Esqueci de avisá-los: estou em São Paulo desde a quarta-feira. No apartamento, em Moema, um bem-te-vi vem cantar no nono andar. O canto dele concorre com o estrondo das turbinas dos aviões que decolam do aeroporto de Congonhas. Estou equalizado para ouvir apenas o bem-te-vi.
26 comentários:
Como de costume,chego em casa ligo o pc e vou direto no seu Blog.
E me vejo agora, tomada por uma emoção enorme, provocada pelo lirismo e pela beleza dessa foto. Só mesmo um editor sensível como você para nos brindar com essa imagem, logo depois de ter publicado o vídeo do "Leilão".
Agora, aqui, enquanto escrevo, ouço ao longe uma sabiá que canta sem parar...
Um abraço.
Maria Virginia G M Pinton
FOTO MONTAGEM
Altino na boa, no meio de um monte de “arranhas céu” uma arvore de 27 metros, é uma forçada sem tamanho.
9º andar x 3 metros (medida média por andar) por vão = 27 metros
Na boa, anônimo: apartamentos têm sacadas com jardineiras. Você parece idiota ao atribuir a coragem de de publicar uma fotomontagem (é assim que se escreve) sem avisar. Não faça cálculos. Use óculos.
Altino
Cidado! São Paulo pega... Nas palavras do saudoso poeta BAndeira, pode ser que teus "pulmões não mais se habituem com os ares dos currais da roça". Aliás, fica até bem, pois nosso AC virou um grande curral (não confunda com aqueles nordestinos, os eleitorais...) rs
Eu particularmente adoro São Paulo. Principalmente quando vou embora.
De vez em quando é bom vir constatar que São Paulo existe.
ave passeriforme (Pitangus sulphuratus), da fam. dos tiranídeos, que ocorre do Sul dos Estados Unidos à Patagônia; com cerca de 22 cm de comprimento, bico longo e forte, coloração pardo-olivácea no dorso, amarela no ventre e cabeça preta e branca com uma mancha amarela no vértice; bem-te-vi-de-coroa, bem-te-vi-verdadeiro, pitanguá, pitanguá-açu, pitauá, pituã, tevi, tivi, triste-sina, triste-vida [Bastante conhecida por seu canto e hábitos urbanos.]
Altino! Está na minha terra, é? Fica até quando? Na próxima semana, acho que setxa-feira, vou até aí. Que tal um café?
Beijos,
Gio
Os passáros nos dão a sensação de liberdade, acordo cedo e tbém da janela do meu ap costumo me deliciar com o canto da passarada,com esse teu olhar encantador não é tarefa dificil discernir os bons momentos.
tdb
Altino,
A Tribuna divulgou sua luta com a tal hepatite, te cuida guerreiro! Saúde em primeiro lugar. Agora é bom desligar um pouco sua antena e se voltar totalmente para a questão saúde. Boas energias prá você!
Altino!
Clico na foto do ben-te-vi novamente e ela se abre enorme diante de meus olhos. Vejo o pássaro quietinho, no galho aconchegado e um muro de prédios, fechando o horizonte. Voa alto, o ceu te espera ben-te-vi, sem muros de concreto. Te cuida. Um abraço. Vi.
Há alguem preso nessa selva de pedra mostrada na foto.Será o homem ou o pássaro?
Bom momento para lembra o verso famoso: SOLTA-ME COVARDE!!..
POVO BESTA DA PORRA!
Tem tanta foto de pássaros boa por ai, e esse povo besta da porra, fica escreendo romance por causa dessa foto.
Altino, o pessoal tá começando a puxar teu saco viu. Porque, não uma foto dessas não é pra tanto.
Valew!
Ola Altino! que bom que em meio ao zum zum zum dos aviões vc tenha sensibilidade de ouvir e observar um pássaro tão pequenino, mais cheio de qualidades, paralelo a vc.
Fica com Deus meu amigo.
POVO BESTA DA PORRA! que é isso companheiro, seja mais sensível, sei que vc. é uma pessoa inteligente, saiba ler nas entrelinhas e com certeza será mais propício a felicidade...
Um abraço.
� isso mesmo, Paula...sensibilidade, ternura, delicadeza, est� faltando nas pessoas. Pra ser grande n�o basta ter garra, precisa ter tudo isso junto...saber ver o que est� nas entrelinhas...encontrar beleza nas menores coisas. � isso que faz de nosso amigo Altino uma pessoa especial...
Um abra�o. M. Virginia... Vi.
Altino, se você prestar mais atenção ainda, e se é que já não o fez, você verá, simplesmente, que São Paulo capital, a cidade, abriga uma fauna silvestre incrível. Eu diria até que é a metrópole mais povoada do mundo pela fauna silvestre. As antenas de tv estão tomadas por ninhos de gaviões. Nas marginais, Pinheiros e Tietê, é possível ver capivaras pastando. Nos Jardins, área nobre, vê-se periquitos e maritacas aos montes e, ainda, tendo sorte, um ou outro papagaio(!). O campus da USP é um colírio para os olhos de pássaros de todo tipo, há até um livro publicado pela Edusp sobre a rica fauna local. Nos condomínios da Castelo Branco encontram-se sagüis, macacos pregos e tucanos (a ave e, por sinal, os políticos também). O Parque Tietê próximo ao aeroporto de Guarulhos conta com garças várias, guarás etc, visíveis da estrada de acesso. Enfim, essa é a São Paulo em que só se quer enxergar desumanização empedrada, uma grande bobagem. É como Hobsbawm já observou em outro contexto: existem mais pássaros nos subúrbios das cidades britânicas do que nas áreas rurais, onde são aniquilados pelos fertilizantes, e devemos meter na cabeça que alterar a face da Terra não é algo que necessariamente leve a um desastre total. No mais, boa estadia para você e sinceros votos de saúde e bem-estar.
Linda imagem!!!!
Ô homem de sorte.
Onde vai, leva a beleza junto.
beijos, bom domingo.
Altino, outro dia vi uma reportagem na Globonews falando da imensidade de pássaros que há em São Paulo.
Há pessoas, porém, coitadas, que não tem olhos nem ouvidos para o bom e o belo.
beijos
Cad� minha baladeira?
Olavo Bilac
O pássaro cativo
Armas, num galho de árvore, o alçapão
E, em breve, uma avezinha descuidada,
Batendo as asas cai na escravidão.
Dás-lhe então, por esplêndida morada,
Gaiola dourada;
Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos e tudo.
Por que é que, tendo tudo, há de ficar
O passarinho mudo,
Arrepiado e triste sem cantar?
É que, criança, os pássaros não falam.
Só gorjeando a sua dor exalam,
Sem que os homens os possam entender;
Se os pássaros falassem,
Talvez os teus ouvidos escutassem
Este cativo pássaro dizer:
"Não quero o teu alpiste!
Gosto mais do alimento que procuro
Na mata livre em que voar me viste;
Tenho água fresca num recanto escuro
Da selva em que nasci;
Da mata entre os verdores,
Tenho frutos e flores
Sem precisar de ti!
Não quero a tua esplêndida gaiola!
Pois nenhuma riqueza me consola,
De haver perdido aquilo que perdi...
Prefiro o ninho humilde construído
De folhas secas, plácido, escondido.
Solta-me ao vento e ao sol!
Com que direito à escravidão me obrigas?
Quero saudar as pombas do arrebol!
Quero, ao cair da tarde,
Entoar minhas tristíssimas cantigas!
Por que me prendes? Solta-me, covarde!
Deus me deu por gaiola a imensidade!
Não me roubes a minha liberdade...
Quero voar! Voar!
Estas cousas o pássaro diria,
Se pudesse falar,
E a tua alma, criança, tremeria,
Vendo tanta aflição,
E a tua mão tremendo lhe abriria
A porta da prisão...
_ Anônimo... não me diga que vc.tá querendo matar o BEM-TE-VI, pega leve. E ainda é do tempo da baladeira...sei não.
ele faz balagueta com barro lá do papouco!
gostei da bricadeira do anônimo procurando a baladeira.Quanto a munição, no meu tempo nós chamávamos PALANQUETA, com terra do papouco e tudo.
Postar um comentário