sexta-feira, 18 de julho de 2014

Cidadão frustrado na terra encantada

De volta à terra encantada, para pesquisas, meu amigo acreano Felipe Storch de Oliveira, 20 anos, que faz graduação mista de economia e gestão ambiental na Pensilvânia (EUA), tem a palavra

"Grande jornalista Altino, não esqueci de pedir meu exemplar do livro “O Acre existe” a você, viu? Mas uma turbulência de eventos está me atrasando. Fui assaltado há 11 dias, em Rio Branco, tentei registrar BO, mas a delegacia não o faz depois das 18 horas. Hoje, entraram na casa de meu pai. Nesse ano, pela segunda vez, pretendia levar um grupo de americanos ao seringal Cachoeira, em Xapuri. Mas quem disse que eles querem vir com essa sensação de insegurança no Acre? São três professores e cinco alunos que estão repensando o passeio. Sortudos eles, que têm a opção fácil de fugir do crime. Acreanos como eu, todavia, seguem sofrendo. Sortudos somos por ainda ter jornalistas que ousam ir contra a máquina como você. É triste demais constatar que outras pessoas que eram de minha sala de aula, em escola pública, estão no crime. É tão frustrante isso. Como protestar? Desculpe pelo desabafo. São palavras de um cidadão frustrado"

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