terça-feira, 15 de maio de 2007

TIAO VIANA NOS ANAIS DO BLOG

Foi este modesto blog que abriu, em fevereiro, o inconveniente debate sobre o projeto de prospeção de petróleo e gás no Acre. Tenho me empenhado para não sujar as mãos com as maldades que emergem de cada poço, mas parece impossível. Embora não seja ambientalista, me incomoda quando leio a assessoria de imprensa do senador Tião Viana usar meios de comunicação, como o faz hoje, para afirmar que alguns setores ambientalistas do Estado apelaram para a "acusação inverídica" de que o senador pretende estimular a exploração de petróleo e gás em áreas indígenas e em unidades de conservação.

Após alguns meses de debate, as posições de Tião Viana evoluíram bastante, sobretudo porque ele assimilou o que diz a legislação brasileira. O que precisamos agora é dar transparência ao debate, fazer estudos para avaliar os reais benefícios e impactos que a atividade vai causar. Pois bem, no dia 15 de fevereiro, neste blog, publiquei vídeo de entrevista com o senador, tendo como subtítulo a declaração dele de que "é preciso colocar verdades na frente do diálogo e a autoridade maior é das populações tradicionais".

O senador Tião Viana disse mais:

- Os índios têm que entender o seguinte: há ou não dano ambiental com a exploração de gás? Se for dito que não há, eles têm que ficar tranquilos, pois lá no Espírito Santo, onde estava a polêmica, já foi liberado pelos órgãos de meio ambiente e não haverá danos aos corais, não haverá danos ao mar. É preciso colocar verdades na frente do diálogo e a autoridade maior é das populações tradicionais. Se um povo indígena disser que naõ quer exploração em sua reserva, então não se explora. Mas as populações podem também, com royalties, permitir a exploração sem danos ao meio ambiente. Com isso, nós poderemos salvar toda essa comunidade, não deixar derrubar ou queimar mais uma árvore. Isso é muito melhor do que a gente ficar com fome, sofrendo, e as árvores sendo derrubadas e queimadas por alguns inescrupulosos.

É por isso que vale a pena ver de novo a entrevista com Tião Viana, sem edição:

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