
Por Aldo Nascimento (*)
Um pai apareceu na capa do jornal A Tribuna. Ele espancou o filho, uma criança de quatro anos.
O pai, acredito, será punido. A lei, no entanto, uma vez aplicada, não servirá de exemplo para humanizar a sociedade.
Observe a foto.
Como é impossível para esse pai amar o próprio filho? Impensável dizer: "Filho, eu te amo mais que a minha própria vida".
Por meio de livros e de filmes, penso que a ruína das relações humanas emerge quando não há mais a força do simbólico.
Em "Amarelo Manga", em "Elefante", em "Império dos Sentidos", em "Laranja Mecânica", só para ofertar alguns exemplos cinematográficos, o simbólico inexiste e, por causa de sua ausência, imperam os objetos, ou seja, a ausência do afeto.
(*) Aldo Nascimento é professor de português e escreve no blog Liberdade de Imprensa.
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