terça-feira, 10 de abril de 2012

MINISSÉRIE AMAZÔNIA

Rede Globo é condenada a indenizar família de Chico Mendes


A juíza Ivete Tabalipa, da 4ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco (AC), condenou a Rede Globo ao pagamento de indenização por danos materiais à família do líder sindical e ecologista Chico Mendes, assassinado por um complô de fazendeiros em Xapuri (AC), em 22 de dezembro de 1988. A magistrada fixou que a Rede Globo terá que pagar 0,5% dos lucros auferidos com a minissérie “Amazônia – de Galvez a Chico Mendes”, da novelista acreana Glória Perez, exibida entre janeiro e abril de 2007.

Há duas semanas, a mesma juíza decidiu parcialmente em benefício de nove herdeiros do sindicalista Wilson de Souza Pinheiro, o Wilsão, assassinado em Brasiléia (AC) na década dos 1980, com três tiros nas costas, no momento em que assistia o noticiário da TV, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia (AC), do qual era presidente.

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4 comentários:

Renato Brito disse...

Todo mundo quer um fatia, mesmo que seja muito pequena, da bufunfa da Rede Globo. Daqui a pouco até Família de Plácido de Castro e Galvez vãor querer reenvindicar uma idenizaçãozinha. Aguardem...

. disse...

Essa nunca me enganou... Já presencie está senhora aos berros no telefone querendo ser recebida pelo Gilberto Siqueira ameaçando não deixar ninguém do governo usar o nome do Chico Mendes.

GLORIA PEREZ disse...

Tenho duas fitas gravadas com a Ilzamar no hotel Galvez contando a vida dela com Chico Mendes para a minissérie. Vou anexar. Se a juiza do Acre nao viu as outras instâncias vao ver!!!
Que papel triste e desrespeitoso à memória do Chico!

Gio disse...

Altino querido,

não sei se isso mais me chateia ou me choca. As duas coisas, na verdade.

O processo de pesquisa da minissérie foi extremamente cuidadoso. Não foi uma entrevista que fizemos, foram várias, com todas as pessoas que fizeram parte da vida do Chico, sempre tratadas com o respeito que suas histórias merecem. Eu falei com a primeira mulher dele, com a filha deste casamento, Angela, com Elenira, com Sandino, com companheiros de militância, com amigos, com quem apenas o conheceu de vista, com quem nunca esteve com ele, mas conhece - com orgulho - a história de luta do Chico e, claro, com Ilzamar (que aliás nos recebeu em sua casa, e muito carinhosamente). Passei dias em Rio Branco, dias em Xapuri. Aliás, o nosso acervo deste trabalho é riquíssimo, e pensamos em doá-lo à Fundação Chico Mendes, mas hoje, infelizmente, penso que foi bom que não tenhamos concretizado esse plano.

É uma pena que uma história tão bonita quanto a do nosso líder Chico Mendes seja banalizada nessa ânsia por dinheiro.

Um beijo e saudade,

Gio