quinta-feira, 19 de abril de 2012

OS EMERGENTES VÃO DECIDIR AS ELEIÇÕES

POR EDILSON MARTINS

As cartas das eleições municipais do País já estão na mesa. São decisivas, ninguém ignora, e vão pontuar os rumos da futura eleição presidencial. Pôquer é um jogo de azar, pode ser, mas também é um jogo de esperteza, de malandragem.

O PT parece brincar com fogo, embora para reduzir o pior do julgamento dos mensaleiros qualquer saída merece ser testada. O vazamento da catarata de escândalos do Cachoeira e seus aliados, tudo gente de fina estampa, ou quase todos, pondo à luz do dia a bipolaridade do justiceiro, e até há pouco cavaleiro sem mácula e sem reproche – Demóstenes Torres – da oposição, no ano D do mensalão, é uma jogada de alto risco.

Alguns caciques do partido terão que ser lançados ao mar? O governo Dilma corre risco de contaminação com a abertura da imensa caixa de Pandora em que se transformou o PAC? O PT também sairá chamuscado? Tudo isso é possível, mas, em nome da permanência no poder, tudo vale a pena, até porque nenhuma alma é pequena nessa briga de cachorro grande.

Tudo é um mistério

As próximas eleições são um mistério – elas sempre são – só que agora há um elemento novo; uma nova e exuberante classe média, egressa há pouco dos quase excluídos, dos quase sem-teto, dos quase sem emprego, dos quase analfabetos, enfim, os até recentemente discriminados do andar debaixo, a chamada classe C e D.

Somam cerca de 40 milhões, nos últimos oito anos, mas se recuarmos um pouco, começando no início da década de 90, portanto nos últimos 20 anos, alcançam os 60 milhões de brasileiros. Adicionadas, a de ontem e a de hooje, alcançam quase 56% da população brasileira, portanto, mais de 100 milhões de brasileiros.

Nem a China, proporcionalmente, fez revolução tão profunda, até porque eles ainda detém no campo mais de 75% de sua população. O Brasil já fez essa travessia, e hoje temos menos de 22% vivendo no universo rural. O censo do IBGE mostra que essa gente ganha entre R$l.200 e até R$5.200,00.

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