quinta-feira, 24 de agosto de 2006

A AMAZÔNIA ESTÁ EM CHAMAS



Os focos de queima detectados ontem pelo satélite NOAA-12/AVHRR em todo o país somavam 742.


Rondônia, onde a bandalheira no poder público levou meio mundo para o xadrez, continua sendo a campeã de queimadas, com 313 focos, o que supera as 94 queimas do Mato Grosso.

No Acre, o satélite identificou apenas 33 focos e 80 no Amazonas. Não há registro de queima no Amapá e em Roraima.


Mas é a população do Acre a que mais padece com a fumaça gerada pelo Mato Grosso e Rondônia, que é trazida pelo vento que sopra do Sul e estaciona no Estado.

Percorri hoje a estrada de Rio Branco a Porto Acre. Não vi nenhum foco de queimada, tampouco fuligem no ar, mas a fumaça e seu cheiro tornam precária a visibilidade e a respiração na região.

A justiça e o governo deveriam tomar providências para conter as queimadas e a destruição das florestas da Amazônia, sobretudo do pouco que ainda resta em Rondônia.

Em que pese os protestos e as multas decorrentes da devastação ocorrida durante a estiagem amazônica no ano passado, agricultores e pecuaristas seguem incontroláveis na região.

Rio Branco amanheu coberta pela fumaça, conforme mostra a foto no alto desta nota. Uma fonte deste blog assegurou que, no caso das queimadas no Acre, quem até agora tem descumprindo a proibição são os grandes fazendeiros. Dê um clique sobre as fotos para visualizá-las melhor.

Leia no blog Ambiente Acreano, do pesquisador Evandro Ferreira, a explicação sobre a origem da fumaça que cobre Rio Branco.

Estrada de Porto Acre: 7h23.













Estrada de Porto Acre: 14h13













Rio Branco: 14h48

Um comentário:

Anônimo disse...

As notícias sobre um posicionamento do Ministério Público, no Acre, fez-me acreditar que as coisas mudariam para a população do ACre. Mas nada se sobrepõe aos interesses dos queimadores de florestas. A economia em primeiro lugar. Mesmo que por economia se entenda o direito de alguns poucos se locupletarem com a destruição da floresta e dos pulmões de homens, mulheres, crianças e velhos. Pena.