quarta-feira, 16 de maio de 2007

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ACRE

"Ilmo. Sr. Altino Machado,

Quero cumprimentá-lo pela publicação do post “As Últimas” no seu blog, ontem, especificamente sobre o caso do vazamento de informações ocorrido no Tribunal de Justiça do Acre.

Cumprimento-o porque visualizei na postagem da notícia uma certa preocupação de vossa senhoria na segurança das informações gerenciadas pelo Tribunal de Justiça do Acre. Preocupação essa que deveria ser de todo e qualquer servidor do Poder Judiciário acreano, sobretudo de seus dirigentes.

Como funcionário deste Poder, sinto-me envergonhado perante a sociedade de tal fato ter ocorrido numa instituição que deveria ser exemplo de probidade, transparência e seriedade. E lhe envio esta mensagem, para a qual peço anonimato, por não saber a segurança que tenho em manifestar minha opinião diante do fato.

Não quero aqui entrar no mérito e nas razões que o "misterioso" funcionário teve para vazar tal informação. Dinheiro? Prestígio? Digo misterioso, entre aspas, porque na verdade corre à boca miúda o nome de pessoas que fazem isso de dentro do Tribunal de Justiça, inclusive com relacionamento estreito com essa imprensa marrom.

O fato é que isso é grave e deve ser apurado com a responsabilidade que é esperada de um Poder Judiciário. Como aconteceu este caso, podem acontecer outros.

Estamos entre cobras? Isto fere abruptamente o Estatuto dos Servidores do Poder Público Acreano. E me pergunto: E agora? Algo será feito?

Mais uma vez obrigado Sr. Altino Machado, por podermos utilizar esse veículo que, mais do que de comunicação, é de desabafo".

Concordo plenamente com o missivista, que se refere à notícia deste blog de que a direção do Tribunal de Justiça do Acre está empenhada em identificar o funcionário que acessou o banco de dados e enviou ao site AC 24 Horas uma cópia do processo que tramitava em sigilo contra o procurador de justiça Oswaldo D'Albuquerque Lima, acusado de espancar a esposa e que não foi punido pela Lei Maria da Penha. O site dirigido por Roberto Vaz removeu hoje a reportagem sem explicação. Não sou contra a divulgação do caso, mas o que não se pode admitir é que informações sigilosas do Tribunal de Justiça sejam manipuladas por chantagistas. A sociedade espera uma providência dos desembargadores, pois não é justo que pessoas se tornem refens de punguistas atuantes na instituição.

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