sexta-feira, 3 de março de 2006

GAROTINHO DE RUA

Antony Garotinho visitou o Acre hoje e fez declarações típicas de menino de rua:

- Vou rever a política ambiental para a Amazônia, especialmente a criação de reservas ecológicas. Dizem que tem que preservar, mas o homem está morrendo de fome. Vou construir hidrelétricas e minha meta é manter a atividade econômica com equilíbrio ambiental.

O deputado estadual Moisés Diniz (PCdoB) disse que as afirmações, por não terem vindo de um cidadão comum, não representam uma variável democrática da diversidade de idéias.

Diniz lembrou o recente alerta de cientistas ligados à ONU sobre o acelerado aquecimento do planeta, trazendo a seca, a desertificação e os furacões.

- É a opinião perigosa de um candidato a presidente da República. Isso deve alertar todos aqueles que estão vendo a voraz destruição do Planeta. Todos ainda lembram do que sofremos no ano passado. Esperamos que respeitem a decisão popular. No Acre, o povo quis esse modelo de proteção dos recursos naturais e já o aprovou pela segunda vez aqui - disse Diniz.

Pouca vezes se viu no Acre tantos "ex" como havia hoje no palanque de Garotinho. Aquela gente que anda morrendo de saudade dos tempos em que podia meter a mão impunemente na cabaça pública.

8 comentários:

Anônimo disse...

Não se trata de uma declaração dos pontos de um programa de ação de governo, é uma ameaça.

Dita no Acre, revela a consciência que o candidato tem da fragilidade da prórpia candidatura.

Anônimo disse...

Altino, poupe-me do seu preconceito com meninos de rua. Quizer atingir algum politico, critique a estupidez do sujeito em questão.

Anônimo disse...

A cada dia que leio seu blog fico mais decepcionado contigo, você é muito preconceituoso caro "reporter".

Anônimo disse...

Oh! Garotinha, defensora de gênero, dos frascos e dos compromidos. Poupe-me tambem do simulacro de Robin Hood que você tenta encarnar.

Anônimo disse...

Vneno, você é muito chato. Descobriu o blog e não pára de deixar comentários tolos. Aqui vai uma dica: pára de ler o blog. Eu agradeço.

Anônimo disse...

A reação da Marisa ao título do texto levanta aspectos interessantes e alguns que, normalmente, não são objeto do interesse das discussões sobre a questão social brasileira.

a) A posição da Marisa assemelha-se a uma piada que circulou na internet, logo após ao ataque às torres gêmeas, no 11/9. Segundo tal piada, depois de tanto o primeiro ministro espanhol ser chamado filho da puta, por apopiar a invasão ao Iraque, as prostitutas espanholas emitiram comunicado negando qualquer comprometimento com a existência do político. A mensagem da Marisa, além de negar que o político carioca faça parte dos meninos de ruas, insinua que dizê-lo parte do grupo constitui uma ofensa aos "meninos". Por isso, pelo menos assim entendo, a consideração de que o Altino resvalaria para o preconceito ao fazer a comparação.

b) Tem um segundo aspecto que labora não favoravelmente a posição de Marisa. Afinal o que é essa "categoria social" denominada de meninos de rua? Para que e a quem serve denominar crianças que vivem a esmo, sem nenhuma cobertura de segurança de qualquer natureza? Crianças a quem a denominação de criança é negada pela "forma de viver". Isso quando se considera que criança é, num entendimento amplo e presente em muitos grupos sociais ou em sociedades as mais diferentes, um elemento de base na construção da idéia de futuro e de reprodução dos grupos sociais e das sociedades em geral.

Criada a denominação, formulam-se leis, normas, codificam-se tipos de relacionamento entre tais grupos e a sociedade e suas instituições como se sua existência beirasse às condições naturais do humano viver. Na codificação atual, as crianças que compõem esses grupos exercitam sua liberdade de escolha, vivem como querem viver e a ninguém é dado o direito de alterar essa decisão. Os governos, os níveis de governo agem a partir daí através de políticas públicas.

Muitos dormem bem dada essas condições idealizadas de um novo grupo social, dessa nova categorial social. Estranho que não se exercite, também, o direito de criticar as raízes de uma sociedade que libera seus meninos e meninas para viverem essa "liberdade" absoluta, porque descompromissada com o presente e com o futuro. Somente uma sociedade incapaz de oferecer futuro nenhum para parcela dos seus membros pode pensar assim. Tomar a existência do que denominam como "meninos de ruas" como um mero dado da realidade, por isso, alguma coisa beirando a naturalidade, chega aos limites da obscenidade. O que existe, em verdade, são meninos que vivem nas ruas. E pessoas vivendo na rua, sem a segurança da habitação, da alimentação, da escola como fundamento dos processos integracionais é o resultado perverso da forma de funcionamento do sistema no qual estamos envolvidos. Visitando um grupo tribal que viva na Amazônia ou no Centro-Oeste e veremos o cuidado e a forma estratégica dada aos meninos e meninas. Ali não existem meninos abandonados. Estes só começam a aparecer nas interfaces que se vão formando entre cada comunidade com a sociedade nacional.

Sintetizando: não existem meninos de rua. Existem meninos abandonados, vivendo nas ruas. Não existe, portanto, um grupo social a ser defendido pela sua existência mesma. A posição política correta é o abandono da denominação oficial e a denúncia das fontes da sua existência como um mero recurso ideológico.

c) Um terceiro ponto deveria funcionar como compreensão ou a favor do texto do Altino. A vivência nas ruas, pelo menos até onde sei dessa realidade, é espaço de uma "terra sem lei". Alí sobrevivem os mais violentos - alguém poderá dizer, os mais fortes, não acho que seja - sobrevive os mais espertos. A regra, se alguma coisa pode ser vista como tal, é a completa incompreensão do que entendemos como valores. Prevalece a dissimulação, a promiscuidade, a defesa pura e simples dos interesses individuais e, principalmente, interesse imediato. É matar ou morrer. Na linguagem sociológica se diria desses comportamentos como estratégias de sobrevivência.

Finalizando: a reação da Marisa é referência, a meu juízo, a uma ampla reflexão. As candidaturas às próximas eleições presidenciais brasileiras também. Alguns candidatos nem mereceriam muita conversa.

Mário

Anônimo disse...

"Querido" Mário! que maravilha de texto, de onde copiou? Bem! acho que já pode candidatar-se pois tens o dom da palavra e da escrita, já que o nosso colega Altino tem suas respostas atacando-nos
de "chatos" e "defensora de gênero, dos frascos e dos compromidos" desrespeitando nosso ponto de vista.Veja um pouco mais abaixo em seu blog o que o mesmo pensa do "HOMEM ACREANO"

Anônimo disse...

De fato, as ideologias "atadas" ao jogo de palavras são reveladoras... Mas, polêmicas à parte, no caso de Garotinho a questão é de conceito mesmo. Xô. Joga sal grosso nas costas dele, povo acreano, e nem dê papo porque já deu pra ver que de floresta parece que ele só conhece a da Tijuca. Ele quer ser presidente? Vide o Rio de Janeiro, onde, parece-me que ele é secretário de segurança da esposa dele, a Rosinha, é isso mesmo? Sei não, os diminutivos... eu não ponho fé. Me lembram a Hebe falando "gracinha"... Eu, hein!?...