Rede Globo é condenada a indenizar família de Chico Mendes
A juíza Ivete Tabalipa, da 4ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco (AC), condenou a Rede Globo ao pagamento de indenização por danos materiais à família do líder sindical e ecologista Chico Mendes, assassinado por um complô de fazendeiros em Xapuri (AC), em 22 de dezembro de 1988. A magistrada fixou que a Rede Globo terá que pagar 0,5% dos lucros auferidos com a minissérie “Amazônia – de Galvez a Chico Mendes”, da novelista acreana Glória Perez, exibida entre janeiro e abril de 2007.
Há duas semanas, a mesma juíza decidiu parcialmente em benefício de nove herdeiros do sindicalista Wilson de Souza Pinheiro, o Wilsão, assassinado em Brasiléia (AC) na década dos 1980, com três tiros nas costas, no momento em que assistia o noticiário da TV, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia (AC), do qual era presidente.
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4 comentários:
Todo mundo quer um fatia, mesmo que seja muito pequena, da bufunfa da Rede Globo. Daqui a pouco até Família de Plácido de Castro e Galvez vãor querer reenvindicar uma idenizaçãozinha. Aguardem...
Essa nunca me enganou... Já presencie está senhora aos berros no telefone querendo ser recebida pelo Gilberto Siqueira ameaçando não deixar ninguém do governo usar o nome do Chico Mendes.
Tenho duas fitas gravadas com a Ilzamar no hotel Galvez contando a vida dela com Chico Mendes para a minissérie. Vou anexar. Se a juiza do Acre nao viu as outras instâncias vao ver!!!
Que papel triste e desrespeitoso à memória do Chico!
Altino querido,
não sei se isso mais me chateia ou me choca. As duas coisas, na verdade.
O processo de pesquisa da minissérie foi extremamente cuidadoso. Não foi uma entrevista que fizemos, foram várias, com todas as pessoas que fizeram parte da vida do Chico, sempre tratadas com o respeito que suas histórias merecem. Eu falei com a primeira mulher dele, com a filha deste casamento, Angela, com Elenira, com Sandino, com companheiros de militância, com amigos, com quem apenas o conheceu de vista, com quem nunca esteve com ele, mas conhece - com orgulho - a história de luta do Chico e, claro, com Ilzamar (que aliás nos recebeu em sua casa, e muito carinhosamente). Passei dias em Rio Branco, dias em Xapuri. Aliás, o nosso acervo deste trabalho é riquíssimo, e pensamos em doá-lo à Fundação Chico Mendes, mas hoje, infelizmente, penso que foi bom que não tenhamos concretizado esse plano.
É uma pena que uma história tão bonita quanto a do nosso líder Chico Mendes seja banalizada nessa ânsia por dinheiro.
Um beijo e saudade,
Gio
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