segunda-feira, 10 de outubro de 2011

PF PRENDE ROMENA IOANE RUSEI MAIS UMA VEZ

A romena Ioana Rusei Dutra voltou a ser presa pela Polícia Federal (PF) neste domingo (9), na Região Serrana do Rio de Janeiro, quando usava documento falso como “dublê” de uma candidata ao vestibular do curso de medicina da Faculdade de Petrópolis.

A PF informou que a estrangeira poderá responder por estelionato, com pena máxima de 5 anos, e a verdadeira candidata inscrita no vestibular será convocada a prestar esclarecimentos.

Ioana Rusei Dutra e o goiano Alessandro Alves da Silva foram presos outras duas vezes fraudando vestibulares no Acre e no Piauí.

Na primeira vez, em 2002, em Rio Branco, quando fraudaram o vestibular de medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac).

Em 2004, foram presos novamente ao tentar aplicar o mesmo golpe na Universidade Estadual do Piauí, em Teresina.

Ambos foram condenados pela Justiça Federal a nove anos de detenção, mas apelaram e obtiveram habeas corpus do Tribunal Regional Federal da 1ª Região para responder em liberdade.

A quadrilha liderada pelo goiano Jorge Nascimento Dutra, marido de Ioana, tinha como especialidade a fraude em vestibulares e concursos públicos.

Engenheiro eletrônico, o goiano Jorge Dutra comandava nove pessoas que cooptavam candidatos brasileiros e bolivianos interessados em vagas nos cursos de medicina. Cada um indicava cerca de 30 estudantes dispostos a usar a fraude eletrônica.

O preço médio dos serviços, em 2004, chegava a R$ 15 mil. A fraude se dava através da inscrição e realização das provas por Ioana Rusei Dutra, considerada inteligente e preparada para realizar concursos vestibulares.

Respondida as questões, a romena saía com as respostas e as entregava a Alessandro Alves da Silva. Portando um equipamento de transmissão, as respostas eram repassadas aos receptores eletrônicos previamente distribuídos aos alunos que se dispuseram a pagar pela fraude.

A justiça considera que a chamada “cola eletrônica”, com a transmissão de gabaritos aos interessados, de ambiente exterior ao recinto das provas, por meios eletrônicos, não constitui conduta penalmente típica, apesar de ser ética, moral e socialmente reprovável.

A Justiça Federal no Acre chegou a condenar Jorge Nascimento Dutra, Ioana Rusei Dutra, Rosirley Lobo, Alessandro Alves da Silva, Geralda Francisca Dutra e Maria de Lourdes Dias ao pagamento de R$ 5 milhões por danos morais e materiais causados à Ufac e à sociedade acreana. Também foram condenados 21 estudantes que se beneficiaram da “cola eletrônica” da quadrilha.

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