terça-feira, 16 de outubro de 2007

AC TEM MELHORES SALÁRIOS QUE SP

Mas o custo de vida é mais elevado

O Blue Bus, um dos sites mais visitados pelo povo da propaganda e marketing, além de jornalistas, destacou o seguinte comentário do leitor Richard Jakubaszko:


- Há um grande engano nesse raciocínio de 'salários melhores', seja no Acre ou mesmo no Brasil-Central, materia da Folha de ontem (aqui), assunto levantado no Blue Bus pelo leitor Pedro Mendes (aqui). Os salários até podem ser melhores, mas pouca coisa, e apenas em alguns segmentos, mas o custo de vida é mais alto do que em Sao Paulo ou Rio de Janeiro. Lá, o aluguel é mais barato, e a mao-de-obra (médicos, dentistas, diaristas, mecânicos etc), e os alimentos locais típicos. Mas os alimentos 'importados' do Sul e Sudeste, os industrializados, sao muito mais caros, pelo transporte e pela inclusao de mais atravessadores. Assim também roupas, eletro-domésticos, remédios, tudo é mais caro por lá. A classe média, lá no Acre, portanto, tem um custo de vida mais elevado do que em Sao Paulo.

A questão gera polêmica. No município de Santa Rosa do Purus, por exemplo, o litro de gasolina custa R$ 8,00. Alguém sabe informar quanto custa o quilo de sal ou açúcar no alto Taraucá? Ou uma lata de leite ou óleo no alto Juruá? E o preço da pólvora? Em algumas localidades do Acre não basta ter dinheiro para que se possa comprar e medir o custo de vida. Ninguém tem despesa com aluguel de casa ou escola particular em Santa Rosa. Quem se der ao trabalho de pesquisar, vai constatar que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que é a medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores, era usado no Acre pelos petistas contra seus adversários políticos. Agora o IDH é considerado insuficiente e injusto pelos petistas. O governador Binho Marques está criando o IDH da Floresta. Portanto, sendo a relação com dinheiro tão diferente, como comparar?

3 comentários:

Anônimo disse...

Comentário de igual teor foi postado em teu próprio blog, Altino. Tá lá no texto do Luciano Martins:

Anônimo disse...

Sobre rankings, Luciano, ainda se deve considerar a metodologia adotada na definição das tais cestas básicas. Evidente que existem diferenciação quanto aos itens, mas os preços no Norte, onde o que se usa anda milhares de km em caminhões, são elevadíssimos o que poderá compensar os itens retirados. Por outro lado, existe um padrão de consumo em comunidades como a de Rio Branco que anda colado nos padrões do sudeste, principalmente, quando se trata de famílias de classe média. Apenas para lembrar, a metodologia que serve de base para esses cálculos de cestas básicas tem parentesco com a mesma que apoia a definição do salário mínimo regional.

12:54 PM

Anônimo disse...

O preço: a vida

O preço mais alto que se paga é dos serviços básicos de saúde e educação inexistentes no interior,sem contar com o alto custo das passagens aéreas, que sempre temos que pagar para sermos socorridos em Rio Branco em centros de saúde e hospitais de baixa qualidade,que em qualquer país sério já teriam sido fechados.Portanto, estamos pagando com a vida o preço do atraso social.

Anônimo disse...

Índices permitem a comparação com outros estados e governos. É inevitável.
Quando os índices marcam ponto para os governos, são comemorados, quando prejudicam sua imagem são desdenhados. Faz parte.