terça-feira, 22 de maio de 2007

AMAZÔNIA AMEAÇADA


"A atividade de prospecção de petróleo e gás na região do Alto Juruá, no Acre — que concentra uma das maiores biodiversidades da Amazônia brasileira —, relacionada entre os grandes projetos de “desenvolvimento” e “integração regional” no âmbito da Iniciativa de Integração da Infra-Estrutura Regional da América do Sul (IIRSA) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além de enormes impactos socioambientais denota total desconsideração pelas agendas dos povos indígenas e das populações tradicionais.

Nessa região estão situadas 29 terras indígenas e boa parte das áreas de conservação do Acre, como reservas extrativistas, florestas estaduais e o Parque Nacional da Serra do Divisor. Os impactos socioambientais dessa e outras obras, com destaque para o complexo hidrelétrico do Rio Madeira — as usinas de Santo Antônio e Jirau —, e a conclusão da rodovia Transoceânica, que pretende ligar a região amazônica aos portos do Oceano Pacífico, precisam ser mensurados e seus resultados publicizados.

O comprometimento do bioma e das populações tradicionais, que sequer foram consideradas ou consultadas na elaboração dos projetos, reforça a prevalência do econômico sobre o humano, em prol do qual essas ações deveriam estar sendo desenvolvidas.

Nesta publicação, o Inesc coloca uma série de questionamentos ao governo sobre os riscos que essas obras podem representar para a região amazônica e os povos que historicamente ocupam a região".

O editorial é da vigésima edição do Boletim Orçamento e Política Socioambiental, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), que faz uma série de questionamentos ao governo federal sobre a intenção de promover a atividade de prospecção de petróleo e gás na região do Alto Jurúá, no Acre - onde está concentrada uma das maiores biodiversidades da Amazônia brasileira. Leia mais.

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