Ex-secretário de Fazenda Mâncio Lima Cordeiro |
Errei na nota intitulada “Senador Jorge Viana se equivoca ao insinuar relações políticas na Operação G-7”, publicada em maio do ano passado, quando afirmei que a casa do então secretário estadual de Fazenda, Mâncio Lima Cordeiro, fora alvo de mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal por conta da Operação G-7, deflagrada dias antes.
Não é verdade que a casa do ex-secretário tenha sido alvo de mandado de busca e apreensão. Meu erro se estendeu ao afirmar que Mâncio Lima Cordeiro chegou a prestar depoimento e constava como indiciado por desvio de recursos públicos.
O que na verdade ocorreu é que a PF pediu à desembargadora Denise Bonfim, do Tribunal de Justiça do Acre, autorização para que o então secretário, em 10 de maio de 2013, quando a Operação G-7 foi deflagrada, fosse conduzido coercitivamente para prestar depoimento.
A desembargadora negou o mandado de condução coercitiva da PF contra o então secretário baseada no entendimento de que o próprio delegado poderia fazê-lo sem necessidade de pedir a magistrado.
Duas semanas após a deflagração da Operação G-7, a PF optou por convocá-lo para depor como testemunha. Portanto, o ex-secretário Mâncio Cordeiro não consta na lista de indiciados pela PF em decorrência da Operação G-7.
Em audiência judicial de conciliação, realizada no dia 15 de outubro de 2014, relativa ao processo nº 0010845-86.2014.8.01.0070, movido por Mâncio Lima Cordeiro, concordei em publicar esta nota admitindo o erro.
Minhas desculpas a Mâncio Lima Cordeiro pelo erro.
2 comentários:
A Folha, por exemplo, publica a famosa seção "Erramos" em que reconhece diariamente os erros do jornal. Errei e reconheci o erro sem tentar disfarçá-lo ou sem tentar me isentar parcialmente dizendo que fui induzido. Isso é muito comum, não é? O dever de informar corretamente é do jornalista, de quem escreve, ou de quem opina, e não das fontes das quais se vale. Depois da nota que continha o erro, cheguei a entrevistar Mâncio Cordeiro sobre outro assunto. Como sempre, ele me atendeu muito bem, mas preferiu não mencionar o erro que eu havia cometido. É natural que qualquer pessoa recorra à Justiça para dirimir ou ser reparada por erro de qualquer natureza. Em mais de 10 anos de blog, foi a segunda vez que tive que admitir erro. Além disso, se não existisse o blog, pouca gente saberia sobre a Operação G-7. Embora me esforce para evitá-los, cometo erros todas às vezes que escrevo. Faz parte do ofício.
Nunca acreditei nessa matéria, por isso fiquei tranquila meu primo seria incapaz de cometer esse tipo de crime, eu a conheço muito bem. Esse tipo de erro merece punição severa.
Dione Cordeiro.
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