Deu no Blog do Josias:
"O PSDB optou por apoiar a candidatura do petista Tião Viana (AC) à presidência do Senado.
O líder tucano Arthur Virgílio (AM) já comunicou a decisão ao candidato petista.
Deu-se num telefonema disparado pouco antes das 22h desta quinta.
Antes, Virgílio discara para Roseana Sarney (MA), filha e coordenadora da campanha de José Sarney (PMDB-AP), o rival de Tião.
A deliberação do PSDB foi tomada em reunião realizada no Recife (PE), na casa de Sérgio Guerra (PE), presidente do partido.
Além de Virgílio e Guerra, participou do encontro o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Os outros senadores tucanos foram consultados pelo telefone. Exceto Mário Couto (PA). Em viagem ao exterior, Couto não foi localizado.
Há pouco, o senador Arthur Virgílio confirmou ao blog: "Nossa decisão está tomada. Apoiaremos o senador Tião Viana"
"Fizemos a opção que consideramos melhor e mais adequada para o Legislativo".
Ouvido pelo repórter, Tião disse que “o elo” do entendimento de sua candidatura com o tucanato “foi a carta-compromisso do PSDB”, que assinara e respondera na véspera.
“O PSDB me informou que não reivindica nada além disso”. E quanto aos cargos na mesa diretora e nas comissões do Senado?
Tião responde: “Esse assunto, o PSDB me informou que vai tratar dentro do que está previsto nas regras da proporcionalidade das bancadas.”
Sob a aparência de despredimento, o tucanato almeja pelo menos três cargos: a primeira vice-presidência do Senado e o comando das comissões de Economia e de Relações Exteriores.
São posições que, na véspera, Tião dissera aos tucanos que conseguiria prover.
A decisão do PSDB representa um inédito racha no bloco partidário que faz oposição a Lula no Senado.
Horas antes, o DEM formalizara o apoio a Sarney. Esperava-se que o tucanato fosse no mesmo rumo.
Mas as relações da cúpula tucana com Sarney haviam saído dos trilhos já na quarta, conforme noticiado aqui.
Embora lamente a opção do parceiro, José Agripino Maia (RN), o líder do DEM disse que a parceria com o PSDB não sofrerá abalos.
"Nossas convergências são permanentes e nossas divergêncis são pontuais", afirmou Agripino.
O PSDB dispõe de 13 votos no Senado. Noves fora o risco de traição, ao migrar para Tião, o tucanato injetou ânimo numa candidatura que, embora petista, Lula abandonara.
Os aliados de Sarney sustentam que, mesmo sem o PSDB, o morubixaba peemedebista já disporia de votos suficientes para prevalecer em plenário. A ver.
De perceptível, por ora, apenas a sensação de que, vitaminado pelo PSDB, Tião Viana voltou ao jogo".
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