CAMINHADA E ÁLCOOL ZERO

A foto foi publicada por Leonardo Brito em rede social nesta terça-feira (15) com a informação de que o grupo caminhava no Parque Tucumã.

Da esquerda pra direita: o ex-governador petista do Acre, Binho Marques, que mudou com a família para Brasília tão logo deixou o cargo, o presidente regional do PT, Leonardo Brito, o diretor-presidente do Deracre, Marcus Alexandre, pré-candidato do PT a prefeito de Rio Branco, e o senador petista Jorge Viana.

Falta apenas o secretário de Educação de Rio Branco, Márcio Batista, pré-candidato a vice de Marcus Alexandre pelo PCdoB, que se ausentou da cidade nos últimos dois dias por causa de compromissos em Brasília e São Paulo.

Na madrugada de sábado (12), Márcio Batista foi abordado pela Polícia Militar durante blitz da Operação Álcool Zero, na avenida Ceará, perto da sede da AABB.

Suspeito de dirigir alcoolizado, o pré-candidato recusou o teste do bafômetro e voltou para casa com um auto de infração.

Parte dos dirigentes do PCdoB tenta convencer Márcio Batista, que desembarca em Rio Branco nesta terça, a se manifestar publicamente para evitar que o caso seja explorado pela oposição durante a campanha eleitoral.

No final de janeiro, o telejornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo, noticiou (leia) que o deputado federal Gladson Cameli (PP-AC) foi parado em uma blitz em Brasília.

Como o teste do bafômetro confirmou que o parlamentar havia bebido mais do que a lei permite, Gladson Cameli foi levado para uma delegacia e saiu tentando se esconder no banco traseiro do carro.

O deputado veio ao Acre dar explicações e pedir desculpas publicamente não sem antes acompanhar a reação do presidente regional do PT no Twitter.

- A boa conduta política adverte. Se beber, não dirija. Lembrança dos tempos em que a velha política dominava o Estado. E que agora quer voltar - escreveu Brito.

Na ocasião, o dirigente do PT anunciou que o governador Sebastião Viana pedira aos policiais para que radicalizassem na Operação Álcool Zero no Acre. Foi o que aconteceu.

Destaque para o comentário do publicitário Janu Schwab:

"Eu lembro desse episódio e lembro da fala tuitera do Leonardo Brito. Lembro também daquele poema do Drummond. E, juntando alhos com bugalhos, pergunto: E agora, José?

Gosto do Léo. Mas na ânsia de cumprir a cartilha e pegar o outro no pulo (que no caso do Cameli, era aliado até outro dia), ele e outras turmas (vermelhos, azuis, amarelos) esquecem que somos todos falíveis e, pior, filhos de uma sociedade mais flexível que taquara nova.

"Menino, não esquece quem você é, nem de onde veio, muito menos do que você é feito", já dizia o meu avô, profético, na mureta do Senadinho. "A vida é uma só. Mas o mundo dá várias voltas", completava.

Em matéria de pensamentos de "autajuda", meu avô era mais competente que o Augusto Cury e o Paulo Coelho juntos. No quesito ética na disputa política, poucos podem bater no peito e dizer: eu tenho."