quarta-feira, 23 de novembro de 2005

DEU NO COMUNIQUE-SE

"Me arrependo do que fiz", diz Ronaldo Maiorana

Da Redação

“Agredi sim, fui infantil, errei. Ele prestou queixa e eu paguei por isso. Me arrependo do que fiz”. Ronaldo Maiorana, diretor-editor do jornal O Liberal, disse, em entrevista ao Comunique-se na noite desta segunda-feira (21/11), que todos os processos que tem contra o jornalista Lúcio Flávio Pinto correspondem ao direito que tem de defesa. “Há 19 anos que ele (Lúcio Flávio) me ofende, ofende meus pais e minha família. O Lúcio nunca me procurou para ouvir o que eu tenho a dizer. Nunca exerci meu direito de resposta”, queixa-se o empresário e jornalista. Ele agrediu Lúcio Flávio no início deste ano, num restaurante no Pará, e condenado pela Justiça a pagar R$ 6,5 mil em cestas básicas para instituições de caridade.

Maiorana foi procurado nesta segunda pela nossa redação para falar da ciberação que as Redes de Jornalistas Ambientalistas Brasileiros e de Jornalistas da Amazônia (Cipó) e da ONG Ecologia em Ação prepararam pedindo o fim da perseguição ao editor do Jornal Pessoal, que não pôde viajar para Nova York para receber o Prêmio Internacional da Liberdade de Imprensa, concedido pela organização Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ - Committee to Protect Journalists). Juliana da Cunha Pinto, filha de Lúcio Flávio, está nos Estados Unidos representando o pai.

“Ele não viajou porque não quis. A Justiça do Pará não o impede de sair do País. O Lúcio adora se fazer de vítima”, rebateu Maiorana.

O diretor-editor se diz a favor da liberdade de expressão, mas lembra que a Justiça lhe garante o direito de processar quem ofender sua honra. “O Lúcio já chamou minha mãe de p... e meu pai de contrabandista. Não posso ler isso e ficar calado”.

O Comunique-se abriu espaço tanto para Lúcio Flávio Pinto quanto para Ronaldo Maiorana conversarem com os usuários do portal sobre toda essa questão e também sobre suas carreiras no jornalismo. Lúcio Flávio participa do “Papo na Redação” no dia 01/12, às 15h, enquanto o chat com Maiorana acontece no dia 07/12, às 17h.

2 comentários:

Anônimo disse...

Acompanho pelo noticiário essa contenda entre o Lúcio Flávio e familiona de bacanas aí do distante Pará. Começando pelo apoio das entidades e ONGs que estão ajudando e denunciando a fantasiosa idéia do jornalista não poder dar um pulo nos EUA ou onde for para receber um prêmio por haverem processos, acho irrelevante, para não dizer pueril. Já o colega Lúcio Flávio merece consideração e respeito só pelo fato de conseguir manter um jornal pequeno, coisa que até aqui no eixo Reio/São Paulo é uma bravata. Li alguma coisa de sua publicação contra o pessoal do jornalão e emissoras. Lúcio pega pesado. Se tem culpa, se cometeu calúnia, injúria ou difamação, não tenho como saber, se me lembro não o vi chegar a tanto, no pouco que li.O fulano do O Liberal botou os pés pelas mãos e tomou a merecida reprimenda que a Justiça achou oportuna, ao condena-lo por agressão. Que fique esperto.Mas, voltando ao que trata a última informação, acho bobagem esses "argumentos" aí dessa turma que me parece meio festiva. Sugerir que qualquer pessoa ou entidade não entre na justiça a seu arbítrio é idéia que me parece espantosa.

Anônimo disse...

Thomaz, a idéia te parece absurda porque não acompanhas os detalhes. O Lúcio mantém o Jornal Pessoal com muitas dificuldades financeiras, como deves imaginar. Essas dificuldades estendem-se ao fato de não poder pagar um bom advogado. Além disso, a maioria dos advogados do Pará recusa-se a defendê-lo. Então, ele mesmo acaba se dedicando à própria defesa. É por isso que não pode sair. Para você ter uma idéia, da última vez que ele se ausentou, quase perdeu o prazo para encaminhar um recurso, o que quase lhe rendeu uma condenação. Está muito difícil para ele. E é por isso que estamos em campanha.

Abraço.