quarta-feira, 7 de outubro de 2009

RAIMUNDO PACCÓ



O acreano Raimundo Paccó é um dos melhores repórteres fotográficos do Brasil. Trabalhou, entre outros, no Correio Braziliense, Globo, Jornal de Brasília, Folha de S. Paulo, Diário do Pará, O Liberal, Jornal do Commercio.

É filho de Raimundo Laureano, conhecido como Raimundo da Horta, que era dono da panificadora Aurora, no centro de Rio Branco, e irmão do músico Chico Laureano. Ambos já se foram deste mundo.

Nos anos 1980, Dim e eu convivemos intensamente nos agitos desta pacata cidade. Depois, cada um seguiu seu destino, mas sempre mantivemos a ternura acreana.

- Podes dizer da minha frustração em não ser valorizado em minha terra. Já tentei várias vezes levar minhas exposições para Rio Branco. Enviei vídeos e impressos do conteúdo para pessoas do governo estadual, mas sequer responderam. Não cobraria nada por isso - desabafa Raimundo Paccó, cuja exposição "Programa de Índio" encontra-se em Porto Alegre (RS), após ter percorrido outras grandes cidades brasileiras, além de Santiago do Chile e Buenos Aires.

Paccó atualmente trabalha para a agência espanhola EFE e cuida da edição de um livro que vai retratar seus 23 anos de fotojornalismo.

Ele decidiu enviar ao blog o conjunto de fotos do qual escolherá a imagem para a capa do livro. E aceita sugestões dos leitores para resolver seus doces dilemas.


Grande Dim, um forte abraço.











Clique nas imagens para visualizá-las ampliadas.

16 comentários:

...vdj... disse...

A arte regional só é valorizada lá fora, pois talvez os nativos já estejam "tão acostumados" com o ambiente amazônico, que não dão o devido e justo valor.

Aí... para se fazer/ter fama aqui, precisa primeiro ser reconhecido lá fora, sendo depois tratado como gente pelos hipócritas aqui da terra.

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Dani Franco disse...

Que bela surpresa: Paccó acreano. Realmente o Acre me surpreende sempre, felizmente.

Acompanhei o brilhante trabalho dele aqui em Belém, e podia jurar que o moço era de Brasília, devido ao menosprezo que o povo insiste em dar ao Norte.

Voto na foto na 4a foto, apesar da 3a ser pertubadora.

Abraço grande em vcs.

Blog da CAPITALCREDI disse...

Raimundo Paccó nunca vai deixar de ser da terra, portanto é primeira foto.

Rosangela Barros disse...

Estava pensando nesta história, é muito triste, ser estrangeiro na sua própria terra. Talvez seja a mentalidade limitada do acriano que só valoriza o que vem de fora, ou é a eterna politicagem do apadrinhamento que prevalece em nosso estado. A prova maior disso é o governador do Acre não ser acriano!
Estou eu aqui sentindo na pele o que o Raimundo Paccó vive na sua vida profissional: já me sinto uma banida, pois acabei de receber a resposta do advogado que o juiz negou o mandato de segurança que me garantia o direito de defesa contra o que as competentíssimas profissionais Fernanda Maria dos Santos Alves e Mila Oliveira (duas traficantes governamental) da educação do Acre me acusam!

Reinaldo disse...

Um grande fotógrafo, sem dívidas. Mas é assim mesmo, se ele fosse do Sul, os nortistas estariam lhe bajulando, mas como fez o caminho inverso, os seus não o valoriza.

Quanto à foto fico com a segunda. É exclente e o contraste do branco [garoto] com o preto [carvão] é reveldor.

Rosangela Barros disse...

Olá, Altino!

Apenas no Acre um artista com essa sensibilidade não é reconhecido! Só uma curiosidade, das belas drásticas e tristes imagens registradas, uma me chama muito atenção: a última! Dar pra saber se é em Porto Seguro, na Marcha Indígena dos 500 Anos do Brasil? Pois fui testemunha ocular de uma cena semelhante!
Outra coisa: se você pode me orientar, é que uma foto minha desta Marcha circulou nos jornais brasileiros e europeu, como se eu fosse uma índia da tribo tikuna, entrei em contato com a Folha de São Paulo e não obtive resposta! Tem como o Jornal retificar a informação sobre a foto?

Janu Schwab disse...

A gente organiza uma exposição dele, uai! Pq as fotos são muito, muito, muito boas.

Unknown disse...

Apesar de ser acreano não vejo que a primeira foto seja merecedora. Pois, aqui não lhe deram valor.
Prefiro a segunda foto ou a ultima.
As duas são de uma contraste ímpar.

Anônimo disse...

Ai qta historinhas pra escolherem uma foto!!!jejejejjee....
Altino,todas tem o seu valor...para a capa de um livro,gosto muito da 2gunda!bjo grande!

Iberê Thenório disse...

É enquete? Então também voto na segunda!

Leila Ferreira disse...

Original, o cara e bom mesmo..
Que pena que nossos representantes não saibam da o devido lavor merecido Paccó, seria uma grande exposição.
Altino você como sempre nos trás grandes supressas em seu blog

Altemar disse...

Ai gordinho, tô ligado. a Ana também leu este post e te procuramos no MSN sem sucesso ontem. Continuo preferindo a foto da invasão na estrutural (a quarta-pra quem não viu atentamente há um policial atrás do pai, da criança e do televisor) e a galera aqui também.
Valeu,

Ana, Clarissa, Baby, Dulce e Marlene

Bento Marques disse...

A primeira foto é a coisa mais linda que já vi na vida.
Que tenha uma exposição no Acre.

Unknown disse...

Rapa então esse caboco é meu irmão
como faço pra entra em contato com ele raimundolauriano@hotmail.com sou filho do Raimundo Laureano e irmão do Chico laureano e da Ana Maria

CLE disse...

adorei tudo o que vi e li,porque o Altino nao te ajudou ainda,nao entendi isso,ok

Toinho Bituri disse...

Altino,
Fiquei feliz em ter conhecimento do paradeiro de Raimundo Paccó. Trabalhamos junto no jornal O ESTADÃO DO NORTE, Porto Velho (RO), nos anos 80 e o tenho como um dos melhores fotógrafos do Brasil. Pena que ninguém saiba dar valor ao amigo Paccó. Um profissional do mais alto gabarito. Lembro-me da coluna que criamos no jornal - "Fotos e Potocas". Era uma foto com uma legenda. Um retumbante sucesso!!! Ficou a amizade e o respeito profissional.

ANTONIO QUEIROZ E/OU PROFESSOR QUEIROZ.