Por Ivone Belém
A turma da bossa nova, que nos anos 60 se reunia nos apartamentos de Copacabana para procurar aquela nova batida que levou a música do Brasil para o mundo, se encontrou ontem (13) com Gilberto Gil. O papo passou longe de acordes e do banquinho e violão.
Leny Andrade, João Donato, Roberto Menescal e o bossa cuca nova Marcelinho da Lua foram ao Palácio Capanema encontrar com o ministro e pedir apoio do governo para que a bossa nova ocupe o espaço que merece enquanto produto artístico-cultural brasileiro.
- Até a descoberta da bossa nova, a música brasileira ainda não tinha acontecido no mundo - bem disse Leny.
Gil ganhou um exemplar do DVD Bossa Nova in Concert e se comprometeu a apoiar o projeto do deputado federeal Chico Alencar (PSOL-RJ), que cria o Dia Nacional da Bossa Nova - o 26 de janeiro, data de nascimento de Tom Jobim. O pessoal da bossa nova também quer 100% de isenção de impostos para empresas que investem em música, como acontece com as que investem em teatro e cinema.Ao final, Gil tascou um beijo em Donato e Donato retribuiu. Gil falou das dimensões da Usina de Comunicação e Artes João Donato, no Acre, cuja etapa final das obras conheceu a convite do governador Jorge Viana.
Gil e Donato voltam a se encontrar no dia 24 de abril, em Rio Branco, quando será inaugurado o centro de produção artística e cultural do Acre, que promete ser uma referência no país.
Nota: A jornalista gaúcha Ivone Belém é mulher do músico acreano João Donato. Está no JB de hoje: "João Donato recebeu o Jornal do Brasil em sua charmosa cobertura no Leblon, cercado de discos, livros, muitas plantas e um cachorrinho preto chamado Bambam. Vestido de baiano em férias - bermudão e camisa floridos, de tecido levíssimo, sandálias havaianas e pito no bico -, o acreano e cidadão do mundo mais carioca do pedaço falou da carreira, desenvolvida entre o Rio de Janeiro e Los Angeles, e da alegria de fazer músicas e de cantá-las". Clique aqui para ler a reportagem.
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