domingo, 13 de maio de 2007

"OURO NEGRO"

Marcelo Piedrafita Iglesias

Bem-vindo o diálogo, como tenho via de regra defendido, baseado em estudos e argumentos condizentes com a relevância das questões em pauta, e não em difamações pessoais, inverdades, tentativas de desfocar o real cerne do debate e práticas jornalísticas por várias vezes eticamente questionáveis. Por isso, me questiono: qual é o grau de autonomia da assessoria do senador Tião Viana ao optar sistematicamente por esses procedimentos e com eles instrumentalizar parte da imprensa acreana? Perdeu-se o controle sobre a condução imprimida ao debate pela assessoria ou ela segue uma orientação deliberada?

As acusações de que os argumentos dos que divergem da exploração petrolífera como solução econômica e social para o Acre procuram atingir em caráter pessoal (“satanizar”, foi o termo usado por duas vezes no texto de 1/5) a aquele que desde início buscou personalizar o projeto e os benefícios que adviriam de uma política pública, de encargo da ANP, soam vazias. Sua repetição, em tom monocórdico, e o caráter das críticas que dão sustento àquelas acusações podem causar eminente desgaste a um político com valiosos serviços prestados ao povo do Acre.

Isto poderia ter sido evitado, se a apresentação transparente do projeto, estudos, consultas e debates democráticos tivessem sido práticas privilegiadas desde o início, há seis anos. Optou-se, todavia, pela tardia revelação de uma “redenção”, diversa dos discursos e das ações do Governo da Floresta nos últimos anos, dos resultados das duas fases do ZEE e, agora, das linhas mestras do projeto estratégico do governo estadual para os próximos quatro anos.

Leia o artigo completo do antropólogo Marcelo Piedrafita Iglesias na coluna Papo de Índio, do jornal Página 20.

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