domingo, 22 de março de 2015

Nada a comemorar no Dia Mundial da Água


Em Rio Branco, que alguns ousam apelidar de “cidade ecológica” ou “capital ecológica”, o esgoto do canal do Parque da Maternidade, obra do governo Jorge Viana, continua sendo diluído impunemente no leito do Rio Acre.

Com 7 quilômetros de extensão, o canal conduz, in natura, o esgoto de indústrias, hospitais, casas, igrejas, bares etc. Aí estão imagens da “foz” ou fossa, próximo ao Mercado Elias Mansour, no centro da capital, onde barcos ancoram com produtos que alimentam a população.

Enquanto isso, a prefeitura de Rio Branco isenta empresas de transporte público do recolhimento de impostos da ordem de R$ 9 milhões.

Está na hora do Ministério Público Federal entrar em ação.




Em tempo

A maior demanda criada pelo Ministério Público do Estado do Acre em audiência pública sobre o Parque da Maternidade foi em relação ao lançamento dos efluentes sem tratamento no canal. Todo o esgoto é lançado no córrego e segue para o Rio Acre. O projeto original do parque permitia a inundação de uma grande área e não haveria o sistema viário como foi feito. Durante a obra, o projeto foi sendo modificado e os terrenos erguidos para não inundar o parque. Porém, isso acaba aumentando a inundação dos terrenos vizinhos que ficaram mais baixos. Nos outros parques a situação se repete.

E ainda temos o aquífero Rio Branco. Após a constituição da Área de Proteção Ambiental, foi modificado o traçado da BR-64, incentivando a ocupação da estrada do Amapá. Posteriormente, veio a urbanização da pista do antigo aeroporto, que virou Av. Amadeo Barbosa, e, em seguida, a construção do conjunto habitacional Cidade do Povo. Como a região é de solos arenosos, a infiltração é grande e a urbanização propicia a poluição do manancial.
Cidade ecológica é a ...

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