terça-feira, 25 de julho de 2006

SIBÁ MACHADO

Se é verdade que o PT quis o jornalista Antonio Alves como suplente da senadora Marina Silva, Sibá Machado poderia estar livre do inferno astral que atravessa. Veja o que escreveu a respeito dele o colunista Jânio de Freitas, da Folha de S. Paulo:

- O senador petista Sibá Machado já devia estar expulso da CPI dos Sanguessugas, por levar a um depoimento secreto um assessor da senadora petista Serys Slhessarenko, que figura entre os denunciados. Mas não só. Já devia estar sob processo por falta grave de ética: mesmo depois de constatada a presença irregular, Sibá Machado tentou ludibriar a CPI de que é membro, com a reiteração da mentira de que o intruso era assessor seu.

Sibá passou a argumentar que a audiência na capital mato-grossense tinha caráter reservado, mas não secreto e, portanto, servidores da Casa poderiam acompanhá-la.

Enquanto isso, no Correio Braziliense, a nota da colunista Denise Rothenburg expõe a diferença entre os senadores Tião Viana e Sibá Machado:

- Elenira Mendes, filha do líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988, entrou com afinco na campanha do PT no Acre. Além de coordenar uma fundação social no estado, Elenira trabalha para a reeleição do deputado Chico [o correto é Zico] Bronzeado (PT), em Xapuri. Além de Bronzeado, Elenira pede votos para o senador Tião Viana (PT) que também tenta renovar o mandato.

Lembram que pedi outro dia pro Sibá olhar pro céu? Quando fizer isso, nosso senador se sentirá do tamanho certo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Altino!
Lendo seu blog de quando em vez, fiquei espantada com essa matéria.
Sobre o dito da Folha de São Paulo, já o conhecia. Além de falacioso, o comentário é maldoso e despropositado. Mas, acostumada a acompanhar tantas CPI,s dentro do Senado, já me habituei às construções mirabolantes dos "formadores de opinião" da imprensa brasileira. Regem-se pelo princípio do: se não ha furo, inventemos um, pois.
As audiências da chamada CPMI dos sanguessugas no Senado são secretas, só os parlamentares e os funcionários da secretaria da Comissão assistem. O depoimento em Cuiabá do sr. Vedoin foi reservado, o que signfica dizer que os assessores dos parlamentares puderam estar presentes. Já estive presente em diversos depoimentos dessa natureza, nunca ouvi qualquer questionamento a respeito. A Senadora Serys - do PT do Mato Grosso e colega do senador Sibá Machado - colocou um assessor seu à disposição do colega, do mesmo modo que já fez em outras ocasiões que fomos ao Mato Grosso, como anfitriã. Ele estava naturalmente presente ao depoimento, como qualquer de nós. O que a nota da folha não esclarece é que não há nenhuma denúncia ou investigação (do Ministério Público, STF ou PF) contra a senadora. Ela foi citada justamente nesse depoimento do sr. Vedoin pelo próprio. Todos os parlamentares por ele mencionados estão sendo chamados agora pela CPMI a prestar esclarecimentos. Ou seja, sequer havia o nome da senadora Serys em qualquer lista para que a presença de um assessor seu em um depoimento reservado da CPMI, em companhia a um colega seu de partido, fosse questionado. E tampouco o senador sibá imaginava que o nome dela surgiria no depoimento. Mas, reitero, notícia honesta não vende muito, então fabriquemos factóides.
Falar sobre a atuação do senador Sibá me seria complexo, já que faço assessoria a ele, mas sinto-me na obrigação de dizer que considero de mau gosto as comparações estabelecidas entre ele e um colega de bancada, por diversos motivos. Senador Tião Viana é companheiro de legenda. As atuações de ambos não se confudem, as pautas são distintas, as formações idem. Contudo, deixar de perceber que a atuação e presença do senador Sibá, não nessa, mas em todas as CPI,s mistas dentro do Congresso é injustiça. Ele ja foi entrevistado pelo Jô soares em decorrência da percepção da produção de seu "excesso" de presença. Estabelecer uma comparação com um colega de legenda baseada não sei no que para minimizá-lo como parlamentar é lamentável. Desconhecemos, todos nós que compomos seu gabinete, e todos nós militantes do PT no Acre, o inferno astral a que essa matéria se refere. Senador Sibá, que obviamente padece de diversos defeitos como todo ser humano e de diversas falhas como todo homem público, leva sua atuação parlamentar a sério. É por isso, não por outra coisa, que respondi a essa matéria. Já padeci dos males que a atuação parlamentar pode provocar em assessores, meu filho já sofreu as dores de minha ausência em decorrência do tanto que ele exige de nós no exercício do seu mandato. Considero-me testemunha cotidiana disso.
Por fim, o Toinho, criatura das que mais admiro neste pedaço de mundo que é o Acre... ai Deus, ele não aguentaria o aquilo lá não. Tem que ter muuuuito estômago. Ele teve foi lucidez de não entrar nessa doideira...
p.s: não li a matéria em que vc mandava o Sibá olhar pro céu. Nesses dias em que estou na minha terra tô feliz de olhar pro céu e ainda estar vendo o sol, a lua e ontem, quem diria, a chuva...

Anônimo disse...

Altino, segundo a Revista Veja (26 jul. 2006, p.58), o depoimento do ambulanceiro Vedoin não acusa a senadora Serys (PT-MT) de ter recebido propina diretamente, mas lança suspeita sobre ela. O chefe da máfia dos sanguessugas afirma ter pago a um genro da parlamentar, identificado como Paulo Roberto, 35 000 reais de "comissão" por uma emenda para a compra de ambulâncias apresentadas pela senadora. Vedoin contou à Justiça que, em 2003, Paulo Roberto pediu a ele que ajudasse a saldar "dívidas de campanha" da senadora. Fechou-se um acordo: a parlamentar apresentaria uma emenda - no valor de 700 000 reais - e a Planam (a empresa mafiosa) pagaria uma propina de 10%. Os acreanos sabem muito bem que onde há fumaça... Eu não conheço tanto o senador Sibá, mas me parece indivíduo distinto, não do tipo dado a conluiadas cortinas de fumaça e a passinhos de danças pizzaiolas, como se viu com aquela desavergonhada deputada petista que teve o displante de dizer que foi um requebrado "de alegria" porque seu compar, digo, companheiro foi absolvido. Aliás, este é um bom momento para Sibá mostrar quem é e ao que veio e vai. Vamos acompanhar e torcer para que a máfia das ambulâncias acabe em camburão, veículo apropriado para larápios. E, mais: para que a gente brasileira mostre juízo sem cumplicidade nas urnas. Cá em Minas, tenho procurado fazer minha parte, levando informação aos meus alunos, parentes, amigos, às gentes honestas e de boa vontade que já não agüentam mais tanta imundície.