segunda-feira, 25 de abril de 2016
“Tião Viana prefere barganha, política antiga, dominação”, diz Gabriel Santos
O advogado Gabriel Santos, 22, um dos líderes do “Dia do Basta”, a maior manifestação da história do Acre, em junho de 2013, conta da satisfação de ser o primeiro da família a concluir um curso superior. Filho de uma ex-empregada doméstica e de um mecânico, ele começou a trabalhar cedo como entregador de leite e vendedor de pão.
- Eu sempre tive consciência de onde eu estava vindo e de onde eu queria chegar. Eu sempre fui criado com uma liberdade muito grande, mas com uma admoestação muito forte do que é certo e do que é errado.
Logo após obter registro na OAB-AC, Gabriel Santos moveu, em nome da Rede Sustentabilidade, uma representação contra o governador Tião Viana e as secretárias Márcia Regia (Gabinete Civil) e Concita Maia (Políticas Para as Mulheres) para que seja averiguado pelo Ministério Público a possível prática de improbidade administrativa e crimes contra a administração pública.
- O fato de terem saído mensagens do governador coagindo agentes públicos a comparecerem em atos políticos partidários se configuraria crime contra a administração pública e atos de improbidade administrativa.
Filiado à Rede e pré-candidato a vereador, Gabriel Santos considera a situação do Acre mais complicada do que a situação nacional ante a crise econômica e política.
- A situação do Acre enxergo com mais preocupação porque é um grupo político que tomou conta do Estado há muito tempo com um ideal bom, mas foi se corrompendo. Falo da corrupção de valores, que é a pior corrupção que pode existir.
Ele considera que o PT conduz no Acre um governo “meio autoritário”.
- Eu enxergo na figura do governador Tião Viana -e eu falo isso sem nenhuma raiva ou ressentimento-, a figura de uma pessoa muito irresponsável, que tem nas mãos a oportunidade de fazer um bem muito grande para o Estado em que ele vive, mas prefere fazer o jogo da barganha, da política antiga, da dominação, da manipulação.
Ao ser questionado sobre a falta de crítica de Marina Silva aos petistas do Acre, Gabriel disse desconhecer o papel da porta-voz da Rede em relação ao Estado.
- Ela faz críticas pontuais. A Marina pode ter a visão dela. Eu não preciso concordar tudo com uma pessoa para admirá-la. Admiro várias pessoas com quem eu não concordo. Admiro minha mãe, mas nem tudo concordo com minha mãe. Mas está claro que a Marina não faz mais parte desse grupo [que domina a política no Acre].
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