20 anos sem Chico Mendes
Resumo do artigo "Movimentos sociais na Amazônia Brasileira: Vinte anos sem Chico Mendes", de autoria dos professores Elder Andrade de Paula e Sílvio Simione da Silva, da Universidade Federal do Acre:
"Governo do Estado do Acre, instituições do governo federal, Comitê Chico Mendes, representantes do sindicalismo rural e Rede Globo tomaram a iniciativa em 2008, de marcar através de uma série de eventos, os “vinte anos sem Chico Mendes”. As diversas encenações anunciadas procuram coroar em “alto estilo” uma monumental transmutação do legado revolucionário de uma das principais lideranças do sindicalismo rural na Amazônia brasileira, convertido em pacato “ambientalista”. O objetivo desta Comunicação é mostrar que essa transmutação foi habilmente articulada pelo Estado (no sentido ampliado) na tentativa de re-significar a natureza e a cultura para fins de legitimação da ideologia do “desenvolvimento sustentável” e assim, facilitar o processo de espoliação em curso na Amazônia. Nas conclusões, procura-se mostrar que apesar de bem sucedida no decorrer dessas duas décadas, essa estratégia começa a mostrar sinais de esgotamento, existem evidências de retomada da “voz” por parte de alguns movimentos sociais na região, como é o caso da Via Campesina. A abordagem está referenciada no método histórico comparativo e na análise de processos e fenômenos sociais vinculados ao ambientalismo internacional".
Clique aqui para leitura do artigo. As imagens que ilustram o artigo foram suprimidas pelo blog com autorização.
■ ATENÇÃO: hoje, a partir das 20 horas, no Teatro Hélio Melo, o jornalista e escritor Laurentino Gomes participa de evento organizado pelo projeto Sempre Um Papo.
Um comentário:
Caro Altino e Caríssimo Elder,
Mais um belo e provocante texto. Belo por sua forma e solidez, arte em letras, e provocante por apontar, como flexas, os verdadeiros rumos tomados pelo Estado nos últimos anos de nossa dramática história.
Movimento social atrelado a qualquer governo não é movimento social, é estagnação. Os mais afoitos diriam que é pelegagem e traição.
Bom trabalho
Lindomar Padilha
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