O governador Tião Viana (PT) conversou realmente com o governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), em janeiro, sobre a possibilidade de o Banco do Estado de Sergipe emprestar dinheiro para os empreiteiros do Acre "sem as
garantias de obras e sem as amarras" do Banco do Brasil, Banco da
Amazônia (Basa) e Caixa.
O pleito do governador a favor do grupo foi confirmado pelo secretário Adjunto da Administração Financeira, Joaquim Manoel Mansour Macedo (Tinel), primo de Tião Viana, em conversa telefônica gravada pela Polícia Federal durante as investigações contra o G-7- um grupo de sete empresas de construção civil que atuava no Estado em conjunto para fraudar licitações de obras públicas.
Leia mais:
PF intercepta conversa do governador do Acre com empreiteiro preso
A PF gravou a conversa de Tinel com a diretora do Tesouro Estadual, Keuly Tavares Queiroz Costa, aconteceu às 18h56m22s, no dia 15 de janeiro. A conversa durou 18m34s. Segundo a PF, diz respeito às linhas de crédito existentes para atender empresários que têm obras com o governo estadual.
A conversa das duas autoridades envolve assuntos íntimos, carros, riqueza, planejamento de viagens, criticas ao programa Ruas do Povo e aos colegas de equipe do governo estadual.
A respeito do diretor do Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre, Gildo Cesar, Tinel Macedo é taxativo:
- É, ele é sarcástico, ele é incompetente, e ainda faz gracinha.
O secretário Adjunto da Administração Financeira foi indiciado pela PF por prevaricação. Ele é pai do vereador de Rio Branco Marcelo Macedo (PT), enquanto Keuly é casada com o vereador Artemio (PSDC).
Veja a conversa interceptada pela PF com ordem judicial
KEULY: E aí?
TINEL: E aí... hoje eu vou lhe dizer ó, é imperdoável, errar uma vez tudo bem, mas duas não dá deixar de atender duas vezes...
KEULY: Pois é… o telefone tava (sic) no quarto e eu tava (sic) lá fora...
TINEL: Não, eu que deixei de atender duas vezes não é possível, eu não admito...
KEULY: Não, eu já... eu fiquei pensando... TINEL...
TINEL: Não, eu não tô (sic) me perdoando, eu não tô (sic) me perdoando pra isso não.
KEULY: Eu fiquei pensando que eu tu sabia de alguma coisa porque eu não tô(sic) sabendo de nada...
TINEL: (risos)
KEULY: Não, era pra(sic) eu acho que na hora eu tinha falado com a LILIAN, ela tinha falado alguma coisa do MÂNCIO agora eu não lembro...era alguma coisa de uma viagem dele, aí eu ia te perguntar como ia ficar essa semana, eu acho que foi isso...na hora.
TINEL: Hoje ele me perguntou quando tu voltava, eu disse segunda-feira...(risos)
KEULY: Foi?
TINEL: Foi… não...não, foi nada. Ele (inaudível) segunda? Já volta segunda? Ainda fez assim, já volta segunda?
KEULY: Ah, olha aí, então diz pra ele que eu não vou voltar não. Não tá (sic) nem com saudade de mim, então pronto.
TINEL: Não, mas eu tô(sic). Se ele não tiver...se ele não tiver...não tá merendo essas coisas toda não. (risos)
KEULY: Ah, então tá. Não era pra ver alguma coisa da...
TINEL: (inaudível)...na coluna lembra?
KEULY: O quê?
TINEL: A coluna que saiu no jornal.
KEULY: Eu nem sai aonde tá(sic). Eu vou atrás tá dentro do meu carro. Não, eu guardei pra eu levar pra quando eu for...é pois, é...
TINEL: E tu tá melhor da dores, tá bem?
KEULY: Assim, tô(sic) melhor. Eu tô achando assim TINEL, que é mais a tendinite, eu acho. Mas eu tô(sic) na lista de espera da passagem, a menina tá(sic) tentando conseguir pra mim... pra mim(sic) ir no(sic) Rio...senão eu vou logo assim que tiver, entendeu? Aí eu vou falar com o médico, mas assim...
TINEL: Ainda não tá não pro dia 28?
KEULY: Não, pro dia 28, tá a consulta, mas eu tô(sic) tentando ir pro Rio dia 27, ou dia 26 e não tô(sic) conseguindo...
TINEL: Ah, ainda não conseguiu vaga é?
KEULY: Não, o problema, meu amigo, é sair de Rio Branco. O negócio tá difícil, ó, vou te dizer. Nós tamo(sic) ilhado e não é pouco não, viu?
TINEL: É..
KEULY: Eu tô achando que a gente tá morando...
TINEL: Eu tenho uma reunião em Sergipe segunda-feira, terça-feira...
KEULY: Hã...
TINEL: Que eu vou lá e vou ter que ir de Trip, cara... segunda, 04:00 AM(quatro da manhã)...
KEULY: Sério TINEL?
TINEL: Sério.
KEULY: Sobre o quê?
TINEL: É uma conversa que... o governador não tá de férias lá?
KEULY: Hã.
TINEL: Aí ele conversou com MARCELO DEDA(governador de Sergipe) e a presidente do banco... e aí ele quer fazer aquele... aquelas operações de...
KEULY: Renegociações de dívida.
TINEL: Não, dos empresários daqui, financiar os empresários...
KEULY: Humm.
TINEL: Via banco de lá. Aí ele pediu pra ir lá.
KEULY: Ele que te ligou de lá, de férias?
TINEL: Não, o CÉSAR MESSIAS(Vice-governador do Acre). Ele tá(sic) fazendo com o
CÉSAR...
KEULY: Hã.
TINEL: E aí foi em uma conversa com CÉSAR, aí tu já imagina isso...
KEULY: E o MÂNCIO não vai não?
TINEL: Pois é...não, eu falei que tinha essa viagem, aí o MÂNCIO não foi, mas só porque eu fui falar com o CÉSAR, aí tu já imagina o estresse que cria, ó!
KEULY: Eu imagino.
TINEL: Não...sei lá ó...bicho...
KEULY: Mas o que que ele quer né TINEL foi ele que pediu isso, é fogo.
TINEL: Aí hoje ele já... aí ele retoma aquela conversa de que tem que resolver logo, aí eu fico
num "lenga lenga"...
KEULY: E quem vai resolver é(sic) nós é, por um acaso? Ele que tem que saber dos
compromissos dele que ele não pode sair antes de resolver as coisas com os fiscais não. Tá entendendo, porque se ele fizer isso, hum, aí... Ô TINEL e tu vai quando? Segunda é?
TINEL: Na segunda...
KEULY: Quatro horas da manhã?
TINEL: Aquele voo das... quatro horas da manhã. Vou passar mais três dias sem te ver...
KEULY: Pois é, isso que eu tava(sic) dizendo. Então, eu não vou voltar não, segunda-feira. Deixar o MÂNCIO aí, sozinho.(risos)
TINEL: Deixa esse cara...
KEULY: Aí tu volta quando?
TINEL: Na terça à noite, acho que é terça à noite... deixa eu olhar até meu bilhete aqui.
KEULY: Só essa viagem maravilhosa mesmo. Só assim...
TINEL: Viagem maravilhosa deixa eu ver aqui...
KEULY: E Sergipe ainda, ô meu Deus!
TINEL: Deixa eu ver qual é, o...
KEULY: TINEL deixa eu só te dizer nós temos que lembrar pro MÂNCIO, porque a CÉLIA me ligou esses dias, que eu tava(sic) em casa, querendo confirmar o CONFAZ, nós...o MÂNCIO tem que desfazer isso... entendendo? Tem que colocar outra pessoa, tem que logo dizer que não vai ter, entendeu?
TINEL: Sabe que eu chego na quarta-feira...
KEULY: Hã.
TINEL: Meia-noite aqui em Rio Branco.
KEULY: Eita!
TINEL: Sai de Aracaju meio-dia vai pra Belo Horizonte, aí fica das três da tarde às nove da noite, seis horas em Belo Horizonte.
KEULY: Meu Deus!
TINEL: É muita crueldade, ó!
KEULY: Olha seis horas, é verdade, ó! A tua reunião é segunda e terça ou é só terça?
TINEL: É segun.. é terça-feira, só terça-feira.
KEULY: Porque tu passa o dia todo viajando, né?Coitado.
TINEL: É, mas viajar segunda o dia todo é...chega...ainda dá pra pegar uma praia na segundafeira, chega duas da tarde...três da tarde.
KEULY: Só tem aquela bonita, né? Aquela lá longe.
TINEL: Chega três da tarde em Aracaju. Daqui que chegue no hotel dá(sic) cinco horas...não dá tempo de nada.
KEULY: É verdade...
TINEL: A reunião é nove, só se for terça à tarde.
KEULY: É. Hein TINEL...
TINEL: Sem as pessoas importantes não vale a pena.
KEULY: É verdade, hein TINEL... e o STF e as coisas, eu tenho acompanhado o que o Fábio tá(sic) mandando.
TINEL: É, ainda não saiu nada da segunda...tá tudo calado, né...da segunda cota, mas eu acho que eles vão fazer um termo de ajustamento aí, mudar uns três, quatro meses pro Senado. Eu não tenho nenhum interesse de (inaudível), tá(sic) entendendo?
KEULY: Hum.
TINEL: Mas, eu não sei, tudo é possível com o Barbozinha.(risos)
KEULY: É verdade, ó! Tudo é possível.
TINEL: Tudo é possível com o JOAQUIM BARBOZA.
KEULY: Mas aí… tem alguma coisa que dia o sistema volta a funcionar, como é que é?
TINEL: Não amanhã já vai… já tá ... restos a pagar, hoje já baixamos tudo, a Helena já
terminou lá os saldos é...e eu vou trazer os saldos tudinho(sic) também. A idéia é não deixar os órgãos e fazer o mapa dos restos a pagar e os saldos.
KEULY: Tu não vai fazer igual ao ano passado?
TINEL: Não, a idéia é não fazer não, ó! Até por que nós...nós vamos deixar esse dinheiro nos órgãos, mas não temos... nós vamos ter que administrar inclusive esses restos a pagar, tá entendendo?
KEULY: É por falta de dinheiro, né?
TINEL: É...
KEULY: Nesse caso, esse ano é falta de dinheiro, né?
TINEL: É por conta de poder administrar o saldo, tu tá entendendo?
KEULY: É se deixar nos órgãos eles vão gastar.
TINEL: Pois é, porque nós precisamos ter governabilidade no início do ano com esse dinheiro, aí é...tá entendendo?
KEULY: É verdade. Tá certo.
TINEL: Não vai ser fácil não, ó!
KEULY: Mas, então segunda nós vamos(inaudível) em2013?
TINEL: Já, já.
KEULY: Mas aí podemos ver que área que vai pagar?
TINEL: Mas eu acho que amanhã a gente já fecha, se a HELENA fechar os saldos com a NÍVIA lá que ela tá fechando a gente já transfere os saldos.
KEULY: Ah, tá!
TINEL: E aí a gente tira todas as precauções do jeito que tu tira, tira um antes, tira um...
KEULY: Isso é, não é...
TINEL: Depois que transferir a gente tira o outro, tá entendendo?
KEULY: Certo.
TINEL: Mas as menina(sic) tão...tão bem...bem sintonizada(sic) Nívia, Helena, Fabi, sabe... o pessoal tá legal.
KEULY: A ELAINE, já voltou, o ÉLCIO, aí dá uma aliviada.
TINEL: A ELAINE já tá de volta, a lá, voltou essa semana. Aí, ontem, olha só quem chegou ontem lá.
KEULY: Quem?
TINEL: O...como é o nome daquele... o do depasa lá? Aquela...
KEULY: Ah, a mulher da (inaudível).
TINEL: Rapaz, ela chegou tão macia com o (inaudível), eu digo(inaudível) tem alguma coisa
aqui nesse negócio...
KEULY:TINEL tu tá sabendo já que a (inaudível) vai embora?
TINEL: Não.
KEULY:Pois é, o mari…ela me ligou avisando eu tô(sic) atrás de uma pessoa pra te apresentar porque eu não tenho ninguém pra remanejar lá dentro não, eu vou ter que colocar alguém de fora e preciso nessas duas últimas semanas. O marido dela veio agora pra cá, né... aí disse que achou ela muito diferente que ele não liga mais pra ele, não sei o quê... o cara...tipo assim, o cara inventa de ir embora e acha que a mulher vai ficar aqui numa boa e ele vai chegar e a mulher vai tá sofrendo, né? Aí ficou desesperado e aí chegou e fez a mudança dela.
TINEL: Ele tá onde ele?
KEULY:Eu sei lá, qual é a cidade.
TINEL: Ele é o que?
KEULY: Ele é esses negócio(sic) aí de militar...
TINEL: Ah é força nacional?
KEULY:É, essas coisas aí que é transferido aí, ele foi transferido e aí disse que não dava pra levar ela, né? No início ela queria ir, mas tá bom, então ela ficou e tal, quando foi agora que ele voltou, aí ele disse não vai sim não dá pra ficar tu aqui e eu lá. Aí ela me ligou desesperada e que ela disse que agora ela não queria ir mais, mas a filha dela insistiu e não sei o quê, aí eu disse a gente já sabia né? Que ele tava(sic), que ele queria que fosse e aí eu tomei uma decisão, porque não dava pra ficar dois anos longe do marido, era melhor então né, acabar com isso tive que decidir.
TINEL: É… dois anos? Ainda recebeu em casa tá bom demais.
KEULY:Pois é. Aí eu tô(sic) atrás de... eu já falei com TIAGO eu tô(sic) vendo alguém na área mesmo, né... pra poder a gente pensar e começar a treinar.
TINEL: Certo.
KEULY:Então, tá(sic)! Acho que na é hora... nem lembro o que é foi a LILIAN que falou alguma palhaçada, aí eu te liguei pra mulher...
TINEL: Eu disse pra ela que acho que ela que eu acho que ela tava...que hoje...que a única coisa que eu falei com o MÂNCIO foi que ele vai pro Peru no carnaval, né?
KEULY:É, eu vou também, eu e a LILIAN, né? Tu sabe. Não sei pra onde, mas nem que seja pra Brasiléa(sic).
TINEL: Pois é...
KEULY:Que nós tamo(sic) atrás da passagem...
TINEL: Pois é ela falou...Aí eu disse pra ela, ela que falou e disse, mas ela tava(sic) na dúvida se o MÂNCIO ia tá aqui, eu disse aí hoje eu só falei pra ela o MÂNCIO vai passar, ele só volta na sexta.
KEULY:Então eu acho que era isso, era alguma coisa nesse negócio que a gente tava(sic) decidindo porque pro nosso pacote quinta e sexta a gente tinha que não trabalhar,né? Aí ela me disse que o MÂNCIO ia num(sic) sábado e voltava na quarta por que não podia faltar quinta e sexta, eu disse LILIAN eu não acredito não que o MÂNCIO tá fazendo isso.
TINEL: Chega sexta-feira e ele vai chegar sexta à noite aqui.
KEULY:Aí ela disse KEULY ele me disse o que que nós vamos fazer? LILIAN não vamos fazer nada, vamos esperar que ninguém tem nem passagem e tu já quer ficar pedindo antes de ter passagem, vamos atrás de passagem. Aí, foi isso ela me ligou pra dizer que o MÂNCIO tinha tomado a decisão de não voltar.
TINEL: É eu falei hoje pra ela. Ontem eu perguntei pra ele, eu digo e aí tu vai tirar férias?
KEULY: LILIAN, quem vai pagar a luz nesta secretaria...acho que foi pra isso...quem vai apagar a luz na secretaria? Ela disse TINEL. Aí eu ah, então tá(sic). O TINEL vai apagar a luz acho que foi nessa hora que gente tava bricando aí eu te liguei pra saber se tu ia tá aí pra apagar a luz. Porque disse que o EDNALDO não vai tá(sic)..
.
TINEL: Vai tá na Boli...vai tá no Peru também...
KEULY: Eu não vou tá e a LILIAN não vai tá, pronto! Então vamos fazer uma comitiva da secretaria da fazenda, TINEL, eu acho!
TINEL: É então era melhor...
KEULY: Então, a gente deixa o Élcio...o Élcio aí cuidando de tudo. Que o Élcio não pode pedir nem pra afastar nem...
TINEL: Ele não tem moral mais nada não...
KEULY: Ele num tem mais nada, não pode pedir mais nada. Hoje ele ficou me mandando mensagem dizendo que a Range Rover, né? Tá instalando a fábrica no Brasil, aí ele me manda mensagem pra dizer isso, pra dizer que a Evoque é a minha cara, mais não sei o quê, mas menino olhe você precisa ver passou o dia todo me mandando mensagem...
TINEL: Ele tava(sic) dizendo, não é uma baratinha. A mais barata é cento e sessenta e cinco e...
KEULY: Sério? É sério? Cento e sessenta e cinco, é?
TINEL: É...
KEULY: Puxa vida... eu fiquei até(inaudível) quando ele me disse que ela vinha me trazer, mas
não sabia que era isso não. Perguntei pra ele o custo e ele não me disse.
TINEL: Ele disse, não a KEULY, já tá gostando...(risos)
KEULY: Mas ele não me disse o preço, esse gaiato(sic)...eu perguntei várias vezes, Élcio qual é o valor? E ele não respondia, olha o bicho sem vergonha. Não sabia que era tudo isso não.
TINEL: É caríssimo...
KEULY: Aqui nem tem, né? Não dá nem pra saber.
TINEL: Rapaz, isso aí... eu disse rapaz eu acho que vou vender minha SW4 pra eu comprar um fusca por que...é mais negócio por que esses caras aí...você vai...
KEULY: Meu Deus, TINEL, ela é cento e sessenta reais, eu não acredito não, cento e sessenta mil? Meu Deus do céu o que que é aquilo. Gente então tem muita gente rica aqui em Rio Branco, ó!
TINEL: Tem, ó! Eu tô(sic) vendo isso, é mesmo!
KEULY: TINEL tem muita gente rica...e hoje já tem cinco dela tem uma prata, uma
branca...uma preta e branca. Puxa vida não acredito não(inaudível). Pensei que ela era o preço de uma...
TINEL: A cento e quarenta mil é a dois mil e doze, doze.
KEULY: Eu pensei que era o preço igual aquele da Kia, sabe? Sabe aquele da Kia que parece com o dela. Claro que não... parece, não é linda como ela...um da Kia...que não é esse é noventa mil, o Sportage só que... claro nas proporções totalmente diferentes, né? É por isso que ele não me mandou, quanto era.(risos) Então tá(sic) a gente conversa antes de tu viajar segunda-feira pra saber quais são as orientações.
TINEL: (inaudível)
KEULY: É tu que vai viajar, ora eu vou voltar de férias e tu vai viajar.
TINEL: Pois é e nem vai tá aqui pra fazer a recepção, é muito ruim isso.
KEULY: É verdade, olha eu vou te dizer o MÂNCIO tá achando que eu tô voltando cedo demais, tu não vai tá aí, eu...sinceramente a situação não tá...não sei não. TINEL tu já pensou num lugar pra nós, TINEL? TINEL pense num lugar pra nós.
TINEL: Vamos amadurecer isso aqui...
KEULY: Vamos pra onde chefe?
TINEL: Vamos ter que amadurecer isso mesmo, ó!
KEULY: É TINEL, pelo amor de Deus. Eu já me escrevi na...
TINEL: Aí hoje a tarde teve a reunião...
KEULY: Na faculdade
TINEL: Sabe com quem foi a reunião hoje?
KEULY: Ai meu Deus com quem?
TINEL: FELISMAR, GILDO, MARCIA REGINA, aí tu já sabe né...
KEULY: Ele vai assumir a Fazenda?
TINEL: A reunião já vem...
KEULY: Hein TINEL? Vão assumir a fazenda, ai meu Deus...
TINEL: Não, aí...é mesma coisa que assumir por que a conta que eles trouxeram só do
FELISMAR... aí gera stress, né?(risos)
KEULY: (inaudível) é uma loucura, né?
TINEL: Sei disso. Rapaz, além de não ter dinheiro vocês não tem uma proposta, a conversa é a mesma. Vocês não tem proposta de como vocês vão reduzir, como vai vai... tu tá entendendo? Aí ele vai a loucura, aí a MARCIA também pegou embalo na dele hoje.
KEULY: Foi?
TINEL: Foi.
KEULY: Mas, contra ele ou a favor dele?
TINEL: Não, a favor, a favor.
KEULY: Ah, tá. Porque realmente alguém tem que seguir esse embalo... porque não é
possível...
TINEL: Vocês tem que ter um plano pra poder levar pro Governador, independente de ter ou não, mas, aí não tem um esforçozinho de vocês...vocês querem o mundo ideal. Todo mundo quer. Eu quero trinta milhões do tesouro pra continuar fazendo o que eu tô(sic) fazendo com a incompetência que eu tô(sic) fazendo, tá entendendo?
KEULY: Ah era isso que eu ia dizer. Continuar fazendo o quê? Eu tô(sic) com três nome de rua que acabaram... as ruas... quando eu voltar, eu vou atrás de saber aonde a gente denuncia isso. Assim, com quem a gente fala, né? Porque eu pedi pras(sic) pessoa esperar, quando eu voltasse pra não fazer nada. Mas eu tô(sic) com três nomes, três ruas de pessoas que a rua tinha tijolinho, como essa minha tal, assim, entendeu? Dava pra trafegar e a Rua dos povo entrou e acabou com a rua e nunca mais voltaram, já faz seis meses...
TINEL: É, aí é difícil.
KEULY: É um horror menino. Aí mete...fala mal que só de nós porque...
TINEL: Se a gente falar nisso, vai dizer que nós somos contra, né. Mas esse é o entendimento,
ninguém tá...
KEULY: Não, mas eu... na verdade, eu não tô(sic) nem querendo... voltar quero ver só com quem que a gente fala assim pra saber, né? Tem que ajudar as pessoas...
TINEL: Não, a gente vai ter que falar com muita calma com o GILDO mermo(sic), mas...
KEULY: Não, é pra saber como é que é e tal...aí maninho se não resolverem também, eu faço como eu fiz com a NÍVIA, oriento a entrar no Ministério Público.
TINEL: É.
KEULY: Que a NÍVIA entrou.
TINEL: Entrou?
KEULY: Porque ela ligou pro FELISMAR... Entrou e saiu, na época até no jor... eles foram lá na casa dela, aí foram tudo. Ela ligou até pro FELISMAR, o FELISMAR disse assim, aí como foi que ele disse... é mesmo... assim deu uma resposta ridícula, ela ficou com tanta raiva que pegou e foi.
TINEL: É, ele é sarcástico, ele é incompetente, e ainda faz gracinha.
KEULY: Ela veio me contar... eu disse não...(inaudível) olha eu vou entrar, eu disse entre minha filha, entre que é seu direito... lá o bueiro voltava alguma coisa assim... algum problema, eu acho até que já resolveram que quando ela foi no Ministério Público...saiu no jornal e tudo, na época. Aquelas coisas, né de sensacionalismo... que fala pra ir pro jornal.
TINEL: É.
KEULY: Ah, então, tá!
TINEL: Então tá bom. Até amanhã!
KEULY: Até amanhã, te ligo. Beijinho.
TINEL: Beijo, tchau.
KEULY: Tchau.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
domingo, 12 de maio de 2013
PF intercepta conversa do governador do Acre com empreiteiro preso
Ao investigar secretários de estado, empreiteiros e servidores públicos envolvidos com um grupo de sete empresas de construção civil que atuavam em conjunto para fraudar licitações de obras públicas no Acre, a Polícia Federal interceptou um telefonema do governador Tião Viana (PT) para o empreiteiro João Francisco Salomão, ex-presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fiac). O empresário foi preso pela Polícia Federal na sexta-feira (10), juntamente com outras 14 pessoas, por ordem da desembargadora Denise Bonfim, do Tribunal de Justiça do Acre, durante a Operação G-7.
A reportagem obteve uma cópia da representação de 409 páginas apresentada à desembargadora pela Polícia Federal para que fossem decretadas prisões preventivas, expedidos mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva, bloqueio de bens (congelamento de conta correntes) e compartilhamento de provas da Operação G-7.
No documento, quando trata das "linhas de crédito para capital de giro para as empresas do cartel', consta os áudios e as transcrições de ligações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal com autorização judicial.
As chamadas evidenciam a proximidade que as empresas do cartel têm com o poder público estadual. Na chamada de índice 5175762 o empreiteiro João Francisco Salomão recebe ligação do governador Tião Viana informando a possibilidade do Banco do Estado de Sergipe emprestar dinheiro sem as garantias da obra, e sem as "amarras" do Banco do Brasil, do Banco da Amazônia (Basa) e da Caixa.
O governador diz que fará a mediação entre Francisco Salomão, o presidente da Fieac, Carlos Takashi Sasai, e o presidente da Federação do Comércio (Fecomercio), Leandro Domingos, o secretário da Fazenda, Mâncio Cordeiro, e o presidente do Banco do Estado de Sergipe.
Tião Viana afirma que a operação se dará via Fieac, com a Secretaria da Fazenda atestando os contratos, juntamente com as secretarias de Planejamento e de Obras. O presidente da Fieac é outro réu preso durante a Operação G-7.
A conversa aconteceu às 8h56 da manhã de 12 de janeiro e durou 2m38s. O governador, que estava passando férias com a família, diz que "aqui tá uma maravilha, estou adorando Sergipe, lugar lindo". Salomão informa ao governador que o capital de giro iria dar outro ritmo às obras.
Posteriormente, Salomão conversa sobre o assunto com Carlos Afonso Cipriano, que também é réu preso, e diz que precisaria de uma reunião com o secretário da Fazenda e com o presidente da Fieac.
O secretário de Comunicação do governo do Acre, Leonildo Rosas, foi consultado pela reportagem, que lhe repassou o conteúdo das transcrições da Polícia Federal onde aparece o governador Tião Viana.
- Não existe qualquer ilicitude por parte do governador Tião Viana ao conversar com o governador de Sergipe em favor dos empresários que trabalham pelo desenvolvimento do Acre. A vida do governador é uma trajetória transparente e ética. Ele não vai se curvar a qualquer tipo de chantagem. O combate à corrupção tem sido a marca principal do governo do Acre desde que ele assumiu o mandato. As ações que já foram tomadas de combate à corrupção em dois anos e cincos meses atestam a idoneidade do governador e sua equipe – disse Rosas.
Clique aqui e veja no Blog da Amazônia o teor da transcrição que a PF fez da conversa do governador Tião Viana com o empresário Francisco Salomão, que é vice-presidente da Fieac.
sábado, 11 de maio de 2013
Sobrinho do governador Tião Viana tem regalias na prisão, dizem agentes
POR FÁBIO PONTES
Agentes penitenciários e familiares de outras pessoas presas na Unidade Prisional Papuda denunciam que os 15 acusados de integrar esquema de fraudes em licitações e desvios de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) estariam contando com uma série de regalias. A unidade abriga os presos provisórios e em regime semiaberto.
Os presos recém-chegados têm direito a visita somente 10 dias após a entrada, cumprindo o chamado regime corretivo. Desde o fim da tarde desta sexta-feira, porém, a movimentação de amigos, membros do governo e parentes do grupo preso pela Polícia Federal é intensa. Estariam entrando equipamentos como ventiladores e aparelhos de televisão, além de alimentos.
Entre os presos está o sobrinho do governador Tião Viana (PT), Tiago Paiva. Ele é acusado pela polícia de ser beneficiário de esquema de desvio de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele é o diretor de Análise Clínica da Secretaria Estadual de Saúde.
Segundo informações obtidas pela reportagem, até um churrasco a base de picanha estaria sendo programado para este domingo, no Dia das Mães. Familiares de presos “comuns” da Papuda denunciam que estas regalias não são oferecidas. Segundo eles, o acesso ao interior do presídio só ocorre nos dias programados para as visitas.
Procurado para falar sobre o assunto, o diretor do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Dirceu Augusto, disse desconhecer tais benefícios aos presos na Operação G7. Ele admitiu, porém, que algumas exceções são quebradas a depender do tipo de preso. “Há presos e há presos”, declara ele.
“Eu não posso tratar um jornalista preso da mesma forma que um traficante. Algumas particularidades precisam ser levadas em conta. Em alguns casos a emoção supera a razão, quando você tem um familiar aflito e querendo ver quem está preso”, afirma ele.
O diretor informou que as mesmas queixas de regalias ocorreram quando da prisão de Assuero Veronez, vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), acusado de contratar os serviços de quadrilha especializada em exploração sexual de menor. Dirceu afirmou que vai se informar para saber se houve “movimentação atípica” para os detidos da G7.
Fonte: portal Terra
Agentes penitenciários e familiares de outras pessoas presas na Unidade Prisional Papuda denunciam que os 15 acusados de integrar esquema de fraudes em licitações e desvios de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) estariam contando com uma série de regalias. A unidade abriga os presos provisórios e em regime semiaberto.
Os presos recém-chegados têm direito a visita somente 10 dias após a entrada, cumprindo o chamado regime corretivo. Desde o fim da tarde desta sexta-feira, porém, a movimentação de amigos, membros do governo e parentes do grupo preso pela Polícia Federal é intensa. Estariam entrando equipamentos como ventiladores e aparelhos de televisão, além de alimentos.
Entre os presos está o sobrinho do governador Tião Viana (PT), Tiago Paiva. Ele é acusado pela polícia de ser beneficiário de esquema de desvio de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele é o diretor de Análise Clínica da Secretaria Estadual de Saúde.
Segundo informações obtidas pela reportagem, até um churrasco a base de picanha estaria sendo programado para este domingo, no Dia das Mães. Familiares de presos “comuns” da Papuda denunciam que estas regalias não são oferecidas. Segundo eles, o acesso ao interior do presídio só ocorre nos dias programados para as visitas.
Procurado para falar sobre o assunto, o diretor do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Dirceu Augusto, disse desconhecer tais benefícios aos presos na Operação G7. Ele admitiu, porém, que algumas exceções são quebradas a depender do tipo de preso. “Há presos e há presos”, declara ele.
“Eu não posso tratar um jornalista preso da mesma forma que um traficante. Algumas particularidades precisam ser levadas em conta. Em alguns casos a emoção supera a razão, quando você tem um familiar aflito e querendo ver quem está preso”, afirma ele.
O diretor informou que as mesmas queixas de regalias ocorreram quando da prisão de Assuero Veronez, vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), acusado de contratar os serviços de quadrilha especializada em exploração sexual de menor. Dirceu afirmou que vai se informar para saber se houve “movimentação atípica” para os detidos da G7.
Fonte: portal Terra
Justiça transfere Gildo César para presídio onde está Hildebrando Pascoal
A desembargadora Denise Bonfim, do Tribunal de Justiça do Acre, determinou que o diretor-presidente do Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre, Gildo César Rocha, casado com uma prima do governador do Tião Viana (PT), fosse transferido nesta tarde da "Papudinha" para o presídio federal Antonio Amaro, de segurança máxima, onde está preso o ex-deputado Hildebrando Pascoal.
Gildo César faz parte do grupo de 15 pessoas (secretários do governo estadual, empreiteiros e servidores públicos) presas pela Polícia Federal na sexta-feira durante a Operação G-7. Eles são acusados de crimes de formação de cartel, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude à licitação e desvio de recursos públicos.
Após a prisão do grupo, o diretor do Instituto de Administração Penitenciária do Acre, Dirceu Augusto Silva, alegou que o presídio estadual Francisco D'Oliveira Conde estava lotado. Porém, a desembargadora tomou conhecimento que 17 presos deram entrada no presídio estadual após a Operação G-7 e exigiu o cumprimento de sua determinação. O diretor do Iapen poderá ser responsabilizado por descumprimento da ordem da desembargadora. Gildo César é o único do grupo que não tem nível superior.
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Réus presos durante Operação G-7 não podem ingressar com habeas corpus no plantão judiciário
Os 15 réus presos em Rio Branco pela Polícia Federal na sexta-feira (7), durante a Operação G-7, autorizada
pela Justiça do Acre, não poderão ingressar com pedidos de habeas corpus
no plantão judiciário deste final de semana.
Eles só poderão obter liberdade no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, pois o processo já tem uma relatora, a desembargadora Denise Bonfim, que já remeteu os autos ao Ministério Público Estadual, e aguarda a sua devolução. Ou seja, no âmbito do Judiciário do Acre, caberá à desembargadora decidir sobre a manutenção da prisão ou não dos envolvidos.
A magistrada autorizou a prisão de 15 pessoas acusadas de diversos crimes, como desvio de dinheiro público, formação de cartel, falsificação de documentos, corrupção passiva, corrupção ativa etc.
As supostas fraudes ocorriam em licitação de obras públicas envolvendo construção de casas populares e programas como "Minha casa, minha vida" e "Ruas do Povo".
A PF denominou a operação de G-7, visto que era dessa maneira que os próprios integrantes da quadrilha se declaravam ao telefone nas conversas interceptadas sob ordem judicial. Mas foi a desembargadora Denise Bonfim, relatora do processo, quem decretou os mandados de prisão, busca e apreensão.
Foram presas 15 pessoas durante a Operação G-7, sendo que os indícios apontam que houve desvio de pelo menos R$ 4 milhões em seis contratos fraudados. Mas essa é apenas da primeira fase da operação.
Os presos são: Tiago Viana das Neves Paiva; Carlos Takashi Sasai; Gildo Cesar Rocha Pinto; Wolvenar Camargo; Aurélio Silva da Cruz; João Francisco Salomão; Carlos Afonso Cipriano; Assurbanipal Barbari Mesquista; José Adriano Ribeiro da Silva;; João Braga Campos Filho, Narciso Mendes Junior e Sergio Tsuyoshi Murata.
Entenda o caso
Em agosto de 2012, a desembargadora recebeu a representação da quebra de sigilo telefônico dos acusados, e a deferiu com a anuência do Ministério Público Estadual.
Em seguida, a PF pediu a prisão preventiva, bem como busca e apreensão nas empresas e órgãos públicos e residências dos envolvidos, o que também foi deferido pela desembargadora.
Denise Bonfim já encaminhou os autos ao MPE, para que tome ciências, e aprecie possíveis pedidos de revogações. Quando recebê-los de volta, é que ela decidirá a respeito do caso.
As informações são da assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça do Acre.
Eles só poderão obter liberdade no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, pois o processo já tem uma relatora, a desembargadora Denise Bonfim, que já remeteu os autos ao Ministério Público Estadual, e aguarda a sua devolução. Ou seja, no âmbito do Judiciário do Acre, caberá à desembargadora decidir sobre a manutenção da prisão ou não dos envolvidos.
A magistrada autorizou a prisão de 15 pessoas acusadas de diversos crimes, como desvio de dinheiro público, formação de cartel, falsificação de documentos, corrupção passiva, corrupção ativa etc.
As supostas fraudes ocorriam em licitação de obras públicas envolvendo construção de casas populares e programas como "Minha casa, minha vida" e "Ruas do Povo".
A PF denominou a operação de G-7, visto que era dessa maneira que os próprios integrantes da quadrilha se declaravam ao telefone nas conversas interceptadas sob ordem judicial. Mas foi a desembargadora Denise Bonfim, relatora do processo, quem decretou os mandados de prisão, busca e apreensão.
Foram presas 15 pessoas durante a Operação G-7, sendo que os indícios apontam que houve desvio de pelo menos R$ 4 milhões em seis contratos fraudados. Mas essa é apenas da primeira fase da operação.
Os presos são: Tiago Viana das Neves Paiva; Carlos Takashi Sasai; Gildo Cesar Rocha Pinto; Wolvenar Camargo; Aurélio Silva da Cruz; João Francisco Salomão; Carlos Afonso Cipriano; Assurbanipal Barbari Mesquista; José Adriano Ribeiro da Silva;; João Braga Campos Filho, Narciso Mendes Junior e Sergio Tsuyoshi Murata.
Entenda o caso
Em agosto de 2012, a desembargadora recebeu a representação da quebra de sigilo telefônico dos acusados, e a deferiu com a anuência do Ministério Público Estadual.
Em seguida, a PF pediu a prisão preventiva, bem como busca e apreensão nas empresas e órgãos públicos e residências dos envolvidos, o que também foi deferido pela desembargadora.
Denise Bonfim já encaminhou os autos ao MPE, para que tome ciências, e aprecie possíveis pedidos de revogações. Quando recebê-los de volta, é que ela decidirá a respeito do caso.
As informações são da assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça do Acre.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
PF revela detalhes da Operação G-7
O superintende da Polícia Federal no Acre, Marcelo Rezende, e o delegado Maurício Moscardi Grillo revelam detalhes da Operação G-7 que prendeu secretários do governo do Acre, empreiteiros e servidores públicos por fraude em licitações.
Leia mais:
PF prende secretários e sobrinho do governador Tião Viana
A PF batizou a operação de G-7 porque era assim que os integrantes da quadrilha se declaravam ao telefone em conversar interceptadas com ordem judicial. Foi a desembargadora Denise Bonfim, do Tribunal de Justiça do Acre, que decretou os mandados de prisão, busca e apreensão.
O Secretário de Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, esteve na sede da Superintendência da Polícia Federal para averiguar se o pessoal do governo que foi preso durante a Operação G-7 nesta sexta está sendo bem tratado. Além de Mourão, quatro procuradores do Estado.
Clique na setinha e ouça a íntegra do áudio da entrevista coletiva.
PF prende secretários e sobrinho do governador Tião Viana
Crime organizado não acabou no Acre
Agentes da Polícia Federal prenderam na manhã desta sexta-feira, em Rio Branco, o secretário estadual de Obras do Acre, Wolvenar Camargo Filho, e o diretor de Análise Clínica da Secretaria de Saúde, Tiago Paiva, sobrinho do governador Tião Viana (PT), por supostas fraudes em licitação de obras públicas envolvendo construção de casas populares.
A Polícia Federal mobilizou 150 agentes, que ainda cumprem mandados de busca e apreensão em 34 órgãos públicos, em Rio Branco, a capital, e no município de Tarauacá. Segundo a PF, trata-se de um "esquema criminoso" que envolve a participação de servidores públicos.
Foram presas 15 pessoas durante a Operação G-7. De seis contratos fraudados, que somam R$ 40 milhões, foram desviados de R$ 4 milhões. Trata-se apenas da primeira fase da operação.
Já foram presos o empreiteiro Francisco Salomão, ex-presidente da Federação das Indústrias do Acre, o ex-secretário de Habitação e ex-superintendente da Caixa, Aurélio Cruz, o diretor-presidente do Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre (Depasa), Gildo César Rocha, casado com uma prima do governador, e o Secretário Adjunto Municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana de Rio Branco, Assurbanipal Mesquita.
As ações da PF visam a apurar os papéis exercidos na organização criminosa e o envolvimento dos secretário estaduais e municipal, do ex-secretário de Habitação, de servidores públicos e de vários empreiteiros. Todos deverão responder pelos crimes de formação de cartel, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude à licitação, e desvio de recursos públicos.
A PF informou que as investigações foram iniciadas em 2011 e culminaram com a identificação de um grupo de sete empresas do ramo de construção civil que atuavam em conjunto para fraudar licitações de obras públicas no Estado.
As empresas simulavam concorrer entre si, garantindo, assim, que uma delas sempre vencesse a licitação. Os concorrentes que não integrassem a organização criminosa eram eliminados ainda na fase da habilitação técnica, primeira fase da licitação, em que a administração pública exige da empresa comprovação de sua aptidão técnica para realizar o serviço.
Foram examinadas licitações executadas nos municípios acreanos de Tarauacá, Manuel Urbano, Plácido de Castro, Vila Campinas e Acrelândia, constatando-se que muitas das obras licitadas jamais chegaram a ser executadas. Somente em seis contratos examinados, de um valor total de R$ 40 milhões estima-se que os cofres públicos sofreram um desfalque de cerca de R$ 4 milhões.
Durante as investigações, os policiais identificaram um processo licitatório destinado à contratação de uma clínica de exames médicos para desviar fraudulentamente recursos do Sistema Único de Saúde-SUS, do Governo Federal.
Atualização – Nota do governador Tião Viana
"Ao tomar conhecimento de operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira, 10, o governador do Estado do Acre vem a público expressar o irrestrito apoio a toda e qualquer ação da polícia judiciária ao combate de ilicitude de natureza funcional ou material.
O Governo do Estado é absolutamente transparente no exercício de suas funções e intransigente na defesa dos valores morais da função pública e pessoal. O Governo do Estado sempre expressou tolerância zero contra qualquer prática de corrupção.
Neste momento, o governo se reserva ao direito de aguardar os devidos e plenos esclarecimentos dos fatos para adotar, sempre que necessário, as medidas em defesa da ética e da função pública.
Ao mesmo tempo, o Governo do Estado afirma que, enquanto não houver um juízo condenatório, quer seja na esfera judicial, quer seja na esfera administrativa, é justo fazer, com absoluta consciência, a defesa à integridade moral de secretários e técnicos de governo supostamente envolvidos em fatos tornados públicos.
Não se condena antecipadamente e não se pune antecipadamente. A presunção de inocência é um direito constitucional garantido a todo e qualquer cidadão.
Tião Viana
Governador do Estado do Acre"
Atualização às 17h50 – Nota do prefeito de Rio Branco Marcus Alexandre (PT)
"A respeito da operação da Polícia Federal ocorrida hoje, 10 de maio, em Rio Branco, manifesto os seguintes esclarecimentos:
- Apoiamos toda e qualquer ação da polícia, dos órgãos de controle externos e internos no combate à corrupção. Estas instituições foram fortalecidas durante os nossos governos nas esferas federal, estadual e municipal;
- A gestão da frente popular tem por princípios a ética, os valores morais, o zelo e a austeridade com os recursos públicos. Fui membro da equipe do governo do estado e sei da firmeza do governador Tião Viana e de sua intolerância com a corrupção; e
- Não nos cabe neste momento qualquer julgamento prévio, sendo o mais sensato aguardar a apuração dos fatos, a qual somos amplamente favoráveis, evitando qualquer condenação antecipada e injusta.
O secretário Municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana, Luiz Antonio Rocha, teve seu nome indevidamente vinculado a esta operação pelos meios de comunicação. Assim, cabe a retratação e o nosso reconhecimento, pois não consta nenhum processo que o envolva em qualquer ato ilícito.
Rio Branco-Acre, 10 de maio de 2013.
Marcus Alexandre Prefeito de Rio Branco"
ERRATA A Polícia Federal havia informado que o secretário de Gestão Municipal foi preso durante a operação G-7. O preso na operação foi o secretário Adjunto de Gestão Municipal, Assurbanipal Mesquita.
ERRATA: A Polícia Federal havia informado que o secretário de Gestão Municipal foi preso durante a operação G-7. O preso na operação foi o secretário Adjunto de Gestão Municipal, Assurbanipal Mesquita.
Agentes da Polícia Federal prenderam na manhã desta sexta-feira, em Rio Branco, o secretário estadual de Obras do Acre, Wolvenar Camargo Filho, e o diretor de Análise Clínica da Secretaria de Saúde, Tiago Paiva, sobrinho do governador Tião Viana (PT), por supostas fraudes em licitação de obras públicas envolvendo construção de casas populares.
A Polícia Federal mobilizou 150 agentes, que ainda cumprem mandados de busca e apreensão em 34 órgãos públicos, em Rio Branco, a capital, e no município de Tarauacá. Segundo a PF, trata-se de um "esquema criminoso" que envolve a participação de servidores públicos.
Foram presas 15 pessoas durante a Operação G-7. De seis contratos fraudados, que somam R$ 40 milhões, foram desviados de R$ 4 milhões. Trata-se apenas da primeira fase da operação.
Já foram presos o empreiteiro Francisco Salomão, ex-presidente da Federação das Indústrias do Acre, o ex-secretário de Habitação e ex-superintendente da Caixa, Aurélio Cruz, o diretor-presidente do Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre (Depasa), Gildo César Rocha, casado com uma prima do governador, e o Secretário Adjunto Municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana de Rio Branco, Assurbanipal Mesquita.
As ações da PF visam a apurar os papéis exercidos na organização criminosa e o envolvimento dos secretário estaduais e municipal, do ex-secretário de Habitação, de servidores públicos e de vários empreiteiros. Todos deverão responder pelos crimes de formação de cartel, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude à licitação, e desvio de recursos públicos.
A PF informou que as investigações foram iniciadas em 2011 e culminaram com a identificação de um grupo de sete empresas do ramo de construção civil que atuavam em conjunto para fraudar licitações de obras públicas no Estado.
As empresas simulavam concorrer entre si, garantindo, assim, que uma delas sempre vencesse a licitação. Os concorrentes que não integrassem a organização criminosa eram eliminados ainda na fase da habilitação técnica, primeira fase da licitação, em que a administração pública exige da empresa comprovação de sua aptidão técnica para realizar o serviço.
Foram examinadas licitações executadas nos municípios acreanos de Tarauacá, Manuel Urbano, Plácido de Castro, Vila Campinas e Acrelândia, constatando-se que muitas das obras licitadas jamais chegaram a ser executadas. Somente em seis contratos examinados, de um valor total de R$ 40 milhões estima-se que os cofres públicos sofreram um desfalque de cerca de R$ 4 milhões.
Durante as investigações, os policiais identificaram um processo licitatório destinado à contratação de uma clínica de exames médicos para desviar fraudulentamente recursos do Sistema Único de Saúde-SUS, do Governo Federal.
Atualização – Nota do governador Tião Viana
"Ao tomar conhecimento de operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira, 10, o governador do Estado do Acre vem a público expressar o irrestrito apoio a toda e qualquer ação da polícia judiciária ao combate de ilicitude de natureza funcional ou material.
O Governo do Estado é absolutamente transparente no exercício de suas funções e intransigente na defesa dos valores morais da função pública e pessoal. O Governo do Estado sempre expressou tolerância zero contra qualquer prática de corrupção.
Neste momento, o governo se reserva ao direito de aguardar os devidos e plenos esclarecimentos dos fatos para adotar, sempre que necessário, as medidas em defesa da ética e da função pública.
Ao mesmo tempo, o Governo do Estado afirma que, enquanto não houver um juízo condenatório, quer seja na esfera judicial, quer seja na esfera administrativa, é justo fazer, com absoluta consciência, a defesa à integridade moral de secretários e técnicos de governo supostamente envolvidos em fatos tornados públicos.
Não se condena antecipadamente e não se pune antecipadamente. A presunção de inocência é um direito constitucional garantido a todo e qualquer cidadão.
Tião Viana
Governador do Estado do Acre"
Atualização às 17h50 – Nota do prefeito de Rio Branco Marcus Alexandre (PT)
"A respeito da operação da Polícia Federal ocorrida hoje, 10 de maio, em Rio Branco, manifesto os seguintes esclarecimentos:
- Apoiamos toda e qualquer ação da polícia, dos órgãos de controle externos e internos no combate à corrupção. Estas instituições foram fortalecidas durante os nossos governos nas esferas federal, estadual e municipal;
- A gestão da frente popular tem por princípios a ética, os valores morais, o zelo e a austeridade com os recursos públicos. Fui membro da equipe do governo do estado e sei da firmeza do governador Tião Viana e de sua intolerância com a corrupção; e
- Não nos cabe neste momento qualquer julgamento prévio, sendo o mais sensato aguardar a apuração dos fatos, a qual somos amplamente favoráveis, evitando qualquer condenação antecipada e injusta.
O secretário Municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana, Luiz Antonio Rocha, teve seu nome indevidamente vinculado a esta operação pelos meios de comunicação. Assim, cabe a retratação e o nosso reconhecimento, pois não consta nenhum processo que o envolva em qualquer ato ilícito.
Rio Branco-Acre, 10 de maio de 2013.
Marcus Alexandre Prefeito de Rio Branco"
ERRATA A Polícia Federal havia informado que o secretário de Gestão Municipal foi preso durante a operação G-7. O preso na operação foi o secretário Adjunto de Gestão Municipal, Assurbanipal Mesquita.
ERRATA: A Polícia Federal havia informado que o secretário de Gestão Municipal foi preso durante a operação G-7. O preso na operação foi o secretário Adjunto de Gestão Municipal, Assurbanipal Mesquita.
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Chico Mendes está morto, enterrado, esquecido e usurpado
Arrepio quando ouço ou leio que Chico Mendes não morreu. O corpo e os ideais do seringueiro foram vítimas, respectivamente, de complôs de pecuaristas e de companheiros. Ele foi assassinado duas vezes.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Sindicância vai apurar denúncia de fraude em programas de habitação no Acre
Um fonte do blog revelou que cerca de 16 pessoas serão demitidas da Secretaria de Habitação do Acre (Sehab) por terem participado de um esquema de fraude na avaliação do perfil das famílias que pleiteiam participação nos programas de habitação "Minha Morada" e "Minha Casa Minha Vida".
A mesma fonte disse ainda que o grupo faz parte de um esquema de fraude contra a política de habitação do Estado e que cerca de três mil casas foram desviadas.
Consultada, a secretária adjunta de Comunicação do governo do Acre, Andrea Zílio, disse que foi protocolado na Casa Civil um envelope com um relatório em que consta a denúncia.
- No relatório consta apenas o relato do denunciante. A Casa Civil enviou a denúncia para a Secretaria de Habitação - acrescentou.
O secretário de Habitação Rostênio Ferreira informou que vai publicar até sexta-feira a portaria que instaura sindicância para apurar a denúncia.
Ferreira também enviou ofício em que solicita que a Controladoria Geral do Estado faça parte da comissão de sindicância, que terá prazo de 30 dias para apurar a denúncia.
Atualização às 8h40 para um palpite amigo:
- Isso poderá servir de álibi para que o governador Tião Viana não apresente as 3 mil casas que prometeu até dezembro. As mesmas que foram responsáveis pela queda do secretário de Habitação Aurélio Cruz.
A mesma fonte disse ainda que o grupo faz parte de um esquema de fraude contra a política de habitação do Estado e que cerca de três mil casas foram desviadas.
Consultada, a secretária adjunta de Comunicação do governo do Acre, Andrea Zílio, disse que foi protocolado na Casa Civil um envelope com um relatório em que consta a denúncia.
- No relatório consta apenas o relato do denunciante. A Casa Civil enviou a denúncia para a Secretaria de Habitação - acrescentou.
O secretário de Habitação Rostênio Ferreira informou que vai publicar até sexta-feira a portaria que instaura sindicância para apurar a denúncia.
Ferreira também enviou ofício em que solicita que a Controladoria Geral do Estado faça parte da comissão de sindicância, que terá prazo de 30 dias para apurar a denúncia.
Atualização às 8h40 para um palpite amigo:
- Isso poderá servir de álibi para que o governador Tião Viana não apresente as 3 mil casas que prometeu até dezembro. As mesmas que foram responsáveis pela queda do secretário de Habitação Aurélio Cruz.
Ministério Público pede inquérito policial contra Via Verde Shopping
A Promotoria de Defesa da Cidadania do Ministério Público do Acre pediu abertura de inquérito policial contra o Via Verde Shopping.
No domingo (5), um segurança do estabelecimento impediu a entrada (veja) de Mário William, 45, por ser deficiente físico.
O promotor Rogério Voltolini Muñoz ouviu nesta tarde o depoimento de dona Lenira Souza, mãe de Mário.
Muñoz vai encaminhar o depoimento à Policia Civil para apuração.
No domingo (5), um segurança do estabelecimento impediu a entrada (veja) de Mário William, 45, por ser deficiente físico.
O promotor Rogério Voltolini Muñoz ouviu nesta tarde o depoimento de dona Lenira Souza, mãe de Mário.
Muñoz vai encaminhar o depoimento à Policia Civil para apuração.
Adeus, Orleir
A imprensa do Acre já era dependente de verbas públicas durante o mandato de Orleir Cameli, que governou o Estado de 1995 a 1999, período em que os jornalistas, se não atuaram com mais liberdade, foi por covardia, incompetência ou má fé.
O fato é que, diferente do que aconteceu a partir dos três governadores do PT que o sucederam, Orleir Cameli jamais perdeu tempo controlando a imprensa ou perseguindo jornalistas por críticas infundadas ou não.
Ele parte e me deixa frustrado porque ainda esperava poder entrevistá-lo. Para saber, por exemplo, como foi lidar com aqueles que o vilipendiaram e depois se ajoelharam aos pés dele para pedir dinheiro e apoio político.
Não seria agora que esqueceria erros, falhas ou crimes que levaram Orleir Cameli a responder processos ou sofrer condenações: corrupção, furto (peculato), falsidade ideológica, contrabando, enriquecimento ilícito, trabalhos forçados, formação de quadrilha e uso de documento falso.
Enquanto a família e amigos de verdade pranteiam, a morte do ex-governador já está servindo para expor o quanto alguns políticos são hipócritas e se enganam imaginando que ninguém percebe.
Justo e sábio, Deus haverá de recompensá-lo pelo o amor. Ninguém leva daqui nada além do amor.
Que descanse em paz.
O fato é que, diferente do que aconteceu a partir dos três governadores do PT que o sucederam, Orleir Cameli jamais perdeu tempo controlando a imprensa ou perseguindo jornalistas por críticas infundadas ou não.
Ele parte e me deixa frustrado porque ainda esperava poder entrevistá-lo. Para saber, por exemplo, como foi lidar com aqueles que o vilipendiaram e depois se ajoelharam aos pés dele para pedir dinheiro e apoio político.
Não seria agora que esqueceria erros, falhas ou crimes que levaram Orleir Cameli a responder processos ou sofrer condenações: corrupção, furto (peculato), falsidade ideológica, contrabando, enriquecimento ilícito, trabalhos forçados, formação de quadrilha e uso de documento falso.
Enquanto a família e amigos de verdade pranteiam, a morte do ex-governador já está servindo para expor o quanto alguns políticos são hipócritas e se enganam imaginando que ninguém percebe.
Justo e sábio, Deus haverá de recompensá-lo pelo o amor. Ninguém leva daqui nada além do amor.
Que descanse em paz.
As últimas horas de Orleir Cameli
Em outubro do ano passado, pincei a foto de um álbum do amigo Linker Cameli, filho do ex-governador Orleir Cameli, e publiquei-a neste blog com a nota seguinte:
"As três gerações da discreta família Cameli, a mais rica e poderosa do Acre. O apoio dela a um grupo político pode defini-lo como vencedor. O homem mais rico do Estado não é apenas aparentemente rude. É simples, muito simples. E ninguém diria que é quem é".
Após lutar meses contra um câncer no estômago, o ex-governador está inconsciente, em Manaus, cercado da família. São as últimas horas de um guerreiro.
Atualização
Orleir Cameli morreu às 11h15 - um minuto após a publicação da nota, segundo Davi Casseb, da assessoria do deputado Gladson Cameli.
terça-feira, 7 de maio de 2013
Via Verde Shopping impede entrada de deficiente físico para "evitar problemas"
"Eu queria conhecer o shopping. Todo mundo fala do shopping. Eu queria conhecer e comprar um presente pra minha mãe"
Um deficiente físico foi impedido por um segurança de entrar no Via Verde Shopping, o único de Rio Branco (AC), às 14h05 de domingo (5), quando tentou visitar o estabelecimento pela primeira vez. O caso foi testemunhado por um motorista e uma cobradora de ônibus, além de uma funcionária da franquia Subway.
Mário William, 44 anos, é muito conhecido na capital do Acre por circular em locais públicos, apesar da dificuldade de locomoção decorrente de uma paralisia cerebral que afeta a coordenação motora desde o nascimento. É alegre, fala com muita dificuldade, mas diariamente, por recomendação médica, é liberado pelos pais a sair de casa sozinho para percorrer o centro comercial da cidade.
Querido por cobradores e motoristas, Mário estava no terminal urbano de Rio Branco, no começo da tarde de domingo, quando decidiu conhecer o shopping da cidade, que foi inaugurado há um ano e seis meses.
- O Mário disse que queria visitar o shopping pela primeira vez. Vamos lá, eu falei. Quando chegamos ao shopping, ele se despediu de mim e da cobradora e desembarcou. Como é ponto final, ficamos estacionados esperando o horário de retornar ao centro da cidade. O Mário foi ao shopping e logo voltou. Estava chorando e contou que foi barrado pelo segurança. A cobradora e eu achamos aquilo um absurdo e fomos com Mário até o shopping. Foi quando o segurança disse que tinha ordem para não permitir a entrada de deficiente físico desacompanhado, para evitar que o shopping fosse responsabilizado por qualquer problema. Uma mulher que trabalha numa loja presenciou tudo e ficou revoltada com a atitude do segurança – relatou o motorista de ônibus Deuzimar Nogueira, 31.
Entrevista com dona Lenira
Rede social
O caso se tornou público na noite de domingo. Diones Gomes, funcionária da loja Subway, relatou no Facebook o que considerou um "absurdo". Ela disse que o deficiente teria sido impedido porque era pobre e "não estava bem vestido".
- Perguntei ao segurança o motivo do impedimento. Ele respondeu que cumpria ordens. Fiquei muito revoltada. Perguntei ao rapaz deficiente o que ele queria fazer. Ele disse: "Eu só queria conhecer o shopping." Estava com os olhos cheios de lágrimas e acrescentou: "Ninguém é melhor do que ninguém". Aquilo doeu meu coração. Então resolvi contar no Facebook o que presenciei. Estou disposta a testemunhar contra o segurança e contra o shopping – disse Dione Gomes.
Mário William é filho do casal Márcio Gley Gomes de Souza, 39, e Lenira Souza, 64.
- Nós temos três filhos especiais. O primeiro é o Manoel Otemar Oliveira de Arruda. Ele tem 32 anos. É filho biológico do primeiro casamento da Lenira. Os outros dois são Mario William, que tem 44 anos, e o Gildomar, de 29 anos. Eles foram acolhidos por mim e minha esposa. A nossa família é unida. O shopping desrespeitou a lei porque ele é pobre e deficiente. Ele pode ser pobre financeiramente, mas é muito rico na graça de Deus. Além disso, o Mário é muito inteligente e sua vida serve de inspiração a muita gente. Quando voltou chorando, contou que queria conhecer o shopping e comprar um presente para a mãe – disse o pai.
Cadeira de rodas
Consultada pela reportagem na noite de terça-feira (6), Mirla Miranda, da assessoria de comunicação do Via Verde Shopping, primeiramente disse que o rapaz é um pedinte contumaz, mas que a direção do shopping preferia não se manifestar, apesar da proporção de escândalo que o caso havia tomado na rede social.
- A gente não pode ficar respondendo a tudo que escrevem no Facebook. O rapaz tem problema mental e foi ao shopping sem acompanhante e por isso não entrou. Ele mora perto e sempre aparece para pedir. Pela lógica do shopping não é permitida a presença de pedintes.
Nesta terça, a assessora de comunicação tentou se justificar. Disse que havia se equivocado ao prestar as primeiras informações. Na verdade Mário mora bem distante do shopping e não é pedinte.
O superintendente do Via Verde Shopping, Jean Pierre Hass, confirmou que câmeras registraram quando o deficiente chegou ao shopping sozinho, se ausentou e depois voltou acompanhado do motorista e da cobradora de ônibus.
- O segurança abordou no intuito de oferecer uma cadeira de rodas para conforto e segurança do rapaz. A abordagem foi para oferecer comodidade, pois o segurança imaginava que as duas pessoas fossem familiares.
De acordo com Hass, quando alguém é identificado como pedinte, os seguranças advertem que é proibido.
- Muitas vezes a gente conduz a pessoa até nossa central e faz atendimento. Quando é menor, chamamos o Conselho Tutelar. Quando é adulto, o que é raro, a gente aborda e diz que não pode pedir dentro do shopping e nem no estacionamento. Temos muita cautela porque sabemos que um fato dessa natureza é constrangedor para todo mundo. Nosso atendimento não pode desprezar ninguém.
Entrevista com Mário William
O motorista de ônibus contesta a versão do superintendente do shopping.
- Ele não está falando a verdade. Mário primeiramente tentou entrar sozinho no shopping. Depois, quando eu a cobradora o acompanhamos, o segurança foi muito claro. Disse que cumpria ordens e que deficiente desacompanhado não podia entrar. Ele não ofereceu cadeira de rodas a ninguém. Eu preferi me ausentar para evitar confusão e tratei de avisar à mãe do rapaz – acrescentou Deuzimar Nogueira.
A reportagem voltou ao shopping nesta manhã, quando ainda estava fechado, na companhia de Mário e seus pais. Ele se emocionou várias vezes ao contar o que passou.
- Deus sabe o que faz. Se eu não fosse assim, eu ia fazer alguma besteira com aquele segurança. Sou assim, mas a minha cabeça funciona bem. Eu queria conhecer o shopping. Todo mundo fala do shopping. Eu queria conhecer e comprar um presente pra minha mãe – disse Mário.
Um deficiente físico foi impedido por um segurança de entrar no Via Verde Shopping, o único de Rio Branco (AC), às 14h05 de domingo (5), quando tentou visitar o estabelecimento pela primeira vez. O caso foi testemunhado por um motorista e uma cobradora de ônibus, além de uma funcionária da franquia Subway.
Mário William, 44 anos, é muito conhecido na capital do Acre por circular em locais públicos, apesar da dificuldade de locomoção decorrente de uma paralisia cerebral que afeta a coordenação motora desde o nascimento. É alegre, fala com muita dificuldade, mas diariamente, por recomendação médica, é liberado pelos pais a sair de casa sozinho para percorrer o centro comercial da cidade.
Querido por cobradores e motoristas, Mário estava no terminal urbano de Rio Branco, no começo da tarde de domingo, quando decidiu conhecer o shopping da cidade, que foi inaugurado há um ano e seis meses.
- O Mário disse que queria visitar o shopping pela primeira vez. Vamos lá, eu falei. Quando chegamos ao shopping, ele se despediu de mim e da cobradora e desembarcou. Como é ponto final, ficamos estacionados esperando o horário de retornar ao centro da cidade. O Mário foi ao shopping e logo voltou. Estava chorando e contou que foi barrado pelo segurança. A cobradora e eu achamos aquilo um absurdo e fomos com Mário até o shopping. Foi quando o segurança disse que tinha ordem para não permitir a entrada de deficiente físico desacompanhado, para evitar que o shopping fosse responsabilizado por qualquer problema. Uma mulher que trabalha numa loja presenciou tudo e ficou revoltada com a atitude do segurança – relatou o motorista de ônibus Deuzimar Nogueira, 31.
Entrevista com dona Lenira
Rede social
O caso se tornou público na noite de domingo. Diones Gomes, funcionária da loja Subway, relatou no Facebook o que considerou um "absurdo". Ela disse que o deficiente teria sido impedido porque era pobre e "não estava bem vestido".
- Perguntei ao segurança o motivo do impedimento. Ele respondeu que cumpria ordens. Fiquei muito revoltada. Perguntei ao rapaz deficiente o que ele queria fazer. Ele disse: "Eu só queria conhecer o shopping." Estava com os olhos cheios de lágrimas e acrescentou: "Ninguém é melhor do que ninguém". Aquilo doeu meu coração. Então resolvi contar no Facebook o que presenciei. Estou disposta a testemunhar contra o segurança e contra o shopping – disse Dione Gomes.
Mário William é filho do casal Márcio Gley Gomes de Souza, 39, e Lenira Souza, 64.
- Nós temos três filhos especiais. O primeiro é o Manoel Otemar Oliveira de Arruda. Ele tem 32 anos. É filho biológico do primeiro casamento da Lenira. Os outros dois são Mario William, que tem 44 anos, e o Gildomar, de 29 anos. Eles foram acolhidos por mim e minha esposa. A nossa família é unida. O shopping desrespeitou a lei porque ele é pobre e deficiente. Ele pode ser pobre financeiramente, mas é muito rico na graça de Deus. Além disso, o Mário é muito inteligente e sua vida serve de inspiração a muita gente. Quando voltou chorando, contou que queria conhecer o shopping e comprar um presente para a mãe – disse o pai.
Cadeira de rodas
Consultada pela reportagem na noite de terça-feira (6), Mirla Miranda, da assessoria de comunicação do Via Verde Shopping, primeiramente disse que o rapaz é um pedinte contumaz, mas que a direção do shopping preferia não se manifestar, apesar da proporção de escândalo que o caso havia tomado na rede social.
- A gente não pode ficar respondendo a tudo que escrevem no Facebook. O rapaz tem problema mental e foi ao shopping sem acompanhante e por isso não entrou. Ele mora perto e sempre aparece para pedir. Pela lógica do shopping não é permitida a presença de pedintes.
Nesta terça, a assessora de comunicação tentou se justificar. Disse que havia se equivocado ao prestar as primeiras informações. Na verdade Mário mora bem distante do shopping e não é pedinte.
O superintendente do Via Verde Shopping, Jean Pierre Hass, confirmou que câmeras registraram quando o deficiente chegou ao shopping sozinho, se ausentou e depois voltou acompanhado do motorista e da cobradora de ônibus.
- O segurança abordou no intuito de oferecer uma cadeira de rodas para conforto e segurança do rapaz. A abordagem foi para oferecer comodidade, pois o segurança imaginava que as duas pessoas fossem familiares.
De acordo com Hass, quando alguém é identificado como pedinte, os seguranças advertem que é proibido.
- Muitas vezes a gente conduz a pessoa até nossa central e faz atendimento. Quando é menor, chamamos o Conselho Tutelar. Quando é adulto, o que é raro, a gente aborda e diz que não pode pedir dentro do shopping e nem no estacionamento. Temos muita cautela porque sabemos que um fato dessa natureza é constrangedor para todo mundo. Nosso atendimento não pode desprezar ninguém.
Entrevista com Mário William
O motorista de ônibus contesta a versão do superintendente do shopping.
- Ele não está falando a verdade. Mário primeiramente tentou entrar sozinho no shopping. Depois, quando eu a cobradora o acompanhamos, o segurança foi muito claro. Disse que cumpria ordens e que deficiente desacompanhado não podia entrar. Ele não ofereceu cadeira de rodas a ninguém. Eu preferi me ausentar para evitar confusão e tratei de avisar à mãe do rapaz – acrescentou Deuzimar Nogueira.
A reportagem voltou ao shopping nesta manhã, quando ainda estava fechado, na companhia de Mário e seus pais. Ele se emocionou várias vezes ao contar o que passou.
- Deus sabe o que faz. Se eu não fosse assim, eu ia fazer alguma besteira com aquele segurança. Sou assim, mas a minha cabeça funciona bem. Eu queria conhecer o shopping. Todo mundo fala do shopping. Eu queria conhecer e comprar um presente pra minha mãe – disse Mário.
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Veja outro "grande" momento de evento realizado na faculdade Firb/Faao
Criança durante o evento automotivo Meca Brasil, em Rio Branco, realizado com autorização das autoridades; algumas dançarinas também eram menores de idade
Cadê o Ministério Público, a Justiça e a Segurança Pública do Acre?
Além da mulherada feia, chama a atenção crianças em "show" público de nudez, na tarde de domingo (5), no estacionamento da Firb, que é uma faculdade particular
sábado, 4 de maio de 2013
Universidade e Jacó Piccoli preferem silenciar sobre concurso para professores
No dia 20 de abril este blog questionou a lisura do concurso para professores da Universidade Federal do Acre. O antropólogo Jacó Cesar Piccoli participa de duas bancas de avaliação, para as quais não tem qualificação: psicologia e comunicação social.
Como Piccoli pode integrar bancas de avaliação de áreas que não são a dele?
Nenhuma resposta da Ufac.
Após 25 dias, o jornalista Hermington Franco faz o mesmo questionamento na rede social Facebook, neste sábado:
- Alguém mais sabido que eu pode me explicar como o professor Jacó Piccoli pode avaliar provas do concurso de professor para a disciplina Rádio e Jornalismo na Ufac, sendo ele formado em filosofia, com mestrado em linguística e doutorado em ciências sociais? E outra avaliadora da mesma cadeira é pedagoga com mestrado em Educação... No aguardo, atenciosamente...
A Ufac vai mesmo silenciar?
Confesso não ter boa lembrança de Jacó Piccoli. Em meados dos 1980, fui um dos organizadores de um festival de música na praia do antigo seringal Amapá, na margem direita do Rio Acre. Quando tentamos organizar a segunda edição do festival, fomos avisados que estávamos impedidos porque a área se tornara propriedade de Jacó Piccoli. O professor era o então presidente da Fundação Cultural do Acre e comprara a área no nome dele. E a área acabou sendo comprada pela Fundação Cultural.
Em tempo: quando soubemos que Piccoli havia comprado a área, Antonio Alves e eu fomos falar com o presidente da Fundação Cultural. Piccoli mandou a secretária nos dizer que só conversaria via ofício. Toinho pegou uma caneta e uma folha de papel em branco e escreveu em menos de três minutos o tal ofício. Bateu na porta do gabinete e quando o presidente abriu, Toinho o agarrou pelo colarinho e o suspendeu. Ao soltá-lo, simulou dois tapinhas no rosto da autoridade. Fomos parar no gabinete do então governador Nabor Júnior. É o resumo da ópera.
Como Piccoli pode integrar bancas de avaliação de áreas que não são a dele?
Nenhuma resposta da Ufac.
Após 25 dias, o jornalista Hermington Franco faz o mesmo questionamento na rede social Facebook, neste sábado:
- Alguém mais sabido que eu pode me explicar como o professor Jacó Piccoli pode avaliar provas do concurso de professor para a disciplina Rádio e Jornalismo na Ufac, sendo ele formado em filosofia, com mestrado em linguística e doutorado em ciências sociais? E outra avaliadora da mesma cadeira é pedagoga com mestrado em Educação... No aguardo, atenciosamente...
A Ufac vai mesmo silenciar?
Confesso não ter boa lembrança de Jacó Piccoli. Em meados dos 1980, fui um dos organizadores de um festival de música na praia do antigo seringal Amapá, na margem direita do Rio Acre. Quando tentamos organizar a segunda edição do festival, fomos avisados que estávamos impedidos porque a área se tornara propriedade de Jacó Piccoli. O professor era o então presidente da Fundação Cultural do Acre e comprara a área no nome dele. E a área acabou sendo comprada pela Fundação Cultural.
Em tempo: quando soubemos que Piccoli havia comprado a área, Antonio Alves e eu fomos falar com o presidente da Fundação Cultural. Piccoli mandou a secretária nos dizer que só conversaria via ofício. Toinho pegou uma caneta e uma folha de papel em branco e escreveu em menos de três minutos o tal ofício. Bateu na porta do gabinete e quando o presidente abriu, Toinho o agarrou pelo colarinho e o suspendeu. Ao soltá-lo, simulou dois tapinhas no rosto da autoridade. Fomos parar no gabinete do então governador Nabor Júnior. É o resumo da ópera.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
ERIK JENNISCHE
"É impossível saber se Manuel David Orrio estava contra ou favor da liberdade"
Reencontro o jornalista sueco Erik Jennische para mais uma demorada conversa em minha casa. Ele lançou há poucas semanas, na Suécia, o livro "Maste fa polisen ur huvudet - ett reportage om Kuba" (É preciso tirar a polícia da cabeça - uma reportagem sobre Cuba, em tradução livre).
Autor de um blog, Erick Jennische prepara reportagem sobre a Estrada do Pacífico. Ficou surpreso quando contei que a estrada, concluída em 2011, não teve até agora o menor impacto na economia regional, sendo mais uma rota de turismo e do tráfico de cocaína na fronteira.
E ele contou que um dos personagens do livro é Manuel David Orrio, que era considerado, dentro e fora de de Cuba, o principal jornalista independente do movimento por democracia.
Com muito estilo, durante 12 anos, de 1991 a 2003, Manuel David Orrio escreveu artigos que os opositores do regime cubano consideravam os mais brilhantes sobre o país. A frase "é preciso tirar a polícia da cabeça", usada no título do livro, é de autoria do jornalista cubano.
Erik Jennische esteve mais de 15 vezes em Cuba e costumava encontrar Manuel David Orrio. Na última vez, quando se dirigia à casa do jornalista, em Havana, em novembro de 2002, o sueco foi preso, interrogado e expulso. Desde então não obteve mais autorização do governo cubano para visitar o país.
No artigo "Aunque el miedo devore el alma", de março de 2003, Manuel David Orrio chega a relatar o medo que sentiu na tarde em que foi preso o dissidente Raúl Rivero, que morava a uns 300 metros da casa dele.
Três semanas após a publicação do artigo, o "jornalista independente" compareceu ao julgamento de Raúl Rivero e de outros presos. Ele se apresentou como agente da polícia política e revelou tudo o que sabia sobre a organização dos que lutavam por democracia e direitos humanos no país.
Reencontro de Erick Jennische com Manuel David Orrio aconteceu em maio de 2011, quando o sueco localizou o cubano no Facebook e passou a entrevistá-lo e questioná-lo.
- Ele respondeu a muitas perguntas e questionamentos sobre Cuba e sobre o fato dele ter se tornado o mais respeitado jornalista independente. O que ele jamais respondeu, apesar de minha insistente pergunta, foi o motivo de começar a trabalhar para a segurança do estado. Numa das vezes que escreveu sobre sua atividade limitou-se a dizer que se sentia patriota, o que não explica tudo.
Erick Jennische acrescenta:
- O que Manuel David Orrio falou durante o julgamento dos jornalistas dissidentes não era nada segredo. Todas as informações que apresentou eram do conhecimento de todos. Não havia novidade. O que não consegui entender foi o motivo de trabalhar para a segurança do estado. É impossível entender o que há de verdade no que ele escreve ou conta agora. Ele foi realmente um jornalista independente brilhante, mas, ao mesmo tempo, foi agente de segurança do governo de Cuba. É impossível saber qual era realmente a opinião dele quando escrevia. Lendo somente os artigos, sabe-se que estava contra o regime cubano, mas, ao mesmo tempo, contava tudo o que sabia sobre os dissidentes. Portanto, é impossível saber se estava contra ou favor da liberdade.
Leia Un reencuentro entre Erik Jennische y Manuel David Orrio.
Reencontro o jornalista sueco Erik Jennische para mais uma demorada conversa em minha casa. Ele lançou há poucas semanas, na Suécia, o livro "Maste fa polisen ur huvudet - ett reportage om Kuba" (É preciso tirar a polícia da cabeça - uma reportagem sobre Cuba, em tradução livre).
Autor de um blog, Erick Jennische prepara reportagem sobre a Estrada do Pacífico. Ficou surpreso quando contei que a estrada, concluída em 2011, não teve até agora o menor impacto na economia regional, sendo mais uma rota de turismo e do tráfico de cocaína na fronteira.
E ele contou que um dos personagens do livro é Manuel David Orrio, que era considerado, dentro e fora de de Cuba, o principal jornalista independente do movimento por democracia.
Com muito estilo, durante 12 anos, de 1991 a 2003, Manuel David Orrio escreveu artigos que os opositores do regime cubano consideravam os mais brilhantes sobre o país. A frase "é preciso tirar a polícia da cabeça", usada no título do livro, é de autoria do jornalista cubano.
Erik Jennische esteve mais de 15 vezes em Cuba e costumava encontrar Manuel David Orrio. Na última vez, quando se dirigia à casa do jornalista, em Havana, em novembro de 2002, o sueco foi preso, interrogado e expulso. Desde então não obteve mais autorização do governo cubano para visitar o país.
No artigo "Aunque el miedo devore el alma", de março de 2003, Manuel David Orrio chega a relatar o medo que sentiu na tarde em que foi preso o dissidente Raúl Rivero, que morava a uns 300 metros da casa dele.
Três semanas após a publicação do artigo, o "jornalista independente" compareceu ao julgamento de Raúl Rivero e de outros presos. Ele se apresentou como agente da polícia política e revelou tudo o que sabia sobre a organização dos que lutavam por democracia e direitos humanos no país.
Reencontro de Erick Jennische com Manuel David Orrio aconteceu em maio de 2011, quando o sueco localizou o cubano no Facebook e passou a entrevistá-lo e questioná-lo.
- Ele respondeu a muitas perguntas e questionamentos sobre Cuba e sobre o fato dele ter se tornado o mais respeitado jornalista independente. O que ele jamais respondeu, apesar de minha insistente pergunta, foi o motivo de começar a trabalhar para a segurança do estado. Numa das vezes que escreveu sobre sua atividade limitou-se a dizer que se sentia patriota, o que não explica tudo.
Erick Jennische acrescenta:
- O que Manuel David Orrio falou durante o julgamento dos jornalistas dissidentes não era nada segredo. Todas as informações que apresentou eram do conhecimento de todos. Não havia novidade. O que não consegui entender foi o motivo de trabalhar para a segurança do estado. É impossível entender o que há de verdade no que ele escreve ou conta agora. Ele foi realmente um jornalista independente brilhante, mas, ao mesmo tempo, foi agente de segurança do governo de Cuba. É impossível saber qual era realmente a opinião dele quando escrevia. Lendo somente os artigos, sabe-se que estava contra o regime cubano, mas, ao mesmo tempo, contava tudo o que sabia sobre os dissidentes. Portanto, é impossível saber se estava contra ou favor da liberdade.
Leia Un reencuentro entre Erik Jennische y Manuel David Orrio.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Jovem é espancado e ameaçado de morte por segurança e garçons de restaurante
Na noite de sexta-feira (26), por volta das 23 horas, depois de tropeçar e torcer o pé na calçada lateral do restaurante A Princezinha (sic), no centro de Rio Branco, um jovem de 26 anos foi covardemente humilhado, agredido e ameaçado de morte por um segurança e garçons do estabelecimento.
Após tropeçar, ainda no chão, o jovem gritou por socorro aos funcionários do restaurante, que preferiram responder que ali não era Samu nem Pronto Socorro.
O jovem levantou sozinho, caminhou com dificuldade, entrou no estabelecimento, pediu uma pizza e voltou a apelar para que telefonassem para o Samu.
Como os funcionários se negaram a atendê-lo, elevou o tom de voz para dizer que estavam incorrendo em crime de omissão de socorro.
Foi o suficiente para o segurança avançar e aplicar uma gravata, enquanto o jovem era agredido pelos garçons. Caído no chão, um dos garçons chegou a usar um skate para golpeá-lo na coxa.
O jovem continuou sendo espancado da porta do restaurante até o outro lado da rua, onde o segurança chamou um flanelinha e mandou que este tratasse de retirá-lo dali. O flanelinha desembainhou uma faca e ordenou que o jovem corresse.
O jovem se ajoelhou na frente da catedral Nossa Senhora de Nazaré, levantou os braços e suplicou:
- Estou com o pé torcido. Você está vendo que não posso correr. Pode me matar agora. Vamos, me mata. O que fiz contra você? Minha Virgem Soberana, interceda por mim. Não me deixe morrer na frente da igreja.
O flanelinha preferiu aplicar um tapa na orelha da vítima.
O jovem acabou sendo socorrido e retirado do local por um amigo que o acompanhava no momento do tropeço. Logo que os funcionários se recusaram a prestar socorro, o amigo dele se ausentara para acionar o Samu a partir de algum telefone público. Um não usa celular e o outro estava com o aparelho descarregado.
A brutalidade do segurança, do garçom e do flanelinha foi registrada pelo circuito de câmeras de vídeo existente no restaurante.
Na terça-feira (30), o jovem voltou ao restaurante para conversar com o proprietário, que estava presente. Esperou duas horas, mas não foi atendido. O proprietário pediu-lhe que retornasse na próxima semana.
O estabelecimento, cujo dono é conhecido como Roberto da Princezinha (sic), presidente regional do obscuro PROS (Partido Republicano da Ordem Social), foi procurado pela família do jovem para ceder as imagens de vídeo.
A família esperava que as imagens pudessem contribuir para o esclarecimento do caso, pois os funcionários negaram a agressão e disseram que impediram que o jovem fosse assassinado pelo flanelinha.
O comerciante pediu desculpas ao jovem e sua família não sem antes expor uma alegação claramente mentirosa.
- As câmeras do restaurante infelizmente foram desligadas na quinta-feira. A CPU do computador apresentou defeito e tivemos que enviar o equipamento para o técnico que nos dá suporte.
O jovem aceitou o pedido de desculpas, mas ao apertar a mão do comerciante avisou que recorrerá à Justiça contra a brutalidade da qual foi vítima.
- Eu sei que o senhor é pai de três filhos e espero que nenhum deles jamais seja humilhado e agredido da maneira que fui. É vergonhosa a sua tentativa de evitar que seja feito Justiça contra o despreparo e a violência de seus funcionários, pois tudo foi registrado pelas câmeras - disse o jovem.
Ele pediu registro da ocorrência na polícia e no Procon e foi submetido a exame de corpo de delito. Laudo de onze linhas, assinado pelo legista Italo Maia Vieira, detalha a "ofensa à integridade física", como a equimose arroxeada do pé esquerdo, decorrente do tropeço, além de várias escoriações.
Destaque para comentário do publicitário Janu Schwab
- O estabelecimento é reflexo do dono, que conheço por cima do muro de longuíssima data. Me criei na casa ao lado, onde essa trupe chegou tempos depois fazendo puxadinhos, derramando seu esgoto para os quintais vizinhos e se apropriando indevidademente de área pública para aumentar sua clientela - era, e ainda deve ser, impossível transitar nas calçadas com tantas cadeiras. Esse senhor, Roberto "da Princesinha", é de uma postura truculenta e desrespeitosa que eu sempre suspeitei não se limitar ao trato com a vizinhança. Pelo visto não me enganei. Não podemos nos deixar enganar, ser bem tratado e atendido em um estabelecimento comercial não deve ser diferencial e sim condição básica para que ele funcione. Mas o caso em questão deixou de ser apenas uma birra entre vizinhos ou de clientes exigentes. Virou questão de "sanidade pública".
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