terça-feira, 25 de janeiro de 2005

MEMORÁVEL GROSSERIA

O paranaense Luis e a acreana Janaina são casados e moram em Curitiba. Ele cursa o último ano da faculdade de turismo e ela é formada em farmácia.

Na semana passada, desembarcaram em Rio Branco com a filha Iara, de oito meses, para apresentá-la aos parentes acreanos.

Beto, irmão de Janaina, saiu com o casal e a bebê na manhã de segunda-feira para mostrar-lhes as obras do governo estadual que transformaram a paisagem e a vida de quem vive em Rio Branco.

O casal ficou encantado com o que viu no Parque da Maternidade e na Gameleira, mas isso se desfez com a recepção que tiveram por volta das 10h30 no Memorial dos Autonomistas.

Havia alguns quadros em exposição e um homem e duas mulheres postados no salão, vestidos com camisetas do Museu da Borracha. Eram os recepcionistas do lugar.

Depois de percorrer o ambiente e apreciar os quadros, Luis se dirigiu ao homem e quis saber mais a respeito do artista e do tema das obras.

- Aqui, nós não trabalhamos explicando nada. O que é pra saber está tudo escrito lá. Vá lá e leia.

Calado, Luis se ausentou da presença do marmanjo. Como havia achado bonita a estampa das camisetas dos recepcionistas, antes de deixar o Memorial ele se dirigiu à uma das recepcionista para saber onde poderia adquirir daquelas camisetas ou suvenir do Acre.

- Nós não sabemos informá-lo. O senhor procura por aí que talvez encontre.

Luis é guia de turismo em Curitiba e a família dele é dona de uma respeitada agência de viagem na cidade. Ele e a família já visitaram vários países, mas nunca foram tão maltratados como ali.

Conheço o casal, que acaba de telefonar para avisar que visitou o Museu da Borracha e foi bem tratado pela recepção.

Quem prepara e comanda o pessoal da recepção do Memorial dos Autonomistas deveria tomar uma atitude de desagravo pela memorável grosseria.

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