A empresa Guascor do Brasil, responsável pela usina termelétrica do município de Tarauacá (AC), derramou mais de 30 mil litros de óleo diesel num córrego que deságua no rio Tarauacá. Parte do diesel foi coletado pelos moradores do bairro Novo e revendido por R$ 0,50 - o litro de diesel custa R$ 2,75 na cidade.
O derramamento de diesel começou quando o reservatório, cuja capacidade estava completa, continuou recebendo o óleo bombeado a partir de um caminhão. O registro do tanque estourou por causa da pressão e o óleo vazou entre 7 e 11 horas da manhã de quinta-feira.
No ano passado, a Guasco causou outro derramamento de diesel em Tarauacá, quando houve rompimento no oleoduto que a empresa construiu interligando o porto da cidade à sua usina.
Em janeiro, uma balsa da Companhia de Eletricidade do Estado Acre (Eletroacre) derramou 25 mil litros de óleo diesel no leito do Rio Purus, próximo da fronteira Brasil-Peru, após colidir com um banco de areia numa das regiões mais remotas do país.
O combustível seria usado pela Guascor do Brasil na geração da energia elétrica de Santa Rosa do Purus. No mês passado, três empresas responsáveis pelo derramamento de diesel se comprometeram na Justiça Federal em cumprir a todas as exigências feitas em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal e Ministério Público do Estado do Acre.
O juiz Jair Facundes, da 3ª Vara da Justiça Federal no Acre, estabeleceu prazo de 60 dias para que a Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), a empresa Guascor do Brasil, responsável pela usina termelétrica de Santa Rosa, e a empresa A.M. Barreto, contratada pela Eletroacre para o transporte do combustível, cumpram as exigências.
O chefe do escritório da Guaspor em Rio Branco e o secretário Eufran Amaral, do Meio Ambiente, não atenderam as chamadas da reportagem ao telefone para que se pronunciassem sobre o novo derramamento de diesel no Acre.
- Estou informado sobre o caso e o mesmo já está sob os cuidados do promotor Marco Aurélio Ribeiro, do Ministério Público Estadual - disse o procurador da República, Anselmo Cordeiro Lopes.
Fotos: F. Salles, do blog Cidade em Notícia.
2 comentários:
Ei Altino,
Cadê o movimento ambientalista daí que até agora não se pronunciou sobre algo tão grave?
Movimento ambientalista daqui? Conta outra.
Postar um comentário