
As fotos que ilustram este post foram tiradas e cedidas com exclusividade ao Blog da Amazônia pelo biólogo e consultor ambiental peruano Enrique Ortiz.
Elas correspondem ao Rio Guacamayo, no trecho situado na altura do Km 100 da Estrada Interoceânica, que liga o Brasil ao Peru, contando de Puerto Maldonado em direção a Cusco.
Há menos de um ano, o garimpo de ouro se formou e toneladas de mercúrio estão sendo depositadas nos rios, cujos peixes são pescados e consumidos a jusante por peruanos, bolivianos e brasileiros.
O Rio Guacamayo é um dos afluentes do Inambari, que deságua no Madre de Dios, que vai dar no Bene, que por sua vez deságua no Mamoré e/ou o Madeira, em território brasileiro.
O garimpo em Guacamayo é só mais uma das áreas onde a febre do ouro se expande do lado peruano. A alguns quilômetros mais a Leste, existe outro lugar cheio de garimpeiros, num rio chamado Jayave, que é bem maior que o Guacamayo.
- Igualmente se está detectando aqui e acolá, o que figurativamente se converteu em um câncer metastásico que só tem tendências a ser pior, porque o preço do ouro é o único que foi mantido após a crise financeira mundial e agora está subindo rapidamente, com previsões de se duplicar nos próximos meses - afirma o biólogo.
Guacamayo está a pouco mais de 200 quilômetros do município de Assis Brasil (AC), nas três fronteiras do Brasil, Peru e Bolívia. Leia a seguir a entrevista com Enrique Ortiz no Blog da Amazônia.
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