terça-feira, 9 de março de 2010

"ISTO É O ACRE, PORRA"

A Usina de Beneficiamento de Castanha do Acre, onde atualmente funciona a Usina de Arte João Donato, em Rio Branco, gerava 500 empregos diretos em meados dos 1980, no governo do peemedebista Nabor Júnior.

Para agradar ao empresário Tufic Asmar, que exportava para Belém (PA) castanha in natura e era dono da TV Acre, afiliada da Rede Globo, o governador decidiu romper o contrato de gestão da usina, que envolvia a extinta rede de supermercados Casas da Banha.

Heleno Araújo, preposto das Casas da Banha, recebeu Emílio Asmar, sobrinho falastrão de Tufic, de quem ouviu que a família seria beneficiada com lucro de 90% a partir da decisão do governador.

- Tudo isto, Emílio?

- Isto é o Acre, porra!

Meses depois a Usina de Beneficiamento de Castanha fechou, os Asmar seguiram exportando castanha in natura e as repetidoras de TV foram instaladas em todos os municípios.

E Nabor Júnior foi eleito senador com a alegação de que levara TV para todos os municípios do Estado.

O Acre não mudou.

12 comentários:

eliz tessinari disse...

É, isto é o Acre.

du disse...

Sempre Acre.

JPPASSOS disse...

Sou contemporâneo seu e acho que realmente contínua a mesma coisa, hoje os Vianas são donos da política local, como foram os antes, durante e depois dos Dantas.

JPPASSOS disse...

O Acre foi comandado por muitos anos pela indicação políca de seus representantes maiores, nestes tempos dominavam as vontades de casiques nacionais, nos anos setenta foram os Kalumes, Dantas, Mesquitas, Macêdos entre outros de menores expressão políca, passamos na década de oitenta por verdadeiros marionetes, o povo tem os governantes que quer, e continua agora na mão de Vianas da vida, até quando eles partirem é o povo que escolhe, o que fazer...

Anônimo disse...

Os tempos da política que a postagem sugere “era um Acre porra”. Agora os tempos são outros, “é outro Acre porra!”

Na velha política se angariavam votos com curral eleitoral, coronelismo, assistencialismo e tantos outros meios contumazes de épocas. Os políticos não tinham o que mostrar, eles eram donos das mentes.

Dizer que hoje “Os Vianas” ou os partidos que compõe a FPA influenciam como os políticos de antes, é subestimar a ótica dos eleitores que vêem para analisar seus votos.

@MarcelFla disse...

Obrigado SIMEI, com vossa permissão faço minhas as suas palavras.

UJS DE CRUZEIRO DO SUL disse...

concordo em alguns pontos, agora fazer uma comparação daquele tempo pra esse é no mínimo ser desconhecedor, naquele tempo seu Nabor dava farda de polícia a analfabetos e cargo de professores a quem mal sabia ler.E hoje isso nao existe mais. Faltam poucos políticos serem enterrados faltam poucos.

Alberto disse...

Na minha opiniao as pessoas veem o que lhes convem! Naquela epoca as pessoas eram pouco esclarecidas o acesso a informacao nao era assim tao facil. Ainda falta muito, mas hoje por ex, nos temos a internet e estamos aqui expondo nossas opinioes.
Em relacao ao comentario do nosso amigo da ujs, uma coisa e verdade, os tempos mudaram. Nunca houve tanta facilidade para ter acesso a educacao. Mas melhorou? Talvez. Depende do ponto de vista de quem ve o que quer. Sejamos razoaveis, o nivel do ensino da rede publica e ate particular piora de forma vergonhosa a cada dia que passa.
Os numeros sao maiores. Mais escolas, mais professores, mais alunos, maior indice de aprovacao. Mas e o nivel de ensino? Ninguem liga! O que importa sao numeros! Quantidade! Estatistica! Ah! E viva o projeto Poronga!

Acreucho disse...

Vou concordar com o Simei! Este é um "outro" Acre. Porém! Em nome do propalado "desenvolvimento" temos educação de qualidade duvidosa, violência descontrolada, milhares de pessoas que enriquecem sem se saber como, temos uma dívida astronômica, e programas "sociais" que não interessam à sociedade (ao povão), tudo, mas, tudo mesmo que o governo faz é no intuíto de tornar o Acre uma coisa que ele não tem condições de ser e, talvez seu povo nem queira ser, é o que eles acham que seja o melhor para "eles". Quanto a política, continua do mesmo jeito, curral, coronelismo, compra de votos, pressão sobre funcionalismo, mordaça na imprensa e outras coisas do gênero. Vivemos num Acre maniqueista, onde os Viana dividiram os políticos em "bons e maus", claro que "eles" são os bons! Ainda bem que sou "mau"! Todos somos bons e maus, um dia, quando o Acre for melhor, alguém escreverá que "este período" que vivemos hoje, foi "mau", "ruim". As coisas podem ser boas ou más, dependendo da ótica de quem as vê.

Anônimo disse...

Acreúcho,

Meu bom amigo, como não concordar com você! Principalmente quando dizes que: "As coisas podem ser boas ou más, dependendo da ótica de quem as vê".

Sds

Francisco Cândido Dias disse...

Muita gente continua vivendo no passado. Remoendo coisas que ficaram prá trás,

e que lhes trazem lembranças boas e ruins. Fazem de suas existências , um eterno

retrovisor da vida, que não conseguem parar de olhar.Isso paralisa, o hoje e o

amanhã de qualquer ser humano. Tive momentos assim.Não me valeram de nada.

Pensei nos fracassos e nos sucessos, que experimentei durante esse tempo.

Cheguei a conclusão, que não fazem a menor diferença, num tempo chamado agora.

E muito menos fará , no futuro. Somos como diria o poeta , uma metamorfose

ambulante, e ser sempre a mesma pessoa, se torna inviável , durante a nossa

permanência no planeta Terra.Então do que vale mexer nas coisas do passado.

Não digo que devemos ter uma amnésia total. Mas falo em estacionarmos nossas

mentes,nele,o passado. A própria palavra de Deus diz isso. Que o passado é do

maligno. Não leva a nada, e não podemos mais acrescentar um pingo nele. Coisas

boas e ruins que fizemos, não poderão ser modificadas, só poderão nos desestimular

no nosso presente e futuro.Sei disso, como tenho certeza que vocês sabem também.

Quantas vezes não passa ou passou pela minha cabeça, de como pude cometer

certos enganos em minha vida, e pagar um preço alto por isso.Mas está feito, e

agora não tem mais jeito!!! Quer outra dica de vida, prá mim e prá você?? Vamos

adiante, com cabeça erguida, que não somos os únicos nessa vida que cometemos

verdadeiras loucuras, boas ou péssimas, e que como seres humanos passíveis de

erros diariamente, continuaremos acertando ou errando. Melhor isso, do que nos

escondermos, nos buracos negros da covardia e da inércia. Quero colocar meus

retrovisores ao contrário, se isso for possível. Lá na frente da minha alma, para

conquistar algo melhor, do que já consegui na minha vida.Vamos juntos nessa,

porque o tempo é hoje!!!!!!!!!
Temos que viver o presente e trabalharmos para que o futuro mesmo que não estejamos lá, sirva para os que vem a seguir.

JPPASSOS disse...

Este artigo oferece um apanhado geral de diferentes aspectos - antecedentes históricos da política no Acre, elementos teóricos, conceituais e empíricos - relativos aos processos políticos do Acre que não mudou tanto, como querem ver os que estão no poder, no governo e tem vendas em seus olhos.
Parece que algumas pessoas só vem o presente e esquecedm o passado, temos sim que fazer um paralelo, uma analogia.
Se não vejamos:O argumento que se desenvolve é que as formas adotadas nos diferentes momentos e nas várias instituições resultam de processos de negociação , para se ter um cargo, não é diferente quem é do poder fica no poder quem não é tá fora, historicamente localizados, entre atores sociais variados. Antes era o fulano que mandava, hoje é do mesmo jeito, quem tá comigo é meu amigo, quem tem opinião própria cuidado, isso continua, mesmo as pessoas tendo os espaços democráticos garantidos...qualquer pessoa na sua análise individual
poderá remetê-lo em qualquer localização no espaço e no tempo, é a lógica companheiros camaradas,
de tempo que se fizer conveniente, ou seja,
o Acre não mudou, não se refere necessariamente a construcões de pontes,isso é lógico que o tempo e o espaço que vivenciamos sabemos que estão ai e são frutos da construção do humanidade, estou me referindo é ao comando político e parece que temos já 12 anos e vamos passar muitos anos ainda, com os Vianas da Vida, como foi com os outros governantes que ficaram por muito anos, no comando, veja bem, estou me referindo a temporalidade, se é que me entendem, passarelas, estádio de futebol, estradas, tudo isso que foi construido não poderá ser abordado numa
dissociabilidade temporal entre passado,
presente e futuro permitindo um certo
relativismo de tempo ao ser analisado por
pessoas que se interessem pelo tema aqui abordado, e muito bem levantado pelo grande acreano jornalista Altino Machado.