terça-feira, 26 de abril de 2005

CRUZEIRO


Olá Altino!

Tudo bem? Legal teu blog. Eu já o tinha visitado antes. Quanto à lua... Linda essa lua no Acre. No alto, parece uma marionete dos deuses! Adoro a lua. Ela sempre me emociona!

Vou participar de uma expedição de pesquisa do IBAMA/CEPSUL, que sairá nesta semana, no navio Soloncy Moura, para investigar o estoque pesqueiro da lula conhecida como calamar-argentino, na costa de Santa Catarina, entre 200 e 500 m de profundidade, utilizando como petrecho de pesca a rede de arrasto-de-fundo.

Esta espécie de lula se distribui desde o sul da Argentina, onde é intensamente pescada por vários países (Japão, Espanha, Inglaterra entre outros) até o Rio de Janeiro.

Identificado como um recurso pesqueiro potencial na década de 70, pela extinta SUDEPE, somente a partir de 2000 vem sendo objeto de uma pescaria dirigida por parte de arrasteiros duplos nacionais e arrasteiros simples estrangeiros, arrendados, que desembarcaram mais de duas mil toneladas entre 2001 e 2003.

Esta espécie é utilizada como isca para as pescarias com espinhel-de-superfície, dirigidas à atuns, espadartes e cações, assim como é exportada para o mercado asiático e europeu.

O estoque explorado comercialmente no Brasil, encontra-se principalmente entre Florianópolis e o Cabo de Santa Marta Grande (SC), correspondendo ao grupo reprodutivo de inverno, que migra de águas do Uruguai e norte de Argentina, onde possui sua área de alimentação.

É uma espécie de ciclo de vida anual, e os diferentes grupos de desovantes apresentam grandes flutuações interanuais em sua biomassa, associadas principalmente a processos oceanográficos, que influenciam no sucesso reprodutivo e no próprio recrutamento.

Sendo assim, em alguns anos as capturas poderiam atingir milhares de toneladas e ser insignificante em outros. A gestão deste recurso deve considerar que a associação de uma exploração intensa e condições ambientais adversas possam levar a colapsos do recrutamento.

A pescaria do calamar-argentino no sul do Brasil pode causar determinados impactos sobre o recrutamento de estoques explorados tanto no Brasil, como no Uruguai e Argentina e, portanto, deve ser tratado como um estoque compartilhado, onde os estudos devem ser dirigidos ao melhor conhecimento de seus ciclos migratórios e a previsibilidade de seus rendimentos anuais.

Beijos!

Roberta A. Santos

2 comentários:

Anônimo disse...

ula lá, que bonitona !

Anônimo disse...

ola gostaria de poder entrar en contato com a roberta ok omeu emal e gisbrasilia@yahoo.com.br sou floresteiro e gostaria de saber da expediçao que ela fez junto com o pesoal do ibama ok grato