O desembargador Adair Longuini deferiu neste sábado (1)
liminar requerida por um comerciante e revogou a portaria do juiz
substituto de Tarauacá (AC), Flávio Mariano Mundim, que havia
estabelecido as 19 horas como horário máximo de funcionamento dos bares,
restaurantes, lanchonetes, botecos, clubes, boates, lojas de
conveniência, casa de shows e congêneres, mesmo que não vendessem bebida
alcoólicas ou produtos cujos componentes pudessem causar dependência
física ou psiquica durante o carnaval.
De acordo com Adair
Longuini, a norma transbordava o poder normativo que é conferido ao
Juízo da Infância e Juventude, pois o seu alcance não se limitava a
disciplinar o acesso, a permanência e participação de menores em certos
lugares ou em determinados eventos.
- A norma é ampla a ponto
de vetar, a partir das 19 horas, o funcionamento de todo e qualquer
estabelecimento de bares e congêneres, independentemente de haver ou não
a presença de crianças e adolescentes. Assim sendo, a conclusão inicial
é de que, no ponto, a norma é contrária a lei. Avançar para além da
proteção dos direitos da criança e do adolescente, o ato normativo
inquinado tende a colidir com o princípio da livre iniciativa, que
também tem estatura constitucional (artigo 5°, inciso XIII, e artigo
170, caput - escreveu o desembargador na decisão.
Ê. mundão.
ResponderExcluirDiscricionariedade tem limite! Viva a lei, viva o bom senso.
ResponderExcluir