POR BENEILTON DAMASCENO
Fiquei radiante com o primeiro dia da volta dos radares. O governo não tem como arrecadar dinheiro com a comprovada eficácia das lombadas, e aí o jeito é apelar.
O que ninguém explica é que o número de acidentes fatais em Rio Branco registrou queda em 8 dos 12 meses de 2012. Detalhe: sem os odiosos radares, cuja finalidade é depenar as economias do trabalhador. Sem falar no maldito IPVA, né?
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O problema é que que o Estado precisa desesperadamente lucrar. Nenhuma justificativa, a não ser a ganância oficial, convence o condutor castigado sem piedade.
Bem que poderiam instalar milhares de equipamentos na BR-317, para prevenir os motoristas dos buracos principalmente a partir da Fazenda Araxá, com destino a Xapuri, Brasileia e ao romântico Oceano Pacífico.
Bem que poderiam incentivar, ou punir com mais rigor, a moçada que não respeita a faixa de pedestres. E os motociclistas, que insistem em se enfiar entre os postes e o retrovisor, que não distam 20 centímetros um do outro.
Enquanto isso, em dias de chuva, no fim da tarde, aquela "embiricica" de carros se arrastando a 40 km por hora numa Via Chico Mendes, por exemplo, como se fosse o cortejo fúnebre de alguma celebridade seringueira.
Nada mais desastroso poderia surgir para ajudar a estrangular o trânsito de uma cidade esculhambada, que insiste em achar que é Nova York.
O engenheiro idealizador dessa luminar ideia poderia receber o Prêmio Nobel da Imbecilidade (PNI).
Beneilton Damasceno é jornalista. Destaque para o comentário do engenheiro Roberto Feres a seguir:
"Concordo com ele sobre o caráter caça-níquel dos pardais que foram instalados e acrescento duas informações que para mim são importantes.
Com a municipalização do trânsito, os serviços de sinalização e fiscalização do uso das vias há muito tempo deveriam ser realizados pelo município, em Rio Branco representado pela RBTrans.
Ao Estado, representado pelo Detran, cabe o licenciamento dos veículos e habilitação dos condutores e a fiscalização de regularidades desses.
Mas a visibilidade política das ações de sinalização e os recursos auferidos com as multas continuam a ser argumentos para que não se permita a transferência desses serviços à Prefeitura.
A outra questão diz respeito ao posicionamento dos pardais que foram instalados: em diversos locais a velocidade da via foi deliberadamente reduzida pela sinalização imediatamente anterior ao equipamento. Um exemplo é na Chico Mendes, toda sinalizada para 50km/h e, na chegada dos pardais, isso desce para 40km/h.
Também são apenas algumas faixas da via (geralmente só uma) que o sensor controla, e isso permite que o infrator contumaz siga pela faixa não controlada. É mas fácil o pardal pegar um desatento que um speed racer.
Há ainda casos de vias de mão dupla, como na frente da minha casa, onde para se fugir do pardal é só cruzar a via ligeiramente na faixa de contramão.
São só alguns exemplos que mostram a perversidade e os perigos que o sistema proporciona."
Um comentário:
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