quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O ACRE NO MUNDO

8 comentários:

alisson disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ALTINO MACHADO disse...

O Gomercindo Rodrigues envia comentário intitulado "O mapa 'torto' do Altino". Tô sem disposição pra qualquer pitaco:

PARTE 1

"Ontem lendo um post escrito por você, caro Altino, jornalista que respeito muito, vi uma coisa no mínimo estranha: ao reproduzir um “mapa mundi” para justificar a questão do fuso horário do Acre, de repente, no seu mapa, o Acre não fazia fronteira com a Bolívia. Claro que estranhei e fui buscar o porquê daquela situação e, então, descobri uma grotesca “manipulação” do mapa para justificar que “o Acre não mudou de lugar”.

Antes de começar a discutir a questão da informação e da própria ética dela, vou esclarecer algumas coisas: primeiro: votei pelo retorno do horário antigo no plebiscito, embora, para mim, tal retorno não fazia, como não faz, a menor diferença, ouvi as ponderações da minha mulher e, como, para mim, efetivamente qualquer horário era absolutamente a mesma coisa, usei isso para definir o meu voto; segundo: também acho que o método usado para promover a primeira alteração deixou de exercitar a democracia, ao não usar o então Senador, a possibilidade de ouvir e discutir com as pessoas do Acre e do oeste do Amazonas e Pará a respeito. Podia ter feito isso e muita coisa não teria ocorrido depois; terceiro, proponho tirar Deus dessa discussão, ressaltando de cara que não sou adepto de nenhuma religião e entendo que ninguém tem procuração para falar em nome d’Ele, além, claro de desrespeitar um dos mandamentos constantes na Bíblia: Não tomarás seu Santo Nome em vão. Feitos estes registros, vamos lá.

O horário é uma convenção. Quando se definiu “Greenwich” para ser o “centro do mundo” na forma “vertical” foi uma mera convenção, claro que, certamente (e não vou me aprofundar nisto porque não sou geógrafo, nem cartógrafo, nem especialista na questão) baseado em algum estudo prévio que apontou a melhor solução. Isso ocorreu, para se ter uma ideia, pelo que encontrei pesquisando rapidamente na internet, apenas em 1884, num Tratado assinado em Washington.

Então, o “horário de Deus”, na verdade é uma “convenção dos homens”, daí eu ter proposto tirar Deus dessa discussão.

Se é uma convenção, poderia ter sido adotado qualquer outro meridiano, como, aliás, se pode fazer hoje em dia, basta os poderosos do mundo se reunirem e decidirem alterar tal convenção.

ALTINO MACHADO disse...

O Gomercindo Rodrigues envia comentário intitulado "O mapa 'torto' do Altino". Tô sem disposição pra qualquer pitaco:

PARTE II

"Mas o que eu acho interessante, e agora já posso dizer isso, é que, para “garantir o seu argumento”, embasar sua tese, você publicou um mapa mundi em que o Acre estaria todo ele no fuso -5 GMT, ou seja, cinco horas a menos do que Greenwich. Claro que em tal mapa, o nome ACRE vem à esquerda do meridiano que fecha o fuso -4GMT. Indo para um mapa mundi sem tal manipulação, iríamos encontrar o seguinte: algumas capitais do nordeste (Recife, Aracaju, João Pessoa, Fortaleza e Natal estariam no fuso -2 e não, como, por lei brasileira, no fuso -3GMT, o mesmo de Brasília. Aliás, parte disso está no mapa que você publicou. O fuso -3GMT, além de ser o de Brasília, quase no limite, deixaria de englobar, por incrível que pareça, a quase totalidade do estado do Rio Grande do Sul, a maior parte de Santa Catarina e metade do Paraná, que estão, pela divisão geográfica, no fuso -4GMT, junto com Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, parte do Pará, Rondônia, parte do Amazonas e, aqui está o interessante, cerca de 40% do Estado do ACRE, englobada nesta parte praticamente todo o vale do Acre e parte do vale do Purus. Assim, para estar “tecnicamente correto”, de acordo com a convenção dos homens, o fuso de Rio Branco até Brasiléia e, quem sabe, por milímetros Assis Brasil, fora ou dentro, bem como a maior parte dos municípios de Sena Madureira e Manuel Urbano, estão no fuso -4GMT, ou seja, o horário atual, o mesmo de Rondônia, enquanto que Santa Rosa do Purus, Feijó, Tarauacá, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul, Jordão, Marechal Taumaturgo estão, corretamente, no fuso -5 GMT.

Concluindo – e, repito, não sou cartógrafo, nem geógrafo, nem tenho nenhuma preocupação com qual o horário “tecnicamente” deva vigorar no Acre, embora respeite o resultado de um plebiscito em que essas questões que eu coloco agora não foram debatidas, nem pelo “não”, nem pelo “sim”, pois o debate foi meramente “eleitoral”- o mapa que você publicou mostra, claramente que, efetivamente o ACRE não mudou de lugar e que, neste caso, teria de ter, se fosse para ser técnico, dois fusos horários diferentes, sendo que o vale do Acre e parte do Purus teriam o fuso igual ao de Rondônia, ou seja, uma hora a menos daquela de Brasília, e parte do Purus e todo o Juruá, o fuso de duas horas a menos do horário “oficial” brasileiro. Aí, tem de convencer os gaúchos e a maior parte dos catarinenses e metade dos paranaenses de que eles também têm de estar com uma hora a menos do que Brasília.

A discussão ética posta é que, para afirmar o seu argumento que, em tese é válido, você não se preocupou em trabalhar com a “desinformação” ou seja, manipular um mapa para que quem o veja, entenda que o Acre todo tem o mesmo fuso de Lima e não que parte dele tenha o fuso de La Paz, de Porto Velho, de Manaus etc.

Acho, sinceramente, que você não precisava fazer isto. Defenda a convenção, o horário de 1913, o costume regional, o fato de que, efetivamente não fomos consultados para a primeira mudança de horário, pois estes são argumentos válidos e fortes, mas não manipule a informação, não distorça os fatos, pois aí, você está entrando no mesmo debate dos que envolvem Deus nas convenções humanas."

alisson disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ALTINO MACHADO disse...

Comentário do blogueiro Edmilson Alves:

"Não é o mapa mundi de Altino que é torto, a Terra que é oval

Sugiro ao leitor Gomercindo Rodrigues, que contesta o mapa mundi publicado no blog do Altino – cuja imagem apresenta o Acre dentro de sua posição real no Mundo, que é o fuso menos cinco -, a desenhar o mapa em uma bexiga (bolão de sopro) e depois encher de ar, quanto mais cheio o balão, e dependendo da perspectiva que visualize a imagem, ele verá o Acre deixa de fazer fronteira com a Bolívia.

É possível visualizar o Acre fazendo fronteira com a Bolívia – mas dentro do fuso menos 5 (duas horas de Brasília).

Um pouco oval, é possível visualizar o Acre fazendo menos fronteira com a Bolívia – mas dentro do fuso menos cinco (duas horas de Brasília).

Mais oval ainda, é possível visualizar o Acre sem fazer fronteira com a Bolívia – mas dentro do fuso menos cinco (duas horas de Brasília).

O fato é que quase 100% do território acriano, está dentro do fuso menos cinco (duas horas de Brasília).

Quem tiver dúvidas, leia um livro de geografia, ou então pergunte a qualquer professor da quinta série do ensino fundamental e ficará sabendo, o Acre está dentro do fuso menos cinco (duas horas de Brasília)"

Renato Brito disse...

Que bom que o Michel Temer vetou o referendo, a novela continua.

Viva a hora mais certa!

alisson disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Edkallenn disse...

Essa discussão é tão vazia que nem acho relevante comentar, mas como diria Nietzsche, só se deve falar quando não se pode calar, e como por ora não me posso calar, sigo dizendo o que sempre disse (dessa vez resumidamente) sobre a "questão do fuso":

O fuso horário é (e sempre foi) algo menos geográfico e mais político e comercial. De fato que colocar mapas para demonstrar argumento de fuso não me parece muito relevante para a discussão (e qualquer discussão que siga este premissa é falsamente correta).

Exemplo: Neste mapa podemos claramente ver grande parte da Argentina dentro do provável "fuso correto" acreano (e o país já pertenceu a este fuso). Entretanto, para estreitar as relações com o seu maior parceiro comercial, o Brasil, os argentinos (inteligentemente, em minha opinião) alteraram o fuso para o oficial de Brasília. O mesmo ocorrerá este ano com a Ilha de Samoa que "engolirá" um dia inteiro para se adequar ao horário dos atuais maiores parceiros comerciais asiáticos (China) e Oceania (Austrália e Nova Zelândia).

O mais incrível é que "geograficamente" o país cometerá uma "insanidade" visto que ao atravessar a fronteira em um vôo curto de menos de uma hora o cidadão poderá comemorar “o mesmo dia duas vezes” visto que a outra parte do arquipélago continuará no horário antigo. (vejam o link da notícia completa aqui: http://migre.me/7iyHD). Há muitos outros exemplos que poderia elencar, mas acredito que aos inteligentes (e acredito que os leitores e o autor deste espaço o são) estes dois exemplos bastam.

Resumindo: é comodidade comercial e política e não meramente geográfica apenas. De fato que não é anormal e nem será (ou seria?) a primeira vez que um estado (ou nação) mudaria de horário sem acompanhar a "geografia". Não é algo “absurdo”, ou “autoritário”. Apenas cômodo. Seja politicamente ou comercialmente.
Em tempo: acho bem melhor este horário atual, mas como bom democrático que sou acredito que a hora deve voltar por conta da votação no referendo
Viva a democracia! Que se atrasem os relógios o quanto antes!