
O primeirro contato com os "brancos" seringalistas aconteceu por volta do século XIV, quando vieram explorar a borracha na Amazônia. O segundo contato foi com os missionarios da Missao Novas Tribos do Brazil que vieram “evangelizar” a comunidade.
Por muitos anos foram forçados a conviver com seringueiros e missionários. Por mais de décadas, trabalharam para os patrões seringalistas. Não eram remunerados por seus trabalhos e ainda tinham que conviver com todo tipo de abusos em sua própria terra. Cansados de tantas atrocidades, em 1984, o povo Yawanawa expulsou todos os brancos não indígenas de seu território.
Posteriormente, expulsou também os missionários da Missão Novas Tribos do Brazil, que até aquele momento estava evagelizando toda a comunidade e apagando sua cultura, crença e costumes tradicionais.
A população yawanawa é de 620 pessoas Terra Indígena do Rio Gregório, que está localizada em uma zona de difícil acesso. A maioria da população é composta por jovens e crianças. Diferente de outros grupos amazônicos que estão espalhados em diferentes localidades, o grupo Yawanawa é único e todos vivem na mesma comunidade.
Apesar de está localizado bem distante da zona urbana, o grupo sempre esteve envolvido com organizações governamentais, não governamentais e empresas privadas buscando parcerias de trabalho para melhorar a qualidade de vida na floresta usando e desfrutando de suas festas tradicionais, rituais, costumes e língua.

Apesar do contato e da inserção no mercado do homem branco, mantemos e desfrutamos de nossa sua cultura. Os pajés (xamãs, líderes espirituais), são memória viva do povo yawanawá, que continuam ensinando aos jovens da aldeia a educação tradicional de nosso povo - afirma Biraci Nixiwaka Brasil.
Além de organizados tradicionalmente, os yawanawa também se mobilizam através da OAEYRG, que tem a missão de lutar para o bem estar da vida do povo Yawanawa.
A entidade é um instrumento de representacão política para defender o território, tradição, cultura e obter recursos para diversificacão das atividades produtivas e melhoria dos programas de educacão e saude, através de parcerias com orgãos governamentais, nãos governamentais, entidades indigenistas, humanitárias, ambientalistas e empresas envolvidas com as questões indígena e ecológicas.
Um comentário:
Altino boa noite, bom dia.
Pelo menos uma história boa de indígenas, apesar de saber o que significa e como se dá essa aculturação em sangue e lágrimas para os índios.
O bom da história é que eles conseguiram se manter unidos, sendo tão poucos e se livrar dos "benfeitores" e ainda conseguem utilizar os caminhos da modernidade preservando sua história.
São um exemplo para todos nós.
Obrigada pela aula. Excelente!
Beijos
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