
Uma pena não poder encontrar o escritor Cristóvão Tezza, 55, hoje em Rio Branco, como convidado da próxima edição do “Sempre Um Papo”, no debate e lançamento do livro “O Filho Eterno”.
Como o ex-relojoeiro mantém uma relação próxima com o Acre (é irmão de um amigo, o ex-deputado e advogado João Tezza), nos primeiros dias de setembro havíamos combinado entrevista para o blog quando da passagem dele por Rio Branco.
Cristóvão Tezza sempre destaca como fato marcante de sua carreira de romancista e professor ter vivido no Acre durante o ano de 1977. Na ocasião, recém-casado, prestou vestibular para letras na Universidade Federal do Acre.
Fechara uma loja para vir trabalhar em Rio Branco com João Tezza num escritório de advocacia e dar aulas em cursinho. Após um ano no curso de letras, conseguiu transferência para o Paraná. Entre o Paraná e o Acre esteve um ano na Europa. Costuma dizer que os livros dele têm muito da "substância rebelde dos anos 70".
Segundo o jornalista Geneton Moraes Neto, o romancista "acaba de cometer uma façanha e criar um problema para a literatura brasileira".
- A façanha: recém-lançado, "O Filho Eterno" já desponta como favoritíssimo ao título de melhor do ano. O problema : "O Filho Eterno" foi publicado pela Editora Record na categoria de "romance brasileiro", mas é um texto escancaradamente autobiográfico - observa o jornalista.
Em "O Filho Eterno", Tezza expõe as dificuldades, inúmeras, e as saborosas pequenas vitórias de criar um filho com síndrome de Down. Aproveita as questões que aparecem pelo caminho nestes 26 anos de seu filho Felipe para reordenar sua própria vida: a experimentação da vida em comunidade quando adolescente, a vida como ilegal na Alemanha para ganhar dinheiro, as dificuldades de escritor com trinta e poucos anos e alguns livros na gaveta, a pretensa estabilidade com o cargo de professor em universidade pública.
Não perca a oportunidade de ir ao encontro do escritor, ccuja obra até aqui tem sido muito prestigiada pela crítica. Cristóvão Tezza estará nesta sexta-feira, às 19h30, no Auditório do Colégio Acreano. A entrada é gratuita. Leia mais aqui.
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