sexta-feira, 21 de março de 2008

BENDITO

Na quarta-feira Jesus com seus discípulos
Foi a Oliveira, foi a Jerusalém
Foi a Páscoa, meu Jesus com seus discípulos
Que padeceu a favor de nosso bem

Na quinta-feira Jesus banhou os pés
Com grande gosto, prazer e contentamento
Depois da ceia, meu Jesus restitui-se
Com grande gosto meu Santíssimo Sacramento

Na sexta-feira Jesus subiu ao horto
Foi rezar três horas de oração
Encontrou Judas na frente de uma tropa
Já vinha ele de alferes capitão

Judas pelo lado direito
Com falsidade lhe beijou devidamente
Jesus disse: - Eu conheço a falsidade
Com este beijo que agora tu me destes

Neste dia Nossa Senhora chegou
Às oito horas, Sexta-Feira da Paixão
Encontrou-se com o seu filhinho preso
Madalena, ó que dor no coração

Depois de Jesus Cristo arrastado
Cobriram ele em trono pequenino
Lhe botaram uma coroa na cabeça
Era tecida com 72 espinhos

Daí saíram com Jesus à rua estreita
Certamente a rua da amargura
Encontrou-se com a Sempre Virgem Maria
Era sua mãe que chorava com ternura

Ó, minha Mãe, que por mim tanto chorava,
Sendo ela Maria e Madalena
Quando eu cuido que vinha em meu socorro
Cada vez mais redobrava a minha pena

Chegou Longuinho com a lança e cravou
No peito esquerdo, em cima do coração
Quando o sangue lhe batia pelo rosto
Se ajoelhou, a meu Deus pediu perdão

De autoria anônima

3 comentários:

Saudades do Acre disse...

Caro Altino. Um domingo, normalmente, já não é um dia qualquer, dada sua relevância para nós, ao menos para a grande maioria de nós, como tempo de refazimento das energias consumidas durante a luta semanal. Outra característica deste dia especial é a oportunidade que ele nos oferece de comungar-mos mais efetivamente das delícias da convivência em família, ou com os amigos mais próximos, eventualmente com nós mesmos através da reflexão, e com Deus através das atividades religiosas.
Em se tratando de um domingo de páscoa, essa relevância se dilata, mormente para as hostes cristãs, que celebram neste dia, encarnada na ressurreição de Cristo, a vitória da vida contra a morte, um dos fenômenos supra-racionais como tantos outros ocorridos antes e depois, cuja transcendência e lógica especialíssima desafiam a racionalidade filosófica há mais de dois mil anos, gerando mote para algumas teses ateístas, através das quais associam indevidamente a inexistência do Divino à sua própria limitação intelectual para interpretá-lo. Talvez moral, e certamente espiritual, para senti-lo. Feliz Páscoa a todos, inclusive aos ateus, pois eles também são nossos irmãos, criaturas de Deus.

Anônimo disse...

Muito legal esse texto!! Estou procurando ele a muito tempo! Obrigado. Conheci esse texto na forma de um Hino que foi cantado no final de um trabalho do Santo Daime...Aonde você conseguiu ele?
Um grande abraço.

ALTINO MACHADO disse...

No Centro de Iluminação Cristã Luz Universal (Ciclu-Alto Santo) - o único da doutrina do daime que foi fundado por Raimundo Irineu Serra.