sexta-feira, 26 de agosto de 2005

O IPÊ DO TOM-IN


Trimmmmmmm! Trimmmmmm! Trimmm!
- Alô!
- O Toinho está impossibilitado de telefonar e quer falar contigo.
- Onde ele está? No escritório ou na Terra?
- Na Terra.
- Ok. Vou ligar agora.

Em seguida telefonei pro jornalista Tom-in Alves:
- Diga!
- Rapaz, estou aqui na Terra, sem grana, o telefone só recebe ligação, mas o ipê está floridão. Dou meio "mói" de tabaco se você vir me buscar e tirar fotos do ipê.
-Ok. Negócio fechado. Daqui a pouco, estarei na Terra.

Ao chegar, Toinho estava acocorado, com as costas apoiada na parede da casa de madeira. Levantou-se e fiz a foto acima enquanto recolhia dois paus que supostamente poderiam competir com a imagem de seu majestoso ipê.

Fomos almoçar arroz, feijão e mandi frito. Depois, deixei Tom-in no escritório dele, cuja energia elétrica estava cortada, e recebi o "mói" de tabaco.

Esse tabaco participou de uma feira de produtos regionais em Brasília e São Paulo. Ao voltar para o Acre, alguém se livrou doando-o ao Tom-in.

Ele estava com medo de fumar porque o tabaco estave no Congresso quando o deputado Roberto Jefferson prestou o primeiro depoimento.


Tom-in, o fumo é bom. A fumaça dele é mais saudável que a das queimadas das florestas. Venha buscar a outra metade do "mói".

Quem quiser saber a respeito do ipê do Tom-in Alves deve acessar o blog O Espírito da Coisa.

6 comentários:

Anônimo disse...

Ei Alt, o que aconteceu com a chuva ácida? Ou você teletransportou a foto? Olha, pelo jeito, pra você e seu amigo, "aluado" é pouco... rss rsss..... Falando em reggae, mando aí pra essa festinha o Peter Tosh com "Na Goa Jail". (Em tempo: "mói"?)

ALTINO MACHADO disse...

Gisela: uma peça de tabaco é chamada na região de "mói" = molhe = feixe pequeno braçado. Ex.: molhe de ervas, de lenha, de rosas, de chaves; conjunto de coisas unidas; penca. Portanto, um "mói" de tabaco, como dizemos no Acre, seria um feixe, um conjunto de folhas de fumo unidas, amarradas, entrelaçadas. Fui claro? Um abraço.

Anônimo disse...

(MIDIs) Depois de meses, ontem me disse: “hoje vou comprar um disco”. Subo até a loja e o cara: -Quanto tempo! Tem umas coisas aqui que vc gosta, olha só esse Chet Baker. (Chet Baker??? Ai, socorro!!!) (mas pô, 40 paus? Tô sem grana. E esse aqui do Elvis?) –Ah, esse é ótimo. Gravação original, sem remix. E tem “Suspicion”. (“Suspicion”? Oh, temptation!) (“Temptation”? Ai que saudades do meu vinil “Blue Valentine”! Aquela cena underground da capa, acho que era um posto de gasolina. Tem o CD aí?) –Ah, isso é coisa rara! (Hum... que pena.) (Então vai tocando o Elvis enquanto eu olho mais. Mas eu só posso comprar um disco apenas, meu cartão de crédito deve estar bloqueado) –Deixa eu ver... Tá não, tá liberado.. rsss. (Sei... Ih, olha só, Buddy Guy! Nunca mais ouvi esse violão na tardezinha enquanto vai passando o grande rio.)) (Ih, de novo, Peter Tosh! Põe mais esse aí na pilha))))) –Você não vai se arrepender. (Oba! Brasileiro bom-bom, Chico César: “Aos Vivos”) (“deve ser legal ser negão no Senegal...” - “percebam/ que alma não tem cor...” Pilha)))))))) ***Caro professor de acreanês, responda-me: o amigo da loja me enrolou bem, né? Então já sabe: se eu sumir da blogosfera é porque não paguei a conta de telefone. De qualquer forma, ficarei em boa companhia também. Mando como pagamento pelas aulas o “mói” de poesia de Chico César e Itamar Assumpção: “Dúvida Cruel”. Adoro o Chico! (Ah, sim, o Chet Baker. Deixei lá escondidinho. Daqui a pouco passo para roubá-lo.) Outro abraço.

ALTINO MACHADO disse...

Gisela, professor de acreanês é... Na última vez que contei, havia por aqui mais de 750 CDs de boa música. Acabei com esse infortúnio de não encontrar o que quero nas lojas de discos da city ou de não ter dinheiro suficiente para comprar tudo o que me agrada quando encontro. Há mais de um ano aderi à pirataria utilizando uma tecnologia que existe na internet chamada bittorrent. Baixo os CDs completo. Alguns vêm até com fotos das capas. Já baixei mais de uma centena. A última piratada foi o songbook da Ella Fitzgerald. Quando quiser copiar o que tenho de boa música, estarei ao seu dispor. Um abraço do Nestor.

ALTINO MACHADO disse...

Gisela, o songbook da Ella Fitzgerald é composto de 16 CDs. O Elson Martins já levou cópidas dele e não pára de ouvir.

Anônimo disse...

Taí Altino, todo bom professor sempre tem uma ótima biblioteca e deixa seus alunos piratearem à vontade. Obrigada mesmo, e olha lá que qualquer hora resolvo abusar de sua gentileza: minha preguiça tecnológica não permite que me aventure por essas novidades todas. (Hã? Conheço um outro Nestor que também não é Nestor e que também pirateia pelos mares de bites. Mas essa é uma longa história.) Salve Ella!