arqueológicos?

Pelo amor de Deus, deixem de procurar chifre em cabeça de cavalo. Esses geoglifos nuncam trouxeram e nunca trarão nenhum benefício ao Acre.

Se tivesse algum buraco desses nas minhas terras eu já tinha aterrado.

Gente... vamos procurar algo que traga beneficio ao nosso povo fudido que só come enlatado.

Vamos produzir, plantar, criar, ser gente grande. Com a barriga cheia.

O que não dá é pra ficar tirando foto de buraco e admirando e nosso povo morrendo de fome.

ô povo dificil de entender as coisas.

Anônimo disse...

O Senador Sibá nunca passou de mequetrefe. Queriam o quê?

Anônimo disse...

Mais uma prova do que a articulação dos nossos políticos (ex-governadores, senadores e deputados) com interesses privados, para promover "redenções econômicas para o Acre, pode causar a patrimônios culturais, materiais e imateriais, dos acreanos e de toda a humanidade. Não bastasse a discussão do Tião sobre o petróleo e gás, lá vem o Sibá (não custa lembrar, suplente da Marina, que declarou-se contrária à plantação de cana na Amazônia). Combinou com ela, Sibá? Desenvolvimento sim, a qualquer custo, não!!! Ao invés de ficar promovendo o turismo em Machu Pichu, por que o governo estadual não se engaja numa política firme de proteção dos geoglifos, apoiando as ações do IPHAN e dos pesquisadores que agora (re)começam um mapeamento mais amplo desse acervo arqueológico? Ações que poderiam, a médio prazo, levar a uma política consistente de visitação dos sítios, por meio de um turismo responsável. Os fazendeiros não poderiam ganhar mais com essa política do que com o arrendamento de suas terras para o plantio de cana? O setor de turismo e serviço não poderia movimentar a economia, nos municípios e em Rio Branco, ao invés de incentivarem o gasto de recursos pelos turistas no Peru? Coisas que tem de ser pensadas, por esses que só entendem dinheiro como cana e gado. Antes de mais nada, respeito à legislação ambiental, estudos aprofundados, políticas de proteção, planejamento e consultas à sociedade. Desenvolvimento sim, a qualquer custo, não!!!

Anônimo disse...

Essa notícia nos faz lembrar dois pontos:

Primeiro: O senhor Sibá assumiu as funções de senador da república interinamente, ocupando uma vaga que pertence a professora marina Silva, esta, sim, eleita para o Senado da República pelos acreanos.

Segundo: pelo conhecemos da história de vida da Senadora Marina Silva ela exerce sua atividade política apoiada na defesa de dois conjuntos de princípios. Os primeiros referentes aos direitos da classe trabalhadora. A líder Marina Silva surge no movimento social dos 'trabalhadores rurais' que emerge como força social a partir da organização dos 'seringueiros autônomos'. O núcleo desse movimento tem a luta pela terra um dos seus focos principais. O outro conjunto se refere a defesa do meio ambiente profundamente ameaçado pelo avanço de uma base produtiva apoiada pela grande propriedade, pela produção pecuária em larga escala.

A posição do senhor Sibá atinge frontalmente tais princípios. O que poderá ter acontecido? A senadora acreana abriu mão desses princípios? Caberia ao senhor Sibá agir com absoluta independência relativamente aos princípios do mandato conferido a professora Marina Silva pelo Povo Acreano?

Pessoalmente, acho que não. Não cabe ao senhor Sibá agir com tamanha independência. O mandato que exerce não lhe foi conferido. E não acredito nessa mudança tão ampla e profunda nas posições da Senadora Marina Silva.

Mário José de Lima

Anônimo disse...

Por que será que toda vez que paro para ler ou ouvir o senador Sibá tenhoa impressão que estou perdendo o meu tempo...?