Bom dia, leitores
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Mensagem enviada pelo mitômano na noite de sábado (6) para meu celular |
Já vi o então governador Jorge Viana ser acusado no jornal A Gazeta de ter mandado os homens dele estuprar uma filha do então editor Jaime Moreira.
Já vi o casal de deputados Edvaldo Magalhães e Perpétua Almeida acusado na imprensa como consumidores de cocaína e promotores de orgias sexuais em sua casa. Magalhães chegou a fazer exame com resultado negativo para contestar a vilania.
Já vi o então senador acreano Geraldo Mesquita ocupar a tribuna do Senado (
veja) para denunciar um complô que o acusava de pedofilia.
Já vi a chefe do cerimonial do governo do Acre, Nena Mubarac, sendo acusada injustamente de envolvimento com uma rede de prostituição e pedofilia e sendo ameaçada de prestar depoimento numa CPI do Congresso.
Já vi o poeta Mauro Modesto sendo acusado durante meses na imprensa de ter estuprado uma criança de três anos, ser convocado a depor numa CPI da Pedofilia, na Assembleia do Acre, e lá descobrirem que um outro Modesto não era o imortal da Academia Acreana de Letras. Por sugestão do então deputado Luiz Calixto, a Assembleia realizou sessão de desagravo (
veja) com a presença do poeta.
Já vi o dono do jornal A Gazeta, Sílvio Martinello, em carta aberta ao então governador Jorge Vina dizer:
- Vou terminando essas mal traçadas linhas, governador, mas antes preciso ainda lembrar-lhe uma historinha: injúria eu teria praticado contra o senhor e sua família, dias depois do senhor ter sido eleito governador do Estado, inclusive com a minha torcida e meu voto, se eu não tivesse avisado ao seu assessor de Comunicação, Anibal Diniz, o que acontecera na Baixada da Habitasa. O senhor estava viajando pelo Japão. Se não tivesse proibido meus repórteres de explorarem o assunto. Não tivesse impedido que aquele pobre homem, aquele trabalhador cometesse uma loucura.
Neste ano, em março, o desempregado José Célio de Souza Lucas, 38, pai de família foi mais uma vítima (
veja) da irresponsabilidade. Suspeito de ter estuprado uma criança de sete anos na periferia de Rio Branco, foi quase linchado e teve o nome e o rosto estampados nos veículos de comunicação do Acre. Depois do massacre moral, não foi reconhecido pela criança como o estuprador alardeado por moradores, polícia e imprensa.
Já vi tanta coisa no Acre.
Em 2006, o jornalista Antonio Stélio escreveu num site já extinto "Carta a um pederasta safado". Não respondi e nem movi processo, mas, no ano passado, neste blog, publiquei o post "
Página Virada", em que reproduzi e aceitei o pedido de desculpa do jornalista.
Desde a semana passada, a carta tem sido distribuída pelos robôs alucinados do governo e do PT em redes sociais. Distribuíram para e-mails de servidores públicos e até criaram um blog para reproduzir o conteúdo da carta. A bandalha dá a entender que a carta é atual. Antonio Stélio tomou conhecimento enviou a mensagem seguinte:
"Caro Altino,
Espero seu retorno a Rio Branco para entregar o livro que prometi.
Fiquei surpreso em saber que esse pessoal do poder – e seus lambe botas – usam de nossas rusgas passadas e superadas, para atingi-lo. Trata-se, Altino, de gente que fede à distância. Sei, porém, que és um guerreiro que não verga perante qualquer intempérie.
Se não são capazes de produzir os seus próprios textos, isso, por si só mostra quem eles são: ladrões que surrupiam o texto alheio. Incapazes de fabricarem as próprias armas para o combate que se faz necessário, apenas forjam, simulam uma reação, por inaptos que são.
Pela consulta que fiz devo ter direito a uma indenização por publicação não autorizada. Mas isso fica por conta do meu rábula.
De resto, Altino, me coloca à sua disposição. Se achares necessário dou uma respostas diretamente a eles (e lhe asseguro que não usarei de texto alheio), antes que voltem para a cadeia, que é um lugar desta corja petista."
Como se não bastasse, um conhecido mitômano, que ocupa cargo de assessor especial do governo estadual, com salário mensal de R$ 10,4 mil, além de escrever um panfleto que usa para sangrar ainda mais o erário, usou rede social para publicar uma nota ignóbil em que me acusa também de pedofilia. Não é a primeira fez que gente ligada ao governo do Acre faz isso numa tentativa de me intimidar.
Não respondo e nunca respondi a processo dessa natureza.
Também não vou bater boca em rede social com a bandalha.
Em defesa de minha honra, de meus filhos, de minha ex-mulher, de meu neto, de minha mãe, de meus irmãos, de meus amigos e de minha atual companheira, o caso será judicializado pelo advogado Fernando Pierro nesta segunda-feira (8) contra quem escreveu e contra os que compartilharam e comentaram o conteúdo torpe.
Atualização às 12h36
A bandalha removeu o conteúdo tardiamente, mas removeu.
- A remoção não apaga a ofensa perpetrada contra a sua pessoa, Altino - diz o advogado Fernando Pierro, que "printou" tudo e elabora a notícia-crime.