O manejo florestal sustentável teve um aumento significativo desde 1988 e é uma tendência crescente, segundo o mais abrangente levantamento sobre o assunto, divulgado hoje pela Organização Internacional das Madeiras Tropicais.
A má notícia é que cerca de cerca de 95% das florestas tropicais no mundo encontram-se desprotegidas pois diversos países não contam com recursos, nem incentivos econômicos para prevenir o desmatamento.
- Os avanços conquistados serão apenas passageiros se a comunidade internacional não assegurar às nações um benefício econômico em decorrência da manutenção [das florestas]" - afirma o comunicado da organização.
Amazônia
Sobre a Amazônia, o estudo relata que apenas uma pequena parcela da floresta tem planos de manejo embora algumas companhias tem procurado a certificação florestal. "No entanto, a competitividade do manejo sustentável frente aos usos alternativos da terra [como exploração de desmatamentos ilegais em terras griladas], é frequentemente baixo, levando a um significativo desmatamento".
Para Roberto Smeraldi, diretor de Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, "a tendência mundial confirma a situação do Brasil: apesar dos avanços no manejo e na certificação, as florestas estão sendo convertidas, ou seja, destruídas, de forma crescente".
Eficiência dos planos
Segundo o relatório, o manejo florestal sustentável é empregado hoje em uma área equivalente à da Alemanha. Houve um salto de menos de 1 milhão de hectares, em 1988, para cerca de 36 milhões de hectares em 2005.
O estudo avalia a eficiência dos planos de manejo sustentável em florestas de vários países e analisa se as mesmas estão realmente sendo protegidas. A OIMT (em inglês, ITTO - International Tropical Timber Organization) é uma instituição que promove o manejo sustentável e o uso dos recursos florestais.
O relatório "Status of Tropical Forest Management 2005" (Estado do Manejo Florestal em Florestas Tropicais 2005) está disponível para download no site de "Amigos da Terra - Amazônia Brasileira", que é a fonte do texto acima.
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