
A antropóloga Beatriz Huertas, do Comitê Internacional para a Proteção dos Povos em Isolamento, percorrerá, a partir desta terça-feira, 10, a região do Rio Juruá, na fronteira Brasil-Peru, em companhia dos índios ashaninka da aldeia Apiwtxa.
- Vamos fazer um relatório sobre a questão e apresentá-lo aos governos do Brasil e do Peru e aos organismos internacionais de defesa dos direitos humanos. Na medida de nossas possibilidades vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que o problema seja resolvido - disse Beatriz Huertas com exclusividade a Terra Magazine, referindo à situação dos índios isolados da região.
Segundo a antropóloga, há na Amazônia Peruana 14 povos ou segmentos de povos isolados, sendo que a maioria está concentrada na faixa de fronteira com o Brasil. Ela assinala que muitas das concessões florestais outorgadas pelo governo peruano incidem sobre áreas de comunidades indígenas.
- Sabemos que alguns empresários beneficiados por essas concessões estão aproveitando-se da formalidade da concessão para retirar madeira ilegalmente. Isto é altamente irregular e perigoso e vem sendo denunciado há muito tempo, porém parece não existir um sistema adequado do Instituto Nacional de Recursos Naturais para frear - afirma.
A antropóloga e membros Federação Nativa do Rio Madre de Dios e Afluentes (Fenamad) já sofrereram ameaças de morte durante o processo de criação de uma reserva territorial para povos indígenas isolados da região.
Leia a entrevista na Terra Magazine.
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