terça-feira, 11 de outubro de 2005

SANTOS E BIA SALDANHA


Fiz boa viagem. Desembarquei em São Paulo às 9 horas. Avisei ao pessoal em casa que permanecia vivo e peguei um táxi até a estação Jabaquara. Em menos de 10 minutos estava dentro de um ônibus, com tarifa de R$ 12,00, para uma viagem que durou uma hora até Santos.

É um espetáculo as curvas da estrada, descer a Serra do Mar sob densa neblina e alcançar em paz essa cidade aparentemente tranquila. A umidade da Mata Atlântica serviu para aplacar a secura que herdei nesses longos meses de estiagem na Amazônia.

Quem tem perna curta sai na frente. Uma colega de Belém e eu, creio, fomos os primeiros a chegar para o I Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental.

Havia as opções de ficar num hotel de frente para o mar, tendo internet com conexão discada, ou, em outro, distante três quadras da orla, mas mais confortável e com internet banda larga no apartamento. Preferi a banda larga.


Gosto quando encontro o correio eletrônico carregado de mensagens, mesmo que sejam de pessoas mais pesadas que a mala que carrego em viagem. Boas mesmo são as mensagens daqueles que semeiam sonhos na Amazônia.

Destaco a de Bia Saldanha cuja história serviu para Mac Margolis abrir a reportagem "Economia da selva", publicada em Newsweek International e reproduzida aqui a partir da tradução do Evandro Ferreira, do blog Ambiente Acreano.

A Bia Saldanha é casada com o antropólogo Marcelo Piedrafita Iglesias. São dois velhos amigos que moram no Rio, mas trabalham na Amazônia, especialmente no Acre. Leiam o "furo" da Bia:


"Querido Altino,

Claro que li a matéria do Mac Margolis publicada no seu blog, que aqui em casa tem leitura diária. Eu gosto muito desse artigo.

Mas vou aproveitar o embalo para te dar um furo de reportagem, notícia ainda não divulgada na imprensa: AmazonLife e Couro Vegetal da Amazônia são agora duas empresas diferentes.

Amazonlife será, a partir de agora, uma distribuidora de produtos da Couro Vegetal da Amazônia e outros desenvolvidos por ela mesma. Terá a exclusividade de comercialização do couro vegetal Treetap® e estará trabalhando para colocação de outros produtos da floresta nos mercados nacional e internacional.

A empresa AmazonLife, da qual a CVA ainda detém alguma participação, recebeu investimentos de empresários europeus e entre outras novidades estará abrindo loja em Ipanema agora no mês de Novembro. Super Bacana!

AmazonLife recomeça com sangue novo, novos sócios, novas alianças. Apesar de ainda não termos um acordo com o BNDES que garanta a sobrevivência da CVA, persistimos na nossa missão.

Seguimos conscientes das enormes dificuldades de introdução desses produtos no mercado, mas certos de que não existe outra saída. Água mole em pedra dura, um dia fura.

Continuamos defendendo as mesmas idéias: parcerias verdadeiras e transparentes, incentivos fiscais, subsídios, crédito sem juros e investimentos a fundo perdido em capacitação e desenvolvimento de produtos.

Assim sendo, num solo mais fértil e adubado com estes recursos, materiais e humanos, podem começar a surgir os sucessos de maneira mais freqüente e abundante.

Seguimos acreditando no nosso produto e em alguns teimosos como nós, soldados da Rainha, que assim perseverantes, nos sentimos recompensados por riquezas verdadeiras, mistérios e sabedoria da Amazônia. Vamos em frente.

Te espero na festa de inauguração.

Beijos da Bia"

5 comentários:

Anônimo disse...

altino, tu vai de taxi de Cumbica até o Jabaquara? Katso

Anônimo disse...

Katso, João! Não falei em Cumbica. Desembarquei em Congonhas.

Anônimo disse...

Boa estada na baixada. Aí na orla tem porquinho frito à moda guarani,sem colesterol

Anônimo disse...

Interessante ler o artigo do Astronauta sobre o texto do Elson, publicado aqui no blog do Altino. Para quem não sabe o endereço é http://cavernadesaturno.zip.net
Como diz um bom santista, "Da hora"

Anônimo disse...

Belas fotos e excelente a descrição de como preparar um porronca acreano com tabaco do S.João do Breu, Torre da Lua e arredores. Deu até vontade de "pitá".