segunda-feira, 1 de agosto de 2016

No Acre, seca pode resultar em drama humano, econômico e ambiental


Autoridades do governo do Acre avaliam que a população dos municípios de Rio Branco, Xapuri, Epitaciolândia, Brasileia, Assis Brasil, Porto Acre, Bujari, Plácido de Castro (Vila Campinas) e Acrelândia estão prestes a viver um drama humano, econômico e ambiental por causa da intensidade da estiagem, incêndios e vazante histórica do Rio Acre.

O governador Tião Viana decretou, no começo de mês passado, situação emergência nas cidades do Vale do Acre, porém a medida não reconhecida até agora pela Defesa Civil Nacional.

Viana anunciou nesta segunda-feira que estuda medidas extremas. Ele poderá declarar situação de calamidade na região ante os incêndios e implicações da seca sobre a produção rural do Estado e decidir pela construção de uma barragem no Rio Acre para garantir a captação e distribuição de água em Rio Branco.

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O Rio Acre atingiu o nível histórico de 1,45m, o menor de uma série iniciada com medições da Defesa Civil Estadual em 1970. Para que não haja racionamento na capital, é necessário a captação de 1,4 mil litros de água por segundo, mas o rio continua baixando diariamente, o que agrava as dificuldades.

Existem duas estações de captação e tratamento de água em Rio Branco. O Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) já instalou cinco bombas de captação na Estação de Tratamento de Água (ETA II), a maior, e usou sacos de areia para represar parcialmente o leito do rio na ETA I.

— Caso nossa capacidade de captação caia para menos de 1,3 mil litros por segundo, o racionamento será inevitável - disse o diretor presidente do Depasa, Edvaldo Magalhães.

Nível do Rio Acre, em Rio Branco, em 1º de agosto nos últimos 13 anos

2016: 1,45m
2015: 2,83m
2014: 2,56m
2013: 2,13m
2012: 2,25m
2011: 1,88m
2010: 2,30m
2009: 3,34m
2008: 2,36m
2007: 2,34m
2006: 2,23m
2005: 1,99m



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