domingo, 12 de outubro de 2008

A TRISTEZA CIRCENSE

Elson Martins

Marcos Frota apenas teve a infelicidade de expressar seu descarado preconceito na frente de uma apresentadora de TV. Mas o sentimento é comum e antigo em pessoas que visitam o Acre com a idéia de usufruto pessoal, sempre intolerantes com nosso “atraso”. A lista de exemplos é monumental, e já devíamos ter aprendido algumas lições, para aproveitarmos melhor esse traço cultural que é nossa hospitalidade.

Aos estranhos que chegam com algum rótulo ou crachá do sul maravilha oferecemos tudo: passagem, hospedagem, comida, informação, sorrisos, tempo e energia para acompanhá-los às entranhas da floresta, dinheiro público para financiar projetos lá longe, aplausos, lisuras, títulos, reverências, cargos e salários... Ô povo danado de bom!

No passado, essas “figurentas” eram até mais atrevidas. Eu nem quero referir-me à “revoada de jacus” dos anos setenta e oitenta que continua criando ninhadas por aqui. O espaço desta página não seria suficiente. Vou buscar um exemplo de 1958, quando eu dava os primeiros passos no jornalismo com os colegas do Colégio Acreano Edílson Martins (hoje jornalista e produtor de TV) e Odacyr Soares (também jornalista que acabou se elegendo senador por Rondônia).

Leia mais na coluna Almanacre, do Página 20.

8 comentários:

Anônimo disse...

concordo com o Elson Martins...
uma curiosidade ouvi falar que um certo senador de Rondonia tem no Jardim de sua casa a corrente que um dia foi atravessada e cortada no rio Acre,essa que representa as marcas de uma revolução inacabada e que está marcada na vida de todo acreano..

Anônimo disse...

Altino, digo o que acabo de escrever na coluna do Elson: todo acusado tem direito a ser ouvido. O que diz Marcos Frota sobre o caso? Acho que isso está fazendo falta nesta cobertura toda.

Unknown disse...

Viva Nossa Senhora!

Gildson Goes disse...

VIVA!!!!!!!!!!!!!!!!

walmir.AC.lopes disse...

O Marcos Frota tem a mídia a seus pés e poderia expor sua versão sobre os fatos, na hora e da forma que quisesse. Se ainda não o fez é porque não quis ou aguarda o melhor momento, ou nenhum, já que palavras são mesmo eternas.
A suposta falta de civilidade do empresário, que segundo a repórter, referiu-se ao nosso Estado de forma ofensiva, foi marcante, gerando várias expressões públicas de revolta, que alguns podem denominar de BAIRRISMO. Prefiro a expressão ORGULHO CÍVICO, coisa que a grande maioria dos acreanos tem de sobra e que alguns personagens ousam desconhecer até sentirem na pele (ou no bolso) o resultado de tamanha ousadia.
De qualquer forma, o que passou, passou, mas vai enriquecer um pouco mais o cabedal de experiências do grande Frota, pois ta provado que nem sempre a Cinderela deixa um sapatinho com o Príncipe. Às vezes deixa uma tromba sem tamanho.

Anônimo disse...

A Jocely chegou ao consultório da médica Susie Pascoal, às 10h30min, e deu um show porque queria ser atendida antes dos demais. Isto porque é jornalista, é mais bonita, é top model, é socyalite e, segundo ela, viajaria logo em seguida para São Paulo, o que não é coerente, porque os vôos para aquela cidade não saem nesse horário... Ela criou uma tremenda confusão, mas a médica foi democrática e não atendeu à antipatia dela.
O Marcos Frota teria realmente dito alguma coisa de tão grave, ou é mais um "piti" da dondóca porque demorou dez minutos esperando o ator?

ASA - Agência SocioAmbiental disse...

Prezado Altino, fico triste ao ver tal declaração sobre essa terra que tem as pessoas enraizadas na cultura da floresta. Sou um fã dessa terras desde os tempos que estive por fazendo pesquisas no Alto Juruá. Esse dono de circo do sul maravilha só merece um sentimento do povo do acre, "o desprezo"! Veja não é por causa de "um babaca" que o acreanos devem tirar o sorriso da cara para os visitantes ao seu belo território. Abraço
Benedito D. Amaral

Anônimo disse...

Sou fã do Elson Martins. É um príncipe. Diz tudo com a leveza de sua caneta, sem recorrer à faca amolada. Parabéns pela matéria!