A capital do Acre está invisível na linha do horizonte por causa dos focos de queimadas de pastagens, capoeiras e florestas na região, incluindo Peru e Bolívia. Muita fumaça e fuligem transtornam a vida da população. Atravessando período de vazão histórica, o Rio Acre, única fonte de abastecimento da cidade, amanheceu nesta terça-feira com apenas 1,44m de profundidade.
Consultado pelo blog, o governador do Acre, Tião Viana, revelou que está empenhado em “ousar reduzir o desmate legal de um hectare para meio hectare”:
- A situação é lamentável. Um pneumologista poderia mensurar os danos de curto e longo prazo devido às toxinas da fumaça nos pulmões. Isso tem um custo à saúde pública. Muitas vezes, os que queimam a natureza vão protestar pela demanda nos serviços de saúde. Estou bem empenhado na decisão pessoal de ousar reduzir o desmate de um hectare para meio hectare, salvo que seja até um hectare para roçados sustentáveis e sem queimadas. É que a norma legal permite um hectare sem licença ambiental. Claro, mediante aprovação legislativa. Será uma medida de grande impacto.
Apesar da declaração de Tião Viana, nos últimos anos, o governo do Acre tem recorrido contra uma ação do Ministério Público que pede fogo zero no Estado.
- Aquela é uma medida ilegal e irresponsável. Temos a coragem de avançar até 2018, pelo fim do desmatamento ilegal. Existe gente que não sabe onde é a Amazônia, anda de carrão, come churrascão, viaja de avião, joga lixo no chão e é contra a subsistência negada pelas elites aos humildes pequenos produtores. Enquanto nós, temos feito tanto para diminuir as queimadas e elevar a dignidade dessas pessoas simples. Eu e a equipe trabalhamos e já plantamos mais de 2 milhões de árvores - reagiu o governador.
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