No Acre, até as organizações não governamentais operam em sincronia com o governo estadual. Hoje cedo, por exemplo, muita gente recebeu convite da Comissão Pró-Índio (CPI) do Acre e da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas, para a inaguração, na sexta-feira, do novo espaço do Centro de Documentação e Pesquisa Indígena.- Caros amigos, por conta de agenda do governo, fomos obrigados a adiar essa tão esperada inauguração. Assim que tivermos com nova data marcada, enviaremos a todos - informou Dedê Maia, da CPI, agora á tarde.
O atraso do Acre pode ser medido pelo grau de dependência da sociedade em relação aos governos e governantes.
2 comentários:
Altino, na realidade isso é uma questão de semântica. ONG, quando atende a interesses subalternos pode ser também interpretada como Organização Notadamente Governamental, Ociosos Nadando na Grana, Obedeçam Nosso Governador e por aí afora. Ora bolas, ou procurem se encaixar corretamente na agenda governamental ou inaugurem sem a presença de representante do governo. Prá que pagar esse mico?Isso aí não é pro povo? O governador tem mais o que fazer. Depois com certeza, homem da Cultura que é, ele passa lá e visita. Minha gente, até prá puxar saco tem que ter competência!!
Altino:
Nós dependemos mesmo do governo para tudo. Imagino que a situação nos outros estados brasileiros não seja muito diferente.
Aprendemos a nos encostar no Estado e isto é visível em todos os aspectos e setores da sociedade: desde o pobre atendido pelo bolsa-família até o mais rico empresário que corre atrás de incentivos e isenções fiscais. As organizações civis organizadas mais parecem extensões das secretarias de estado do que entidades autônomas.
De qualquer maneira, melhor existirem assim do que não existir nada.
Postar um comentário