sexta-feira, 14 de março de 2008

O QUE DIZEM NA BLOGOSFERA DO ACRE

Eis aqui um apanhado das novidades que encontrei hoje na blogosfera acreana, que segue a tendência de expansão mundial desta mídia. Ainda bem, pois tenho o que postar nesta sexta-feira preguiçosa. Blogueiro sozinho não entorna o caldeirão.

Falando de flores
"Depois de tantas críticas, abro uma exceção, para elogiar uma ação do governo.

É pequeno, mas é de coração.

Legal, essa compra de buquês e coroas de flores naturais, que o governo fez, para as festividades oficiais e homenagens póstumas, no valor de 4.500,00.

Achei, inclusive, o valor insuficiente, para atender às necessidades da Secretaria de Governo.

Dá prá comprar uns 40 buquês ou 20 coroas.

Para os 20 primeiros, a lembrança está garantida.

O desejável é que sempre o governo se antecipe aos acontecimentos.

Se procedesse assim em outras situações, muitos dos problemas não existiriam e as críticas, bem menores.

A minha preocupação, é saber quais os critérios para escolher os cortejos fúnebres que serão homenageados".

Leia mais no blog do deputado Luiz Calixto.

Céu, nuvens e astros
"De cachinhos no cabelo, vestida com roupas claras e coloridas, ela vem cheia de poesia. É na forma de andar, falar, cantar, viver e, assim, de encantar. Ela é a Neiva Nara, conhecida pelos palcos com uma voz suave, e pelos livros, com versos e rimas.

A novidade que ela traz é o “Meu Livrinho do Por que Por quês”, de lançamento marcado para este sábado (15), em sarau que acontece a partir das 9horas no Parque Capitão Ciríaco.

- O meu livro segue a linha dos sonhos, das aventuras na natureza, no que existem no mundo e nos detalhes que nos cercam - descreve a autora de um dos poucos livros acreanos voltados ao público infantil.


Leia mais no blog Cultura RB.

Saga de dogvilliano em busca do primeiro emprego
"Sai de lá pensando, lembrei do dinheiro gasto para os exames de sangue que não consegui nos hospitais públicos, nas humilhações, no tempo perdido em filas intermináveis, nos planos que tinha feito para o primeiro salário.

E sabem de uma coisa? Sai feliz da vida. Feliz por ter escolhido estudar, por ter escolhido ser um cara independente e autônomo, que posso escrever o que quero hoje, que posso expressar minhas angústias e minha visão política, que poderei votar em quem quiser em outubro sem medo de retaliações.

Sai feliz por ser um cara livre e desimpedido. Sai de lá feliz porque sei que um dia isso tudo vai melhorar: a saúde, a educação, os serviços públicos - mas não por causa deles, mas por causa de nós, jovens pragmáticos e ansiosos por um mundo melhor, donos de suas vidas, detentores do poder".

Leia mais no blog do acadêmico Cleomilton Filho.

Reconhecer é preciso
"Cuba tem a melhor saúde do mundo.

Lá eles cuidam da prevenção, ou seja, saúde. Nos outros lugares pratica-se a medicina curativa, o que significa que cuidam da doença.

Para esse tipo de medicina, é preciso que a doença se manifeste primeiro, enquanto em Cuba evita-se a doença.

Cuba pode portanto orgulhar-se de ter um Ministério da Saúde, os outros países têm de contentar-se, pela lógica, com um Ministério da Doença.

Por quê esse raciocínio? Porque é difícil aceitar tanta burocracia para reconhecer a validade dos diplomas expedidos por aquele país!"

Leia mais no blog da deputada Perpétua Almeida.

A pedra
"Havia uma pedra sobre a mesa. Seu nome era Silêncio. Tinha as retas formas de um cubo, com lados e ângulos perfeitamente exatos. No entanto, por algumas ranhuras ou sutis variações na cor, percebia-se que não havia sido cortada por qualquer tipo de máquina, mas esculpida em longo e paciente trabalho. Embora inorgânica e dura, era feita de um silêncio humano, não havia dúvidas.

Estava sempre lá, sobre a mesa, irredutível. Não havia meio de movê-la, nenhuma alavanca a deslocaria sequer um milímetro. Tampouco era possível quebrá-la. Era invencível. Nenhum calor a derreteria, nenhum frio poderia fazê-la rachar. Sobre ela poderia cair a água durante séculos sem subtrair-lhe um átomo sequer. Era inteira e, oposta ao átomo, indivisível".

Leia mais no baú do blog O Espírito da Coisa.

Poder, cobras e encantado
"O poder não tem olhos de jibóia, mas encanta e atrai. Basta verificar a debandada de prefeitos eleitos pela oposição para a base do governo. Em 2004, a FPA ganhou em 11 prefeituras. Dessas, 10 foram vencidas por candidatos do PT e apenas uma pelo PSB, em Epitaciolândia.

Passados pouco mais de três anos, o governador Binho Marques tem como aliados 20 prefeitos. Somente os prefeitos de Xapuri e Cruzeiro do Sul não foram fisgados pelo olhar encantador do poder".

Leia mais no blog do Leonildo Rosas.

3 comentários:

Antonio Alves disse...

Em resumo, a falta de assunto é generalizada. Isso é um absurdo, o governo tem que tomar uma providência!

Unknown disse...

he, he, he...

Unknown disse...

Caro Altino.
Repasso a você o comentário que fiz no blog da deputada Perpétua sobre o post "Reconhecer é preciso"
Abracos João Guerreiro

Cara Deputada
Tenho que discordar da sua visão romântica e por vezes ingênua. Sou médico, já trabalhei no Acre, em comunidades indígenas nos anos 80. Estive em Cuba em 2000 e conheci inúmeros estudantes brasileiros fazendo medicina, inclusive vários do Acre, dos quais não tive mais contato. Não conheci a jóia da Coroa, a ELAM. Porém muitos daqueles alunos estavam loucos para se transferir para o Brasil, o que conseguiram muitos, e continuar seus estudos por aqui, aproveitando a estada em Cuba apenas para escaparem do Vestibular.
É um erro, uma injustiça e mesmo um preconceito querer jogar nas costas do médico a conta pela má distribuição de renda no país. O médico, ou a maioria deles, como qualquer outro profissional, busca também melhores condições de vida para si e sua família.
O saudoso professor Gentile de Melo nos anos 70 fez uma pesquisa interessante correlacionando a presença de médicos e outros profissionais universitários à presença de banco na cidade. Dizia ele, se a cidade não tem banco, dificilmente terá estrutura para ter esse tipo de profissionais.
É uma temeridade acreditar apenas em um ideal para manter as pessoas em locais remotos e desprovidos de infra-estrutura. Mesmo os nascidos lá querem na maioria das vezes emigrar em busca de melhores condições. Não poderíamos culpar Adib Jatene, Enéas, Armando Nogueira ou João Donato, por exemplo, por deixarem o Acre e serem bem sucedidos mundo afora.
Nos anos 80 ajudei a formar auxiliares de saúde indígena, principalmente em Roraima, mas também no Acre. Seria injusto dizer ue todos, mas boa parte deles, ao conquistar certo conhecimento eram tentados a procurar emprego e melhores condições de vida nas cidades, o que aconteceu em vários casos.
Mesmo o programa de médico de família, que deveria interiorizar médicos, padece de crise de confiança. Os médicos sofrem nas mãos de prefeitos desonestos, que só querem tirar vantagem política da situação, não têm garantia de emprego nem de salário e têm na minha modesta visão duas chances de dar errado.
A primeira é simplesmente dar errado. Ele não gostar do serviço e/ou nem a população gostar dele. Então mete-se a viola no saco e volta-se a tentar a vida em outro local.
A segunda chance de dar errado é quando dá certo. O médico é bom, gosta do serviço e a população dele. O problema aí é político. Um bom médico é visto logo como rival político e um inimigo importante dos poderosos locais.
Cara deputada direcione a sua energia, ideal e boa vontade, que sei são imensos, para, por exemplo, lutar pela transformação do médico de família em um cargo federal, com plano de carreira, garantia de emprego, condições de transferência, como no exército, para que o indivíduo possa prestar serviços em locais ermos por algum tempo, e tenha possibilidade de crescer na profissão, mudando de cidade dependendo das necessidades momentâneas, reciclar-se, educar os filhos e repassar a sua experiência.
Não precisamos de mais médicos no país, já os temos em quantidade suficiente. Não temos é condição de lhes interiorizar com dignidade. Agora achar que só o fato de formar-se em Cuba vai transformá-los em missionários da saúde...