Comentário da historiadora Fátima Almeida no post No Acre:
"Essa senhora, Júlia Feitosa [representante do Comitê Chico Mendes], com quem nunca troquei uma palavra em toda minha vida, sempre me pareceu, a uma saudável distância, uma mera ajudante de ordens. Ela e os outros não têm a menor representatividade. Eles se identificam como sendo do "movimento", uma senha para entrar e sair dos gabinetes, distribuir cargozinhos e dar suporte aparentemente legal às decisões tomadas pelos autocratas do partido.
Todo fim de ano fazem um showzinho à parte, em memória de Chico Mendes, e desfilam com camisetas pelo café da elite riobranquense, numa atitude tipicamente fascista, exclusiva e excludente. Nunca promoveram um dabate sequer. Mas seria importantíssimo a sociedade saber quanto a CUT recebe do repasse anual da contribuição sindical a que estamos obrigados todos os trabalhadores deste país, e como essa grana é administrada aqui no Acre por esses parasitas".
5 comentários:
Senhora Fátima, a senhora fala numa tonalidade que, mesmo sem conhecê-la a gente sabe que a verdade se instala nas suas palavras. Sem receios de desagradar, sem temeridades. Daqui do Vale do Paraíba, mais precisamente de Taubaté, a gente só tem que louvar suas palavras. Nós da Unitau, pensadores e preocupados com a Amazônia, ou se abriga e acredita nas suas análises, ou devemos esquecer de vez as lutas populares tão bem desarticuladas pelo torneiro mecânico que nos preside.
Até quando?
Até quando um povo unido jamais será vencido?
Parabéns pela coragem sem arrogância. Pela defesa da vida, enquanto vida houver.
Taubaté, 5 de abril de 2007.
Professora Fátima Almeida,
Antes de acessar esse blog estava lendo um artigo sobre desenvolvimento, do professor Oswaldo Sevá,no qual ele cita o professor Milton Santos," que primeiro entre nós apontou claramente a "morte da política", da política na qual todos sempre lutamos, da política dos partidos, dos sindicatos e associações, dos movimentos e entidades, já que no campo de batalhas vai sendo tomada pela política feita no interior das classes e empresas dominantes e pela política feita por elas junto às máquinas públicas e junto aos setores sociais co-optados."A senhora tem um pensamento crítico pelo qual me oriento, desculpe o anônimato, sou estagiário no estado.
Desculpe o "anônimato",professora e também leia tomado ao invés de tomada.O anônimo estagiário.ANONIMATO.
Eh Fátima, minha amiga, esquerda ou direita, sempre pensei que só existe a eterna luta pelo poder central, onde em lá chegando tudo se transforma antigar convicções mudam e só funciona a lei da "força da grana que ergue e destrói coisas belas"- vide Caetano in Sampa.
Não haveria texto mais preciso a respeito da júlia feitora que esse da fátima. Parabéns professora!
Postar um comentário