
Na ribeira deste rio
Ou na ribeira daquele
Passam meus dias a fio
Nada me impede, me impele
Me dá calor ou dá frio
Vou vivendo o que o rio faz
Quando o rio não faz nada
Vejo os rastros que ele traz
Numa seqüência arrastada
Do que ficou para trás
Vou vendo e vou meditando
Não bem no rio que passa
Mas só no que estou pensando
Porque o bem dele é que faça
Eu não ver que vai passando
Vou na ribeira do rio
Que está aqui ou ali
E do seu curso me fio
Porque se o vi ou não vi
Ele passa e eu confio
◙ Do álbum "A Música em Pessoa", a canção "Na Ribeira Deste Rio" (Fernando Pessoa / Dori Caymmi), na voz de Dori Caymmi.
Ou na ribeira daquele
Passam meus dias a fio
Nada me impede, me impele
Me dá calor ou dá frio
Vou vivendo o que o rio faz
Quando o rio não faz nada
Vejo os rastros que ele traz
Numa seqüência arrastada
Do que ficou para trás
Vou vendo e vou meditando
Não bem no rio que passa
Mas só no que estou pensando
Porque o bem dele é que faça
Eu não ver que vai passando
Vou na ribeira do rio
Que está aqui ou ali
E do seu curso me fio
Porque se o vi ou não vi
Ele passa e eu confio
◙ Do álbum "A Música em Pessoa", a canção "Na Ribeira Deste Rio" (Fernando Pessoa / Dori Caymmi), na voz de Dori Caymmi.
4 comentários:
RIO DA VIDA
Sergio souto e Areal Souto
Rio da vida,interminável,fundo
Entre barrancos de espinheiros e de palmas
Em que mar remotíssimo, profundo
Vais tu lançar as tuas águas calmas ?
Em que rochedos ásperos ensalmas
Esse canto colérico iracundo
Do desabar precípite das almas
Nas cachoeiras íngremes do mundo ?
Rio da vida peregrinas águas
Em que fonte de risos e de mágoas
Nascestes assim, para eterno correres ?
Sem que te importe,ao sossobrar das naus
O naufrágio dos justos e dos maus
O gemido das pedras e dos seres.
Visconde, esta letra foi feita poucos
anos depois do fim da revolução, e musicada quase um século depois. Fará
parte da trilha sonora "Amazônia de Galvez a Chico Mendes"
Inté mais vê.
OLHOS DE RIO
Sergio souto e Bruxinha
Sonhei com o c�u
E amanheci azul
Por meu corpo sobrevoaram cantos
De mil uirapurus.
Nos olhos vasados das janelas
Deslizam barcos cruzando o rio
Ainda escuto o lamento
Agonizante das velhas gaiolas.
Na curva a cobra grande espreita
Botos marotos a todos encantam
Moleques serelepes roubam melancias
E a lua espelha a sua luz
Nas �guas barrentas do rio.
Visconde, esta � mais uma can�ão ribeira
100% acreana, e muito linda !
Sérgio, belas letras. Só mesmo publicando Fernando Pessoa para estimular você a enviar o que havia prometido. Abraço.
Essa música aquece a alma até no actual frio de rachar lisboeta!
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