sábado, 5 de julho de 2014

O melhor futebol e a violência

POR JOSÉ AUGUSTO FONTES


O Brasil tem o melhor futebol do mundo, participou de todas as Copas, ganhou mais do que os outros países, exporta jogadores e produz craques constantemente. O futebol brasileiro não é violento, não é reconhecido por sua retranca ou pela agressividade de seus jogadores. O nosso futebol é bonito e talentoso. Temos cinco medalhas no peito, temos o maior jogador de futebol de todos os tempos, que fez mais de mil gols, jogando em Copas desde os 17 anos, sem jamais ter precisado de aditivos. Temos também o segundo, o terceiro e os demais, depois daquele primeiro. Muitos países produzem craques, aqui e ali. Apresentam boas seleções, aqui e ali. Mas nenhum cria talentos como o Brasil, com tanta frequência e em tão grande quantidade. Por isso, temos cinco medalhas no peito. E esses nossos cinco mundiais incomodam muito.

Dentre vários talentos fora de série que o Brasil produziu, um grande craque que começa a conquistar o mundo, ainda garoto, é o Neymar. Já vimos o Pelé ser perseguido por adversários variados, em Copas, em Mundiais de Clubes e em competições regionais. Aconteceu desde Garrincha até Ronaldo e vem acontecendo com o jovem Neymar. A arte de jogar bem incomoda os que não têm habilidade. Quem é ruim de bola tem inveja do talentoso e todo mundo quer ganhar, mesmo que seja apelando para a violência. Tem quem morda os outros. Tem quem jogue turbinado, tem quem faça gol de mão e tem quem quebre, literalmente, o craque adversário. É um verdadeiro ataque contra a arte de jogar bem o futebol.

O ataque repugnante feito na partida das quartas de final da Copa de 2014, entre Brasil e Colômbia, contra o Neymar, foi covarde, desleal e bruto. Além de quebrar efetivamente uma parte da coluna cervical do brasileiro, atentou contra o próprio futebol, em sua essência, como esporte de habilidade e técnica, tornando-o uma competição violenta e desleal. O jogador colombiano já havia praticado agressão anterior contra o Hulk, por pouco não quebrando perna deste. Depois, por trás, covardemente, fraturou parte da vértebra do craque brasileiro. O jogador colombiano está muito longe de ser craque. É medíocre, no futebol, nos atos e nas palavras. Precisa ser punido com muito rigor. O futebol não se interessa por ele, que é desprovido de mínima habilidade e dotado de grande covardia. Desconfio que mesmo nos ringues ele seria um fracasso, pois não saberia encarar os adversários de frente. A hora dele vai chegar.

Quanto ao talento, o Brasil vai continuar incomodando, pois não para de produzir jogadores acima da média e fora de série. O Neymar certamente vai se recuperar, para voltar a nos dar alegria em ver partidas de futebol. Ele é um jovem muito habilidoso, um verdadeiro craque, que muito interessa ao futebol, como esporte e arte. A nossa escola é a melhor, a nossa seleção é a melhor e os nossos títulos são maiores. Deixamos a mediocridade para quem deve punir. Somos o país do futebol. O Brasil tem, até agora, cinco títulos, que correspondem às cinco medalhas que trazemos no peito. Alguém mais tem isso? O Neymar é, com muito orgulho, um grande craque do Brasil e vai voltar a brilhar. Somos o Brasil, o maior campeão de todos! Beijinho no ombro! Pelé, mil gols...

José Augusto Fontes é cronista, poeta e juiz de direito acreano

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